O objetivo principal de Trabalho e capital monopolista (1987), como anunciado no subtítulo, é o exame da degradação do trabalho no século XX. O capítulo dedicado à análise do mercado mundial, portanto, não trata diretamente do problema central da obra, apenas contextualiza as mudanças que ocorreram na vida social de modo a apresentar a discussão acerca do desenvolvimento dos processos de trabalho naquele momento. Na introdução do livro, quando relata brevemente as funções que havia exercido como trabalhador manual, Braverman levanta a hipótese de seus argumentos serem interpretados como "apego sentimental às condições antigas" (Braverman, 1987, p. 17) de trabalho [1] . Ele afirma, no entanto, que cuidou para que suas conclusões não decorressem desse romantismo, apesar de admitir ter gostado de trabalhar como artífice. Declara, além disso, que suas
(...) opiniões sobre o trabalho estão dominadas pela nostalgia de uma época que ainda não existe, na qual, para o trabalhador, a satisfação do ofício, originada do domínio consciente e proposital do processo do trabalho, será combinada com os prodígios da ciência e poder criativo da engenharia, época em que todos estarão em condições de beneficiar-se de algum modo desta combinação (Braverman, 1987, p. 18)
(...) opiniões sobre o trabalho estão dominadas pela nostalgia de uma época que ainda não existe, na qual, para o trabalhador, a satisfação do ofício, originada do domínio consciente e proposital do processo do trabalho, será combinada com os prodígios da ciência e poder criativo da engenharia, época em que todos estarão em condições de beneficiar-se de algum modo desta combinação (Braverman, 1987, p. 18)
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