quarta-feira, abril 29, 2015

A ministra da paranóia

Um psicopata é um alguém que tem a desordem de não sentir empatia por aquele a quem provoca sofrimento. A ele nada lhe custa, por exemplo,  matar e terá, sempre, a consciência tranquila.
Por isso, a ministra da justiça dizer que tem a consciência tranquila quanto à sua proposta de lei sobre a lista de pedófilos tem valor nulo como argumento. Não estou a afirmar que a ministra é uma psicopata mas sim que pode dar-se o caso de ter a consciência completamente errada.
E, no entanto, é o argumento que ela apresenta depois de a Comissão Nacional de Proteção de  Dados arrasar a sua proposta. Afirma também que o faz por teimosia – é o que se conclui quando se diz “está no programa eleitoral” em vez de apresentar argumentos. Aliás, estes foram já desmontados há muito, tendo a ministra acabado com roda de mentirosa por parte do Expresso e desmentida em directo no Parlamento.  Acresce que, diz quem sabe, as crianças não são violadas por estranhos mas por alguém da sua confiança. Alguém que nunca estará nessa lista de pedófilos, pois estando já foi condenado e não será da confiança da criança – é o que se supõe que qualquer família faça e não será preciso uma lista para esta saber da desgraça que lhes aconteceu.
Sobra a teimosia e o poder, novamente sem controlo, que um ministro tem, em conjunto com o seu grupo parlamentar e com o seu partido, para fazer o que lhe dá na telha.
A oposição diz que vai votar contra. Mas vai revogar a aberração quando tiver esse poder?