— Ó Pedro, sabes quanto é que eu estou a penhorar por mês?
Há consenso num ponto: a partir de 2012, Passos Coelho já não poderia invocar desconhecimento em relação à obrigatoriedade de ter de contribuir para a segurança social. Mas continuou a assobiar para o lado. Será razoável supor que estava à espera da derrota nas eleições legislativas para então pedir à socapa a prescrição das quotizações não pagas.
Entretanto, a vida no mundo real estava a ferro e fogo. O próprio ministério de Mota Soares se vangloriava disso: Segurança Social penhora 14 milhões de euros por dia.
Se a alegada ignorância de Passos Coelho não é aceitável (sobretudo em alguém que foi presidente da JSD e não poderia desconhecer o regime de segurança social dos recibos verdes), mais imperdoável é deixar-se estar a assobiar para o lado enquanto o governo que alegadamente dirige põe o país a ferro e fogo.
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