Nem tudo corre mal ao Governo. A imagem de reformista passa. Mas até aqui – em terrenos do menos mal – há muita lenda…
É o caso do Gabinete para os Meios de Comunicação Social, que entrou em funcionamento em Junho do ano passado e tem como atribuições, por exemplo, «apoiar o Governo na definição das políticas públicas para os meios de comunicação social» e «avaliar a implementação das políticas públicas para os meios de comunicação social». Que lufa-lufa!
Seja como for, o problema não está nas competências. A questão é outra. Na página deste organismo diz-se que: «O Gabinete para os Meios de Comunicação Social entrou em funcionamento no dia 1 de Junho de 2007, substituindo o Instituto da Comunicação Social, nas suas atribuições e competências. Esta alteração enquadra-se no âmbito do Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE).»
Que grande reestruturação da Administração Central do Estado! Assim está bem. Acabou-se com o Instituto da Comunicação Social e criou-se o Gabinete para os Meios de Comunicação Social. Tem a mesma missão, as mesmas atribuições… mas mudou-se o nome e era o nome que estava a estragar tudo. Nós queremos um Estado novo – esta não é a melhor expressão, vou reformular – nós queremos um Estado moderno. E um Estado moderno e eficiente não tem institutos da comunicação social, tem gabinetes!
Mas as reformas não vão ficar por aqui. O próximo Governo pode querer chamar outra coisa à mesma coisa e lá reestruturamos nós, outra vez, a Administração Central do Estado.
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