Eis um exemplo do que uma das mais recentes medidas do Ministério da Educação está a fazer ao país. Em 2007, a EB1 Capinha foi ampliada e requalificada, sofrendo um investimento directo de 250.000 € que permitiu requalificar as 4 salas de aula, a construção de um sala/atelier multimédia com 8 postos de trabalho ligados à internet e ferramentas multimédia, construção de uma cantina, remodelação dos sanitários, construção de um pátio interior para recreio e ginástica e requalificação total do espaço exterior da escola. Numa recente visita da Inspecção do Ministério da Educação ao agrupamento de escolas João Franco, o parque escolar da CAPINHA foi apelidado de FORMIDÁVEL, COM CONDIÇÕES EXEMPLARES PARA A APRENDIZAGEM.
Como o Ministério da 5 de Outubro vai fechar esta escola, não apenas este dinheiro vai pela janela, como se verificará num aumento exponencial dos custos directos com a alimentação (75%) e transportes escolares (525%), representando mensalmente um encargo adicional de 2.500€, verba suficiente para suportar o ordenado do(s) docente(s). Já para não falar das indemnizações por cessação dos contratos de trabalho do pessoal não docente.
Mas há mais. Mudando de escola, muitas destas crianças de 5 e 6 anos terão que fazer dezenas de quilómetros diários e perderão (ou dificilmente conseguirão conjugar) os apoios sociais e pedagógicos desenvolvidos pela autarquia local, que vão desde o Atelier de Tempos Livres e Multimédia às aulas de natação.
Por fim, note-se que este encerramento provocará, inevitavelmente, um êxodo populacional para outras localidades. Neste caso, é um decreto de morte desta povoação.
*informações cedidas por Rogério Emanuel Palmeiro, Presidente de Junta de Freguesia da Capinha.
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