quarta-feira, novembro 12, 2014

Da longa série "as omniausências presidenciais"

Pergunta Cavaco, muito zangado, com aquele arzinho de quem come sempre pão bolorento ao pequeno-almoço: “O que é que andaram a fazer os accionistas e gestores” da PT?” Fez ontem precisamente cinco meses, Cavaco condecorou Zeinal Bava pelo seu mérito comercial, o tal gestor-maravilha que surripiou 900 milhões à empresa que geria para ir entregá-los ao gang dos Salgado. Recuando um pouco mais no tempo, e saltando uma boa porção de outras chafurdices que alongariam demasiado este que lêem, damos de caras com os mais de 152 mil euros que em 2006 fizeram do mesmo gang os maiores contribuidores, por certogenerosos mas desinteressados, da candidatura de Cavaco Silva à Presidência da República. Cavaco esteve em todas, esteve com todos, fez e comeu com todos mas, por definição, Deus é que é o benemérito omnipresente. Ele, Cavaco, que também tudo sabe e tudo vê, nunca se engana e raramente tem dúvidas, vai fazendo uns intervalitos. Está no patamar imediatamente abaixo, na categoria dos benfeitores omniausentes, por definição aqueles bons samaritanos que têm uma lata de um tamanhão tal que cabe lá toda a espécie de imundícies amontoadas ao longo de toda a vida e ainda sobra espaço para os amigos de sempre poderem acomodar confortavelmente o que convier das suas colecções de porcaria. Cabe lá tudo e mais que seja. Ainda sobra espaço para um Aníbal  mergulhado de cabeça para baixo a saborear a obra feita.

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