Primeiro foram os mercados financeiros que, perante a crise, foram acusados de falta de seriedade, em seguida, as finanças do Estado. Se os poderosos tornados impotentes já não sabem nada de nada, só se lembram da sabedoria da avó. De repente, em toda parte se fala dos males da dívida, como se tivesse havido uma descoberta completamente nova. Diz-se que temos vivido acima das nossas possibilidades. Mas o que significa isso? Se se tratasse de um mero comportamento errado de pecadores do deficit, que tivessem violado o capitalismo “correcto”, então simplesmente teriam de ir à falência todos aqueles que não pudessem pagar as dívidas. Foi esse o caso do Lehman Brothers. Mas as consequências revelaram-se tão devastadoras que, desde essa falência, têm vindo a ser retardadas, com acções financeiras aventureiras. Em primeiro lugar no sistema bancário, depois em grandes conglomerados empresariais, como a General Motors, e finalmente em Estados, como a Grécia. Contra as leis do mercado, os bancos centrais injectam cada vez mais liquidez nos mercados. Perante isso, as poupanças anunciadas são uma gota de água no oceano.
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