sábado, janeiro 17, 2015

A barbárie no centro do capitalismo

Apesar de todas as medidas de segurança tomadas pelos países do centro do capitalismo, os atos de violência vão se consumando sem que o Estado seja capaz de preveni-los. A descrição das ações como ato de “lobos solitários”, serve mais para esconder a incompetência dos órgãos de segurança do que como análise séria. É claro que isso não seria possível sem apoios internos e externos, material e ideológico. Busca-se afirmar que esse tipo de violência restringe-se ao sectarismo religioso e nada mais. Mas o discurso contra a barbárie usado dessa forma esquece o substrato real gerado pelas relações sociais, parte essencial do ser sectário. E aí a sociedade capitalista tem que se explicar.
 O apelo oficial pela união de todas as forças contra o terrorismo, que deve ser repudiado e combatido, em defesa dos valores universais da sociedade burguesa, é como se dissesse: “olha, aqui está tudo bem, o problema são os inimigos externo”. Ou como propõe a extrema direita em seu discurso belicoso, uma verdadeira cruzada capaz empurrar o islã além das fronteiras européia. Nenhuma palavra por que milhares de jovens nascidos na Europa engajaram-se na insana aventura de grupos sectários fascistoide que cultuam a morte. E agora trazem a experiência de lidar com armas pesadas e matam brutalmente dentro de seus países, não importa o preço que tenham a pagar.