É praticamente impossível ouvir-se no meio científico alguém que não esteja em estado de choque com o aborto produzido pela primeira fase de avaliação dos centros de investigação. Mas estão enganados. Vivemos é num país de incompetentes onde apenas o ministro sabe o que anda fazer. É por ser uma raridade que aos olhos dos restantes mortais parece só fazer disparates.
Muito se escreveu sobre a redução drástica de bolsas. Agora, foi a primeira fase de avaliação dos centros de investigação. Um terço teve menos do que "bom" e deixará de ter financiamento. Mas provavelmente será metade a fechar as portas, porque muitos dos que tiveram "bom" receberão tão pouco que mais valia não terem recebido nada. E não terão grandes hipóteses de ter algum candidato aprovado em concursos de bolsas ou para contrados de investigador-FCT. Mas o problema não são apenas mais estes cortes, que deixarão várias áreas sem qualquer investigação e serão mais um contributo para o subdesenvolvimento cultural, técnico e económico do País. É também a grotesca incompetência da avaliação contratada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).
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