segunda-feira, outubro 13, 2014

QUEDA DE CRATO AFUNDA MITOS E PRECONCEITOS

A queda de Crato afunda mitos e preconceitos: os de ordem ideológica que, sem fundamentos empíricos, "permitiram" afunilamentos curriculares e aumento do número de alunos por turma e os de ordem social e de estatuto profissional. Olhemos para os segundos.

Era vigente que só podiam ascender ao MEC pessoas do ensino superior, mesmo que nunca tivessem leccionado no não superior e dirigido com bons resultados uma dessas instituições. Esse preconceito, comprovadamente e sucessivamente arrasador (os Lurditas D´Oiro eram do género e os seus anteriores familiares), foi exponenciado em Crato mesmo antes de tomar posse. Via-se que se ia espalhar, mas tinha a aura do "matemático superior" que até era menos trágica do que o livre de trânsito de um dos seus secretários: o desastroso Casanova parece que só tinha de efectivo o cartão do CDS.

Mas não se pense que no não superior não há preconceitos semelhantes para qualquer escala de gestão. Os do secundário acham-se mais sabedores do que os dos ciclos mais abaixo, estes consideram-se mais aptos do que os do 1º ciclo e os últimos estão sempre acima dos do pré-escolar. E ficávamos aqui umas horas a enunciar os preconceitos do não superior.

É também isto que explica o estado em que estamos.