terça-feira, julho 09, 2013

Bandeira de Portugal e de outros países queimada na Bolívia

O caso do avião do Presidente Evo Morales da Bolívia, impedido de aterrar em Portugal e de sobrevoar o espaço aéreo de Espanha, Itália e França, por suspeitas de ter a bordo o agente informático Edward Snowden procurado pelos EUA, não está encerrado. Centenas de apoiantes de Morales manifestaram-se nesta segunda-feira frente à embaixada dos Estados Unidos em La Paz, onde queimaram as bandeiras de Portugal, França, Espanha e EUA.
Esta manifestaçaão aconteceu no mesmo dia em que o Governo da Bolívia decidiu chamar os embaixadores de França, Espanha e Itália e o cônsul de Portugal ao Ministério dos Negócios Estrangeiros para prestarem explicações oficiais sobre a polémica que envolveu a viagem do Presidente da BolíviaDurante os protestos, os apoiantes de Morales exigiram o encerramento da embaixada dos EUA em La Paz – uma hipótese já colocada pelo Presidente na cimeira da semana passada em que recebeu o apoio de vários líderes da região, seis dos quais exigiram desculpas públicas aos quatro países europeus à Bolívia.
“A minha mão não tremeria para fechar a embaixada dos Estados Unidos", disse Morales. "Temos a nossa dignidade, a nossa soberania, sem os Estados Unidos, sentimo-nos melhor do ponto de vista político e democrático."
A decisão de chamar os diplomatas europeus ao Ministério dos Negócios Estrangeiros em La Paz foi tomada em Conselho de Ministros que espera uma “explicação franca e clara da parte desses países” sobre a decisão de impedirem a passagem do avião presidencial, afirmou, citada pela AFP, a ministra da Comunicação Amanda Davila que classificou a medida como “terrorismo de Estado”.