quinta-feira, fevereiro 12, 2015

Insónias


Cada Um Não Pode Fazer Aquilo Que Muito Bem Entende Porque Ao Fazê-Lo Vai Prejudicar Os Outros". A frase é do tal que fez o que muito bem entendeu quando adquiriu a sua casa de férias na Quinta da Coelha para não pagar o imposto que lhe cabia pagar, alguém que o pagasse, o tal que comeu à mesa com os amigos do banquete BPN como bem entendeu, voltámos a ser nós a pagá-lo, e que ainda no Verão passado andou a fazer publicidade como bem entendeu ao derradeiro festim dos Espírito Santo, pagámo-lo nós outra vez, prejudicando um número indeterminado de pequenos aforradores que confiaram na sua palavra e enterraram as poupanças de uma vida comprando o lixo recomendado pelo tal Cavaco. Sim, o próprio. Também anda com pesadelos gregos. Interrompeu as férias para se queixar. Ensaia o papel de credor alemão lembrando 1100 milhões que os contribuintes portugueses emprestaram aos gregos, esquece as mais de seis vezes esse valor que nos devem os seus amigos do BPN e das mais de quatro que nos ficaram a dever os seus amigos Espírito Santo para, montado naqueles 1100 e a fazer figas para que seja como diz, expressar toda a sua esperança que os gregos voltem a ser bons alunos da Europa que tem o seu país a saque mas que, patriotismos à parte, vai garantindo um enriquecimento nunca visto da oligarquia à qual deve tudo o que conseguiu na vida. É natural que não ande a dormir nada bem. Se os gregos conseguirem demonstrar que a Alemanha não pode continuar a fazer aquilo que bem entende porque ao fazê-lo prejudica países como Portugal, a quadrilha que chefia vai ter que explicar muito bem explicadinhos os anos em que andaram a ganhar comissões a vender o país ao preço da chuva, a roubar salários e pensões, a desmantelar serviços públicos e a flexibilizar relações laborais em nome de uma dívida pública que havia que reduzir mas que aumentou como nunca. A casta treme. Faltava ver como também se treme em Belém.

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