segunda-feira, novembro 10, 2014

A agenda real da Fundação Gates

"Agências do governo dos EUA têm um longo historial na investigação de armas biológicas alegadamente defensivas em laboratórios sitos na Libéria e Serra Leoa. Isto inclui o Center for Disease Control and Prevention (CDC), o qual é agora a agência de ponta para administrar o alastramento do ébola dentro dos EUA.
Por que a administração Obama despachou tropas para a Libéria quando elas não têm qualquer treino para tratamentos médicos nos africanos que estão a morrer? Como é que o ébola do Zaire, onde foi identificado pela primeira vez em 1976, foi para a África Ocidental a cerca de 3.500 km de distância?" 

Prof. Francis Boyle, da Universidade de Illinois.

"Está a tentar encontrar lugares onde o dinheiro terá a máxima alavancagem, como se pode salvar o máximo de vida por dólar, por assim dizer", observou Pelley. "Certo. E transformar as sociedades", respondeu Gates. [1]
Em 2009 o auto-designado "Good Club" – uma reunião das pessoas mais ricas do mundo cujo valor líquido colectivo totalizava então uns US$125 mil milhões – encontrou-se a portas fechadas em Nova York para discutir uma resposta coordenada a ameaças apresentadas pela crise financeira global. Liderado por Bill Gates, Warren Buffett e David Rockfeller, o grupo resolveu descobrir novos meios de tratar as fontes de descontentamento no mundo em desenvolvimento, em particular a "superpopulação" e as doenças infeccionas. [2] Os bilionários presentes comprometeram-se a despesas maciças em áreas do seu próprio interesse, sem levar em consideração as prioridades de governos nacionais e de organizações de ajuda existentes. [3]

Pormenores da cimeira secreta escaparam para a imprensa e foram saudados como um ponto de viragem para a Grande Filantropia. Foi dito que fundações burocráticas tradicionais como a Ford, Rockefeller e Carnegie render-se-iam ao "filantrocapitalismo", uma nova abordagem muscular para a caridade na qual as presumidas qualificações empresariais de bilionários seriam aplicadas directamente aos mais prementes desafios do mundo.

Os filantrocapitalistas de hoje vêem um mundo cheio de problemas que eles, e talvez apenas eles, podem e devem endireitar. ... A sua filantropia é "estratégica", "consciente do mercado", "orientada pelo impacto", "baseada no conhecimento", muitas vezes de "alto compromisso" e sempre conduzida pelo objectivo de maximizar a "alavancagem" do doador do dinheiro. ... Os filantrocapitalistas tentam cada vez mais encontrar meios de aproveitar a motivação do lucro para alcançar o bem social. [4]

Exercendo "enorme poder que podia remodelar nações de acordo com a sua vontade", [5] os doadores bilionários agora abraçariam abertamente não só a teoria baseada no mercado como também as práticas e normas organizacionais do capitalismo corporativo. Contudo, o impulso geral das suas caridosas intervenções permaneceria coerente com as antigas tradições da Grande Filantropia, como discutido abaixo:

I. The World's Largest Private Foundation (A maior fundação privada do mundo)
II. Fundações e imperialismo
III. Gates and Big Pharma (Gates e a grande indústria farmacêutica)
IV. A Broader Agenda (Uma agenda mais vasta)