sexta-feira, junho 12, 2015

Adeus, TAP

Nós e os auto-elogios deles. O José desmantela as carreiras da Administração Pública, faz o mesmo à contratação colectiva, embaratece o trabalho suplementar, os despedimentos, faz mais umas quantas patifarias a quem vive do seu trabalho, favores a quem enriquece explorando quem trabalha, e chama-lhes "actos de coragem". A seguir rasga o acordo que firmou à mesa da concertação social e congela o salário mínimo, mais um favor aos negreiros do país, outra vez "coragem". Nacionaliza os prejuízos do BPN, faz o favor de deixar os activos com valor nas mãos dos delinquentes que o afundaram e,, como não podia deixar de ser, "coragem" outra vez. Vem a seguir uma dupla de corajosos que confiscam salários e pensões ao arrepio da Lei fundamental, rebentam o que a "coragem" do seu antecessor deixou por rebentar e viva a "coragem". Destroem um país inteiro e milhões de vidas, põem o povo que empobreceram a pagar o buraco de mais um banco de ladrões, vendem ao desbarato o património público que o José não teve tempo para desbaratar e  a "coragem" sempre presente em cada renda garantida que concederam aos novos donos disto tudo. O último "acto de coragem" foi hoje.: Vender à pressa uma companhia aérea com 70 anos por 10 milhões a uma comandita que daqui a 10 anos pode mudar a sede da TAP para onde lhe apetecer e suprimir as rotas estratégicas que quiser configura um negócio ruinoso mas, escusado será dizê-lo, Pedro Passos Coelho auto-elogiou a "coragem" da decisão. Eles habituaram-se a poder chamar "coragem" ao próprio descaramento. E a "coragem" há-de continuar a fazer das suas (*) enquanto não houver coragem democrática para lhes mostrar que aqui vive gente. Nós, a nossa falta de coragem e os auto-elogios deles: adeus, TAP.

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