segunda-feira, outubro 20, 2008

Professores em 'guerra' por causa dos protestos contra o Governo

"Só se houver uma revolução é que será desconvocada a manifestação agendada pelos movimentos independentes pa ra o dia 15." Mário Machaqueiro, da organização do protesto, mantém assim a tensão entre estes movimentos e os sindicatos que marcaram outra manifestação para dia 8. A guerra entre professores não é de hoje. Começou em Abril, quando os sindicatos assinaram um acordo com o Ministério da Educação (ME) sobre o sistema de avaliação.

As acusações entre Mário Machaqueiro, um dos organizadores e da Associação de Professores e Educadores em Defesa do Ensino (APED), e Mário Nogueira, porta-voz da Plataforma Sindical, sobem de tom. O também presidente da Fenprof não entende a razão deste protesto que diz não ser contra a política do Governo mas "anti-sindical". "Não acreditamos em coisas espontâneas. Esta manifestação, e a confusão que está a gerar, não serve os interesses dos professores", disse ao DN. Mário Nogueira diz até ter "desconfianças, que o tempo vai acabar por provar, que aqui há dedo do ME".

Afirmações que Machaqueiro considera "infelizes" e elucidativas da "contra-informação instalada". Por isso, a organização decidiu "mostrar abertura ao diálogo com os sindicatos para desanuviar o clima". O presidente da APED esclarece ainda que a marcha de dia 15 não é contra os sindicatos mas o Governo. "Mas não quer reivindicar só questões socio-profissionais." Diz ainda que "não afasta a possibilidade de integrar a manifestação dos sindicatos. Mas a nossa continua a ter sentido".

Diário de Notícias

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