segunda-feira, junho 15, 2015

Doar e levar

Hoje é Dia Mundial do Doador de Sangue. Os noticiários informam, com alguma surpresa, sobre a diminuição das dádivas e pergunta-se pelas razões. Isto num país onde nunca faltou a generosidade neste domínio. Permitam-me lembrar-vos que este assunto foi um dos primeiros sintomas de que os portugueses elegeram um governo de gente com a consciência e a sensibilidade social de uma alforreca. Uma das primeiras medidas que ocorreu a estes celerados foi a de suspender a isenção de taxas moderadoras aos dadores de sangue, insignificante benefício de que usufruíam, cuja natureza era praticamente simbólica e irrelevante do ponto de vista financeiro. Ninguém, como é óbvio, dava sangue por esta razão, nem os doadores se movem por razões tão mesquinhas. Mas, até por isso, têm todas as razões para se ter sentido ofendidos e insultados pela medida da corja governante. Mas não nos surpreendamos. A má gente que nos governa, quando ouve falar em doar, puxa logo da pistola. É que eles simplesmente não compreendem. Por isso, as suas mentes tacanhas agridem sem hesitar o que lhes é estranho. Neste caso, o que é bom. O que é pura generosidade.

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