segunda-feira, março 09, 2015

O aumento dos desequilíbrios entre os países da UE agrava a crise europeia

Uma das causas da crise profunda que enfrenta atualmente a União Europeia que fez disparar o desemprego e tem determinado um crescimento anémico, e que está a provocar o atraso da UE no contexto global, são os fortes e crescentes desequilíbrios que se verificam entre os diferentes países da União Europeia. 

Contrariamente à promessa inicial feita aos povos da Europa – de que a criação da UE iria determinar maior coesão económica e social e um desenvolvimento elevado e sustentado (era o mito do crescimento baseado num mercado de mais de 500 milhões de consumidores) ?– o que de facto tem acontecido é precisamente o contrário: o crescimento económico tem sido anémico, as desigualdades têm-se agravado entre os países, e os países mais fortes e mais desenvolvidos têm-se aproveitado do seu poder para impor a sua política, os seus interesses e para explorar os países mais fracos. 

AS DESIGUALDADES SALARIAIS E DO CUSTO DE MÃO-DE-OBRA AGRAVARAM-SE NOS ÚLTIMOS ANOS ENTRE PORTUGAL E A MÉDIA DA UE, DA ZONA EURO E A ALEMANHA 

Um aspeto essencial, até porque isso determina as condições de vida da maioria dos europeus, são os níveis de salários praticados nos diferentes países. Uma das promessas também feitas é que as diferenças tenderiam com o tempo a atenuar-se entre os diferentes países, contribuindo assim para coesão económico e social da UE. Ora o que tem acontecido é precisamente o contrário como os últimos dados divulgados pelo Eurostat revelam.


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