terça-feira, junho 16, 2015

DO ESCOLAR E DO FRENESI DAS LEGISLATIVAS

No Sábado, no Público, foi o presidente do IAVE que concluiu que "os exames não estão a gerar melhorias nas aprendizagens". Estas surpreendentes afirmações levaram muitos a intuir uma mudança de embarcação para o caso das legislativas "derrotarem" a actual maioria.

Hoje foi um representante dos dirigentes escolares, Filinto Lima de seu nome, que disse à Antena 1, salvo erro, que um novo Governo não pode mudar as políticas educativas. Ou seja, para este dirigente, que talvez sinta a embarcação com lotação esgotada, tudo o que veio além da troika deve permanecer incólume.

Por acaso, este mesmo dirigente denunciava, há mês e meio e no mesmo jornal, a antiga ideia de nomeação peloMEC das direcções escolares unipessoais (falava em boys); sublinhe-se que a "iluminação" é bem aceite em largos sectores do bloco central. O dirigente não concorda, tem razão e pede mudanças. Mas deve saber que é esse o espírito da lei vigente e que é um próximo passo na descentralização prevista: nomeação pelo poder municipal.

Mas no mesmo texto também diz que os Conselhos Gerais, que escolhem os directores escolares, são uma democracia "muito fraca quantitativamente" (e qualitativamente, já que há conselheiros que confessam nem ter tempo para ler projectos e candidaturas), dando eco aos que afirmam a comprovada imaturidade destes órgãos que transformaram a epifania de concurso seguido de eleição numa demonstração do pior que tem a partidocracia. Será que o dirigente quer que nada mude ou é apenas uma questão de lugar na embarcação e de frenesi?

Sem comentários: