Na sua reunião com o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, em Atenas disse que o governo falou de forma clara e pediu a implementação do acordo da reunião de 20 de Fevereiro do Eurogrupo, acrescentando que tiveram uma discussão política franca. À pergunta sobre quais os critérios para o sucesso de um acordo, Dragasakis respondeu que “os primeiros têm a ver com que excedentes primários teremos. Elevados excedentes significam austeridade e baixos significam dificuldades mas teremos crescimento”, fez notar, incluindo nos critérios para um acordo “alcançar uma dívida sustentável para a sociedade, não apenas em números”. Sobre os primeiros 100 dias de governo disse que terão sido um teste de stress para o povo e para o governo num momento de tensão. Também fez notar que o povo mostrou elevada tolerância, o que permite ao governo defender políticas que sirvam o país e a maioria das necessidades das pessoas.
Sobre o sistema fiscal, indicou que o governo pretende chegar a um “sistema justo e estável”. Acerca dos planos para os bancos, Dragasakis disse que o sistema criado pela troika e pelos governos anteriores protege os interesses que existem dentro dos bancos e não os bancos e lembrou que o povo suportou o fardo da recapitalização bancária, acrescentando que o governo não pactuará com uma situação que proteja a corrupção.”Iremos proceder às alterações necessárias, respeitando sempre os interesses os shareholders privados que investiram depois da crise e que mostraram confiança no país e nas propostas deste governo”, clarificou Dragasakis.