segunda-feira, março 26, 2007

Consagração da Universidade Católica fora de prazo

A Universidade Católica portuguesa foi a Fátima renovar a consagração. Nada temos com os gestos gratuitos ou desvarios de quem tem alucinações. Se alguém ousasse proibir uma tal manifestação teria o meu activo repúdio na defesa da liberdade religiosa que muito prezo.

Mas não se confunda o respeito e a defesa da liberdade religiosa com a solidariedade na mentira e na demência mística.

Algumas considerações:

1 - Se a Universidade Católica foi a Fátima é porque não acredita que fosse ouvida a partir de Lisboa;

2 - Se renovou a consagração é porque o prazo de validade da anterior estava a esgotar-se ou tinha sido mal feita;

3 ? Ao agradecer à Virgem toda a ajuda ao longo da existência e pedir-lhe que continue, é uma injustiça enorme para o Governo, que a subsidia, não constando que a Senhora de Fátima desembolse um único euro;

4 - «O docente João César das Neves, no final da Eucaristia, explicou a presença de Cristo na vida da Universidade Católica» - segundo se lê -, sem explicar se integra o corpo docente, se tem currículo académico e que disciplinas lecciona, ou

5 - Se faz parte do pessoal menor (pouco provável, dado o relevo que lhe deu), se é chefe da secretaria ou o chantagista de serviço para obter benefícios do Estado.

Mais importante do que Cristo e a Mãezinha têm sido os sucessivos Governos que, ao arrepio da laicidade a que estão obrigados, têm constituído a caixa de esmolas da referida instituição particular. Uma vergonha.

Carlos Esperança
http://www.ateismo.net/diario/

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