quinta-feira, outubro 09, 2014

Crato mantém-se ou manter-se-á?

Há muito que considero Nuno Crato um homem inteligente, um distinto matemático, um homem público interessado no progresso. Custa-me, por isso, vê-lo hoje como símbolo de um fracasso injustificável e perigoso. Já muito se disse sobre a trapalhada em que se transformou a abertura do ano escolar. Já se pediu a demissão do ministro. O ministro já pediu desculpas, que ele próprio considerou 'históricas'. E o primeiro-ministro já segurou o seu ministro. Tudo isto sucedeu, sem novidade. A novidade é que tudo persiste igual: muitos alunos sem aulas, sem os professores necessários, professores sem colocação, professores colocados e descolorados, pais desesperados, um clima de inquietação como há muito não se via. A abertura do ano escolar com professores e alunos nas aulas não seria uma proeza digna de registo. Consegui-lo seria apenas o mínimo exigível.  

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