quinta-feira, janeiro 29, 2015

Adeus e até ao meu regresso!


Bordeaux espera-me este fim de semana!...


Então, boa noite!


Dream Theater - Illumination Theory - Live From The Boston Opera House

Um emocionante encontro entre um sobrevivente de guerra e o homem que o salvou!...

Joshua Kaufman foi libertado dum campo de extermínio nazi há 70 anos no final da segunda guerra mundial pelo soldado Daniel Gillespie. Estas fotos mostram o momento em que se reencontraram recentemente... 





As "cartas de amor" do professor Richard Dawkins

A construção e a arquitectura russa











Exportações portuguesas perdem vistos gold


Portugal concede vistos gold a ricalhaços de regimes onde só se enriquece à sombra dos seus cleptocratas mais influentes, dá luz verde à entrada de milhões sem averiguar a sua proveniência criminosa, deixa que a filha do ditador José Eduardo dos Santos tome posição no capital das maiores empresas de todos os sectores-chave da nossa economia e agora assiste à imposição de quotas de importação que reduzirão em cerca de um terço as exportações portuguesas de produtos alimentares e agrícolas para Angola. Vender a intolerância que deveríamos manifestar sempre que estão em causa violações sistemáticas dos direitos humanos mais elementares é sempre péssimo negócio. Negociar com ladrões nunca é boa ideia.Pactuar com ditaduras por meia dúzia de vinténs dos quais a esmagadora maioria dos portugueses só sabe de ouvir falar é uma vergonha imensa. E agora, mais isto. Angola retirou os vistos gold às nossas exportações. É assobiar para o lado e dizer que está tudo bem. Sem tirar as mãozinhas dos bolsos.

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O homem certo: é português!

É uma lástima que José Sócrates esteja impossibilitado de retribuir aquele célebre pequeno-almoço de campanha pelo qual, dizem as más línguas, “el pesetero” recebeu 750 mil euros pagos com dinheiros públicos em 2009. Não faz mal. Não será por isso que deixará de apoiar Luís Figo na sua candidatura à presidência da FIFA. O desde há pouco candidato está determinadíssimo a devolver a transparência a uma organização que lamenta estar frequentemente associada a escândalos. Tem toda a razão. Escândalos sem croissants nem cafezinho com leite morninho.

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Syrizemos, pois!

O Syriza está na moda.
A comunicação social, sempre com aquela tendência tabloidizante, inunda-nos de informações irrelevantes sobre a actualidade grega, e pouco ou nada nos diz sobre as questões de fundo.
O que interessa é sabermos que o Tsipras não quis jurar sobre a bíblia, para além de teimar em não usar gravata; informam-nos, também, que o governo cessante, o de Samaras, abandonou o Palácio governamental, deixando tudo vazio, nem sequer deixou a password para o wi-fi e, nas casas de banho, nem sabonetes havia!
Como se vê, tudo informações importantes para perceber o fenómeno Syriza.
Afinal, o que quer o Syriza de diferente?
Segundo o nosso inteligente primeiro-ministro, o que eles queres é um “conto de crianças“, assim uma espécie de história da Carochinha porque, disse Coelho, como “é possível que um país, por exemplo, não queira assumir os seus compromissos, não pagar as suas dívidas, querer aumentar os salários, baixar os impostos e ainda ter a obrigação de os seus parceiros garantirem o financiamento sem contrapartidas?”.
Por outras palavras: segundo o Coelho, o programa do Syriza será não pagar dívidas, aumentar os salários e baixar os impostos.
E isso é mau?
O que Coelho tem é inveja!
Portanto, o que há a fazer é Syrizar Portugal.
Apear o Passus Coelhanis, transformar o PS, o Bloco e o Livre, não em Syriza, mas em Cereja (Coligação da Esquerda Realista Embora Já Anquilosada), eleger o Antonius Costakis e convidar o Louçanikis para ministro das Finanças.
Merkel teria o enfarte.

CARTOONS





A chanceler alemã visita Sócrates


Enviado pela leitora B.V.

Então, boa noite!


quarta-feira, janeiro 28, 2015

Não faças aos outros o que foi a mim feito!



Eles existem!


Arte surrealista rotativa!...

Jacek Yerka é um artista polaco que apresenta uma técnica própria para criar arte intitulada “4siders” Este pouco usual trabalho muda à medida que se vai rodando o quadro fazendo com que se veja algo de diferente em cada lado. Muito impressivo, sem dúvida!












Cuidado com elas!!! Esta passou-se dos carretos por ter perdido o comboio!...

Histórias de crianças

Pedro Passos Coelho e as regras europeias que não podem ser violadas senão a Europa desintegra-se.

Pedro Passos Coelho e o desemprego e a pobreza que no seu país aumentaram como nunca porque as regras europeias não podem ser violadas senão a Europa desintegra-se.

Pedro Passos Coelho e os doentes que no seu país se amontoam em macas nos corredores dos hospitaisporque as regras europeias não podem ser violadas senão a Europa desintegra-se.

Pedro Passos Coelho e a dívida do seu país que aumentou como nunca mesmo com doentes amontoados em macas nos corredores dos hospitais porque as regras europeias não podem ser violadas senão a Europa desintegra-se.

Pedro Passos Coelho e uma história de crianças que contou sem cortes salariais nem aumentos de impostos para chegar ao poder, a dívida pública que no seu país aumentou como nunca mesmo com cortes salariais, mesmo com aumentos brutais de impostos, mesmo com doentes amontoados em macas nos corredores dos hospitais, mesmo com alunos famintos encafuados em grupos de trinta em salas de aulas sem aquecimento e as regras europeias que não podem ser violadas senão a Europa desintegra-se.

Nunca antes alguém tinha violado tantas vezes as regras da Constituição da República Portuguesa para não violar as regras da Europa que não podem ser violadas senão a Europa desintegra-se.
Mas Pedro Passos Coelho quer continuar a desintegrar o seu país para não violar as regras europeias que se forem violadas a Europa desintegra-se.  Por isso, Pedro Passos Coelho não gostou que o povo de outro país soberano elegesse um Governo que quer mudar as regras europeias para que a Grécia não continue a desintegrar-se.

Resumindo: ou desintegramos Pedro Passos Coelho, ou Pedro Passos Coelho continuará a desintegrar-nos para não violar as regras europeias que não podem ser violadas senão a Europa  desintegra-se.

E se continuarmos a comportar-nos como crianças e não fizermos como os gregos, se não violarmos a regra do rotativismo e desintegrarmos o arco da troika que nos pôs a pão e laranja porque sim, continuamos a desintegrar-nos e acabamos a ouvir outra história de crianças "tipo esquerda" com regras europeias que apenas podem ser violadas "Com Inteligência" senão a Europa desintegra-se.


Os 20 erros


DÍVIDA, ALEMÃES E HOLOCAUSTO

"Quis o destino que eu lesse, na semana passada, dois textos sobre o mesmo assunto. Textos que junto aqui porque foram feitos um para o outro. Se acharem demagogia ou mau gosto juntar holocausto e economia, culpem o destino que os emparelhou no meu stream noticioso.
Um li no Público, “Milagre económico alemão teve ajuda de perdão de dívida”, o outro no New York Times, “The Holocaust just got more shocking”. O Público relembra-nos que, em 1953, setenta países perdoaram a dívida alemã acumulada antes e depois da guerra – e que ajudou a financiar. O montante do perdão equivaleu a 62,6% da dívida, tendo sido também acordados valores de juro abaixo do mercado e uma amortização, da dívida e do juro, limitada a 5% do valor das exportações.
(Espero que estes valores, que li no Público, estejam certos que eu é mais Ciências Sociais e História).
Para conseguir este perdão, continua o artigo, foi decisiva a pressão dos EUA e o assentimento dos outros dois membros da troika da altura: França e Inglaterra.
Já o New York Times dá conta de outros números e de uma contabilidade mais negra. Os números são apresentados pelos investigadores e historiadores do Holocaust Memorial Museum. Segundo eles, durante o reino de terror nazi, de 1933 a 1945, os alemães implementaram, da França à Rússia, uma rede de 42.500 campos de terror. Quando esta investigação começou, no ano 2000, estimava-se que o número andasse pelos 7 mil, mas a História veio a revelar-se seis vezes mais negra. A contabilidade é esta: 30 mil campos de trabalho escravo, 1150 guetos judaicos, 1000 campos de prisioneiros de guerra, 980 campos de concentração, 500 bordéis de escravatura sexual e mais uns milhares de sítios dedicados à eutanásia de velhos e doentes e à prática de abortos forçados.
O curioso é que, apenas oito anos depois de toda esta germânica atrocidade, setenta países, encabeçados por uma troika deles, resolveram perdoar 62,6% dívida alemã, reconhecendo que, se assim não fosse, Berlim nunca recuperaria e todos tinham a perder ainda mais.
Talvez a explicação esteja no ensaio “Morale and National Character”, escrito pelo antropólogo G. Bateson em 1942, sobre americanos, ingleses e alemães. Diz ele que americanos e ingleses, mais dados a padrões de relacionamento simétricos – um cresce quando o outro cresce e um relaxa quando o outro relaxa – não têm normalmente estômago para “bater em quem já está no chão”; ao contrário dos alemães, mais dados a relacionamentos complementares, do tipo dominação/submissão – quando mais fraco te sentes mais forte me sinto. Segundo escreveu, impor punições à Alemanha implicaria uma dominação constante dos vencedores o que, a médio prazo, resultaria num abrandamento e numa nova escalada alemã.
Em 1953, por muitas razões, fez-se o que estava certo. Perdoou-se. Perdoou-se, ao povo que implementou 42.500 campos de terror, o dinheiro que deviam e que tinha sido usado (também) para os financiar.
O perdão é a dívida da Alemanha. É bom lembrar e, já agora, cobrar."

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Gregos, os impertinentes

1. Historicamente somos devedores dos gregos. Foram eles que tiveram o engenho e a arte de criar os alicerces da nossa civilização. Foram eles que criaram novas formas de ver e de pensar o mundo, o ser humano e a sociedade. Foram eles que desenharam novas ideias e novos valores. Há cerca de vinte e seis séculos.
Hoje voltamos a ser devedores dos gregos. Hoje verificamos que os gregos revelam uma coragem que ainda nenhum outro povo europeu deu mostras de possuir.
Nas eleições de domingo, tiveram a coragem de romper com as «verdades» estabelecidas, com o poder estabelecido, com os interesses estabelecidos. Não tiveram medo de enfrentar as obscenas ameaças externas e de afrontar as chantagens internas. Não tiveram medo de desalojar as elites políticas que, lá como cá, se consideravam e se consideram as únicas predestinadas e capacitadas para governar.
Com lucidez e coragem, os gregos mostram que não se rendem a fatalismos e que estão determinados a percorrer outros caminhos. Se o vão conseguir não é possível saber, mas sabemos que ousam tentá-lo.

2. Em Portugal, vivemos há quase quarenta anos debaixo do domínio absoluto de dois partidos políticos: PS, e PSD — a que se junta o CDS, mediante conveniências conjunturais. Invariavelmente PS ou PSD vencem as eleições. Invariavelmente fazem as mesmas políticas. Invariavelmente conduzem o país para a bancarrota (por três vezes chamaram o FMI: em 1977, governo do PS; em 1983, governo PS-PSD; em 2011, governo PS). Invariavelmente favorecem as classes mais ricas e o sector privado e prejudicam o sector público e o mundo do trabalho. Invariavelmente estão prisioneiros de clientelas financeiras, empresariais e de consultadoria jurídica.
Mesmo os três últimos anos, que foram de brutal empobrecimento, parecem ter tido pouco efeito no julgamento dos portugueses. A acreditar nas sondagens, e a nove meses das próximas eleições legislativas, os eleitores continuam a vacilar entre os mesmos de sempre: PS e PSD.
Crédulos, medrosos (excepto à mesa do café, onde realizam destemidas revoluções) e desmemoriados, os portugueses são massacrados, mas continuam a confiar em quem os massacra, são enganados e continuam a confiar em quem os engana. Sem capacidade crítica nem de escrutínio preparam-se para delegar o seu poder naqueles que, eleição atrás de eleição, os ludibriam.
Espanha, aqui ao lado, parece querer seguir o exemplo grego, mas Portugal continua a dar mostras de que não é capaz de tomar iniciativas que rompam com os poderes instalados. Continua a viver na lamúria. Continua a acreditar no destino. Continua à espera do milagre.

70 anos da libertação de Auschwitz

Olá, bom dia!