terça-feira, maio 10, 2011

O espectáculo e os bastidores

Num dos seus textos Debord escreve: «esta democracia tão perfeita fabrica ela mesma o seu inconcebível inimigo: o terrorismo. Ela quer, com efeito, antes ser julgada pelos seus inimigos do que pelos seus resultados». […] Para as «populações espectadoras» tudo o resto, comparado ao terrorismo, «deverá parecer-lhes mais aceitável […]».

O espectáculo oculta os bastidores. A formulação das imposições do FMI/BCE/UE ao povo e ao País evoluiu na sombra e no segredo. Como se não houvesse uma longa história anterior, como se não fossem conhecidas as desastrosas receitas incessantemente repetidas no único e exclusivo interesse do grande capital transnacional. É também esse o resultado que esta maré mediática procura obter: tornar aceitável o que é intolerável.

Sem comentários: