sábado, novembro 15, 2014

A INTENÇÃO VIGENTE DE MERCADO MUNICIPAL EXPLICA A BANCARROTA?

Os últimos governos da AD alteraram a lei orgânica do MEC.

Durão Barroso eliminou 27 centros de área educativa (CAE´s) quando começavam a ter massa crítica, "colocavam professores na hora" (imagine-se se tivessem a facilidade dos meios actuais) e "caiu" na Educação por causa dos concursos de professores. Passos Coelho extinguiu 5 Direcções Regionais de Educação (DRE´s), que deviam ter sido eliminadas em vez dos CAE´s, quando começavam a perceber a sua nova função e "caiu" na Educação por causa dos concursos de professores.

Tudo implodido, eis que a mesma área política tem uma epifania de 180 graus e inventa um quadro orgânico com 308 agências municipais descentralizadas (sim, 308 porque nós somos uns 400 milhões; essa coisa dos 10 milhões e da quebra de natalidade é só para impressionar o pessoal dos fundos) depois de ter assinado centenas de contratos de autonomia com estruturas escolares desconcentradas. É confuso, sei disso, mas é mesmo assim. As trapalhadas são ininteligíveis.

Só mais uma nota e uma conclusão: os governos referidos iniciaram os seus mandatos com a divisão do território entregue ao mesmo estratega, como exemplo para a importância que dão ao assunto: Miguel Relvas. A conclusão é óbvia: não estamos na bancarrota apenas por culpa dos outros e a ideia vigente de mercado municipal é uma explicação.