As chamadas Galas dos Globos de Ouro da SIC nasceram inevitavelmente “com o destino marcado”, perdoe-se-me a fórmula de clara inspiração fadista: o de serem uma versão provinciana das entregas dos Oscares de Hollywood. Não é exactamente um pecado mortal que assim seja, muito menos se trata de um fenómeno raro, pois bem se sabe que a tentação de imitar a gente crescida ou a gente supostamente notável é um pendor que sempre persegue os que se sabem menores em qualquer sentido. Mas o inconveniente situa-se exactamente nessa menoridade tornada mais evidente pela frustrada tentativa de igualar os modelos. Há, de resto, uma abissal diferença de escala entre os Oscares e os Globos de Ouro da SIC: aqueles são uma gigantesca operação comercial com impacto transcontinental, estes são uma tentativa algo ingénua de autopromoção.
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