Ainda há semanas a maioria que apoia o Governo, e considere-se aí a Comissão Europeia e os restantes componentes da troika com as agências de raiting e afins à mistura, tecia laudos à tal saída limpa numa mistificação que se resumia a campanha eleitoral. Ficámos a saber que Portugal já ia com uma almofada financeira de milhares de milhões (15 mil?) até finais de 2015.
Os chumbos do TC vieram colocar em causa o programa eleitoral do Governo para as legislativas. Os números indicam 600 milhões que podem ser ainda eliminados com a subida dos escalões de IRS nos "beneficiários" das decisões do TC. O Governo encena. Só que é uma terceira encenação (é o terceiro orçamento consecutivo inconstitucional) e as pessoas vêem confirmada a votação eleitoral europeia que será reforçada nas legislativas que se seguirão.