Quando a injustiça se torna lei, a resistência torna-se um dever! I write the verse and I find the rhyme I listen to the rhythm but the heartbeat`s mine. Por trás de uma grande fortuna está um grande crime-Honoré de Balzac. Este blog é a continuação de www.franciscotrindade.com que foi criado em 11/2000.35000 posts em 10 anos. Contacto: franciscotrindade4@gmail.com ACTUALIZADO TODOS OS DIAS ACTUALIZADO TODOS OS DIAS ACTUALIZADO TODOS OS DIAS ACTUALIZADO TODOS OS DIAS ACTUALIZADO TODOS OS DIAS
sexta-feira, abril 30, 2010
Prioridades: sempre foi, sempre será
Os desempregados podem prescindir de um quarto da protecção social que pagaram com os seus próprios descontos, mas nem a Mota-Engil, nem os bancos que também ganham com a empreitada prescindem dos 1429 milhões de euros da terceira auto-estrada entre Lisboa e Porto, que será paga com o que será descontado ao país. E quem também não prescinde da sua merecida indigitação para suceder a Vítor Constâncio é Carlos Costa. Foi com ele, quando era vice-presidente do BEI, que a Estradas de Portugal celebrou o acordo de financiamento, obtendo o máximo possível que poderia obter com a candidatura que apresentou junto do Banco Europeu de Investimentos. Tal como as restantes, a sua recompensa tornou-se uma prioridade.
Os votos de 600 mil desempregados e da multidão de descontentes seriam mais do que suficientes para mudarem a orientação das prioridades do país. Ao abdicarem da mudança, colocando a estabilidade do que sempre foi entre as suas prioridades, os portugueses continuam a fazer do “sempre foi” um “sempre será”. Um mundo de inspiração.
Os votos de 600 mil desempregados e da multidão de descontentes seriam mais do que suficientes para mudarem a orientação das prioridades do país. Ao abdicarem da mudança, colocando a estabilidade do que sempre foi entre as suas prioridades, os portugueses continuam a fazer do “sempre foi” um “sempre será”. Um mundo de inspiração.
OS RATINGS E OS SAQUEIOS
Dia 29 de Março o governo do sr. Sócrates assinou um contrato de 1,43 mil milhões de euros para a construção de uma estrada. Isso verificou-se 24 horas após uma comoção nacional quando agências de rating degradaram a classificação de Portugal. Os beneficiários do contrato foram a Mota-Engil – administrada por um ex-ministro PS – e um consórcio de 11 bancos.
Assim, confirma-se que a "austeridade" do PEC de Sócrates & Passos Coelho é só contra os trabalhadores, os subsídios de desemprego, as pensões de reforma, as condições de aposentação. O discurso público deles de que "todos devemos fazer sacrifícios" diante da situação do país é hipócrita. Para o capital não há crise. Empreiteiros & banqueiros dormem tranquilos. Até insistem em avançar com obras faraónicas como o novo aeroporto, o TGV, a terceira ponte sobre o Tejo, mais estradas, etc. Empreiteiros & banqueiros querem sacar depressa tanto quanto puderem. Com um governo servil e desmoralizado, conseguem criar situações de facto consumado. Os contratos contém cláusulas com penalizações pecuniárias em caso de rescisão. É fartar vilanagem.
Assim, confirma-se que a "austeridade" do PEC de Sócrates & Passos Coelho é só contra os trabalhadores, os subsídios de desemprego, as pensões de reforma, as condições de aposentação. O discurso público deles de que "todos devemos fazer sacrifícios" diante da situação do país é hipócrita. Para o capital não há crise. Empreiteiros & banqueiros dormem tranquilos. Até insistem em avançar com obras faraónicas como o novo aeroporto, o TGV, a terceira ponte sobre o Tejo, mais estradas, etc. Empreiteiros & banqueiros querem sacar depressa tanto quanto puderem. Com um governo servil e desmoralizado, conseguem criar situações de facto consumado. Os contratos contém cláusulas com penalizações pecuniárias em caso de rescisão. É fartar vilanagem.
Papa Bento XVI vem a Fátima caucionar um crime, porventura ainda pior que o da pedofilia, que o clero de Ourém cometeu, em 1917, contra três crianças
Texto do Padre Mário da Lixa, publicado no jornal Fraternizar nº n.º 177, de Abril-Junho 2010
Pelos vistos, nos próximos dias 12, 13 e 14 de Maio, o papa Bento XVI, vem mesmo a Portugal, concretamente, Lisboa, Fátima e Porto, sem querer saber para nada de tudo o que ultimamente está a ser revelado na comunicação social sobre os inúmeros e escabrosos casos de pedofilia, ocorridos no interior da Igreja, inclusive, com clérigos em cargos de grande visibilidade e cujos bispos, no passado, foram seus cúmplices (o próprio papa, na qualidade de Cardeal Ratzinger, à frente da Congregação para a Doutrina da Fé, terá feito de conta, quando, há anos, foi sabedor de um desses casos mais escabrosos).
No mínimo, é uma insensatez que o papa Bento XVI está a cometer. Perante tudo o que está a ser divulgado (e, em muitos casos, até já confirmado pelos Tribunais de cada país), o papa Bento XVI, se tivesse um mínimo de pudor (o Poder monárquico absoluto nunca será capaz de semelhante qualidade humana, habituado que está a excomungar quem não diz com ele, quem dissente dele, mesmo por fidelidade a Jesus, o Evangelho Vivo de Deus Criador, nosso Abbá, entre nós e connosco) já teria anunciado, nesta data, urbi et orbi, que essa e outras viagens “pastorais” de chefe de Estado do Vaticano ficariam canceladas sine die.
Tanto mais, quanto, que, no caso presente de Fátima, das três crianças da freguesia, escolhidas e arregimentadas em 1917 pelo clero de Ourém (o clero não olhou a meios só para, com aquela montagem das “aparições” de Maio a Outubro, tentar pôr de novo as populações a rezarem o terço, todos os dias, a frequentarem a missa ritualizada ao domingo e a regressarem à tenebrosa prática das primeiras nove sextas-feiras de cada mês; já agora, porque não as primeiras doze sextas-feiras do ano?!
O que faziam os clérigos confessores nos três meses restantes?!).
Sim. Em verdade, em verdade vos digo: o, teologicamente imbecil, fenómeno das “aparições” de Fátima foi, perversa e metodicamente, preparado pelo clero de Ourém, e, por isso, perfaz uma barbaridade de todo o tamanho, certamente, pior, muito pior, que os inúmeros casos de pedofilia, à excepção, porventura, daqueles casos mais escabrosos.
Hoje, sabemos bem quais foram os resultados dessa barbaridade, com tudo de crime sem perdão (desculpem a força da expressão literária, mas é a única apropriada, neste caso): – duas das três crianças, Jacinta e Francisco, irmãos de sangue e primos direitos de Lúcia, a mais velha das três e vizinha, porta-com-porta das outras duas (como se vê, ficou tudo em família!), quando a Pneumónica, poucos meses depois das “aparições”, atingiu o concelho de Ourém (como vêem, nem a senhora de Fátima lhe valeu! Pudera! E como havia de lhe valer, se aquilo é tudo mentira e invenção do clero de Ourém?!), não lhe resistiram, de tão fraquinhas que andavam com todos aqueles estúpidos “sacrifícios pela conversão dos pecadores”. Morreram ambas, num total abandono, por parte do clero de Ourém que, meses antes, as havia utilizado para aqueles perversos fins moralistas. Morreram as duas devoradas por indescritíveis dores e mergulhadas em horrendas alucinações, sobretudo a Jacinta, sozinha no Hospital D. Estefânia, em Lisboa (é um facto histórico, senhoras, senhores, não é invenção minha, nem do Jornal Fraternizar).
E quanto à outra menina sobrevivente, a mais velhinha, é absolutamente obsceno o que o clero de Ourém e o próprio Bispo auxiliar do Patriarcado, candidato a Bispo e, depois Bispo titular efectivo, da restaurada Diocese de Leiria, lhe fizeram (já, então, pelo andar da carruagem, era previsível que Fátima viria a ser a galinha de ovos de oiro da Igreja em Portugal e da Cúria Romana e, por isso, uma e outra se apressaram a restaurar a Diocese!...). Obrigaram Lúcia, pela força – e com um chorrilho de mentiras clericais à mistura, de que ela era “vidente”, etc e tal – a sair de Fátima e da família. Sequestraram-na até à morte, primeiro, no então Asilo de Vilar, Porto, depois, num convento de Doroteias em Tui, Galiza, onde lhe foi imposto pelo confessor que tinha de ser freira, e, finalmente, freira de total clausura no Convento das Carmelitas, em Coimbra. Horrendo! Só mesmo de clero celibatário à força, eunuco à força, não, obviamente, eunuco pelo Reino /Reinado de Deus! A pobre rapariga tinha a terceira classe, quando a sequestraram, e assim ficou (ou pouco mais!), pelo resto da vida. E à mãe dela, que sempre disse que a conhecia bem e que aquela sua filha era compulsivamente mentirosa e vaidosa (por isso, nunca acreditou nem na filha nem nas “aparições”), nem mesmo na hora da sua agonia, deixaram que ela visse a filha; tão pouco, permitiram que, pelo menos, a mãe ouvisse a voz da filha pelo telefone! (Digam lá, se os sacerdotes e as freiras do Ídolo Religioso não são cruelmente vingativos e sádicos?!). Ora, é este horrendo crime e esta mentira sem perdão, que o papa Bento XVI vem caucionar com a sua visita de chefe de estado do Vaticano a Portugal e a Fátima, numa altura em que sobem de tom e de número, os clamores de inúmeras vítimas de casos de pedofilia, cometidos por clero, inclusive, de grande visibilidade, todos funcionários exemplares do Institucional Religioso-Eclesiástico católico. Haja modos e pudor, meu irmão Ratzinger!
Mário, Presbítero da Igreja do Porto
P.S.
Meu irmão Ratzinger, Bispo de Roma: aceitas uma sugestão que aqui te adianto?! Cancela esta viagem e todas as outras já agendadas para outros países. E, em vez dessa montra de vaidade e de ostentação de Poder Eclesiástico, que estás sempre disposto a protagonizar, convida à conversão, a Igreja universal, da qual és o principal animador. Não, obviamente, a estafada conversão pregada ao longo dos séculos pelo Moralismo Eclesiástico, hoje mais do que rançoso, mas a conversão proclamada /exigida por Jesus, o do Deus do Reino /Reinado-de-Deus. Perdoa, mas se calhar, nem tu saberás, sobretudo, por força dos Privilégios de que desfrutas na Igreja e no Mundo, o que significa o verbo CONVERTER-SE, utilizado por Jesus, logo a abrir a sua Missão na Galileia, por meados do ano 28 desta nossa era comum. Humildemente, te digo: Significa renunciarmos, duma vez por todas e por toda a vida, ao Deus-Ídolo Religião, e abrirmo-nos alegremente ao Deus Criador, nosso Abbá, o de Jesus, que nos habita e é mais íntimo a nós do que nós próprios, os seres humanos todos, mulheres e homens, em radical igualdade. És capaz de semelhante decisão? Fico abraçado a ti, cheio de Esperança Teológica, a de Jesus!
Jornal Fraternizar, edição n.º 177, de Abril-Junho 2010
http://www.padremariodalixa.cjb.net/
Espanha - Espaço libertário em Madri faz 30 anos
Neste sábado, 1º de Maio, o Ateneu Libertário de Villaverde festeja seu aniversário de 30 anos; e se prepara para receber as "Sextas Jornadas Libertárias", que acontecerá de 1 a 29 de maio. Como não é todo dia que um projeto anarquista comemora tantos anos de caminhada, sem subvenções do Estado, sem líderes, liberados ou parasitas, reproduzimos abaixo a programação deste encontro político e cultural, e um pouco da história do Ateneu, marcada pela autogestão, solidariedade e criatividade. Parabéns!
[1º de Maio]
12h. Manifestação da CNT: Cuatro Caminos a Valdeacederas.
21h. Jornada Lúdico-Festiva: Comemoração do 30º Aniversário do Ateneu Libertário de Villaverde
• Poupées Electriques (Apresentando o seu novo trabalho "CNT 1910-2010 Viva a Utopia!").
• Sessão de DJ´s - A Plataforma (Audiovisuais anticapitalistas).
[Sexta-feira, 7]
19h30. Palestra: “Anarcosindicalismo no Século XXI”. A cargo de Gonzalo Palomo, ex-diretor do jornal “CNT” e membro da Comissão do Centenário.
[Sábado, 8]
19h30. Palestra: “Vida e luta na prisão”. A cargo de Amadeu Casellas, ex-preso anarquista e militante da CNT e Joseph, militante da CNT-Catalunha.
[Domingo, 9]
19h30. Palestra: “Soberania alimentar. Experiências agroecológicas de autoconsumo”. A cargo do grupo de trabalho “Surco a Surco” e Nando, cooperativista.
[Sexta-feira, 14]
19h30. Palestra: “Resistência do povo saharaui”. A cargo de Eluali Dah, do Coletivo Ujsario.
22h. Concerto: Danças do Mundo
Exposição fotográfica. A cargo de Santiago, “Latido de Liberdade”.
[Sábado, 15]
20h. Concerto Hardcore – Punk: Opa Hostil (Córdoba) – Martillazo (Villaverde) – Wild Dogs (Madri Sul).
[Domingo, 16]
19h. Oficina: “Linus, Alternativas aos Copyrights do Windows”. A cargo de Fernando, Secretário Geral da CNT – Villaverde. Filosofia do Software Livre, vantagens e inconvenientes do Sistema Operativo Linux, exemplo de instalação, conselhos básicos e funcionamento.
[Sexta-feira, 21]
19h. Palestra: “Repressão, imigração e resposta popular”. A cargo das Brigadas Vicinais de Observação dos Direitos Humanos (vigiando o vigilante) e ODS – Carabanchel.
[Sábado, 22]
10h. Excursão: Rota histórica pelas trincheiras antifascistas. Local CNT de Villaverde - Alto de los Leones - La Pedrota (Segovia).
19h30. Apresentação do livro: “O Catecismo de Klero Borroka”. A cargo de Rafael Iglesias, imaginário protestante.
[Domingo, 23]
18h. Teatro: Teatro do Útero
[Sexta-feira, 28]
19h30. Palestra: “A igreja católica contra a liberdade de expressão”. A cargo de Julio Reyero, militante da CNT e do Grupo Albatroz (FAI).
[Sábado 29]
20h. Concerto de encerramento das Sextas Jornadas Libertárias, com Mariachi Guerrilla (Valladolid) e grupo por confirmar.
Exposição permanente: “Gráfica e Guerrilha”, de Rafael Iglesias.
Todas as atividades acontecerão no Ateneu Libertário de Villaverde – CNT. Pº Alberto Palacios, 2. Madri.
Um pouco de história desta experiência autogestionária...
No 1° de Maio de 1980, após uma manifestação realizada em Madri, cerca de uma centena de cenetistas ocuparam um local quase destruído, em Villaverde Alto, um bairro localizado ao sul da cidade, cercado por indústrias metalúrgicas, e que tinha sido um pequeno povoado agrícola.
Foi uma das muitas ocupações realizadas pela CNT para reivindicar a devolução de seu patrimônio histórico, roubado pelo franquismo no fim da chamada Guerra Civil espanhola. Durante semanas, dezenas de militantes limparam o interior do espaço que parecia uma fotografia tirada da Berlim de 1945 e que, de fato, tinha-se submetido a dois incêndios parciais e era um depósito de lixo para ratos e psicos há um par de anos.
Na realidade, a construção era relativamente nova, 1960, e quem a fez foi o sindicato vertical franquista sobre os terrenos de uma fábrica de pão autogestionada por trabalhadores cenetistas, que se chamava "O Pão do Trabalhador". Com o fim desta organização fascista, o espaço foi usado por sindicatos e trabalhadores de empresas da região para fazer reuniões e assembléias (nesse tempo eram diárias), dado a falta de locais sindicais, até que, em 1977/78, caiu em desuso. Logo começaram os roubos (até as máquinas de escrever tinham sido levadas) e furtos (não ficaram nem os condutores da luz, sanitários de água, calefação e até as paredes laterais - eram de ferro e cristal - foram desmontadas).
O primeiro ato público, acompanhado por uma quantidade grande de vizinhos e de cenetistas emocionados, foi a demolição dos símbolos fascistas que figuravam na fachada principal do prédio. Caíram desde a parte mais elevada, com um grande barulho.
As atividades culturais começaram quase que imediatamente, mesmo tardando em tirar uma quantidade grande de escombros. Cayetano Morales - cantor e militante do Sindicato de Construção da CNT – foi um dos primeiros convidados, e que não pararam até hoje. Rock, blues, punk, música clássica, eletrônica ou folk... E, naturalmente, tampouco a música foi a única atividade cultural: palestras-colóquios aconteceram por dúzias, teatro, cinema, exposições ou apresentações de livros.
Ali está, também, a escola infantil "Pequen@ Companheiro@". Foi um dos primeiros projetos propostos com a ocupação. O grupo de Mulheres Livres de Madri, a redação do periódico “Terra e Liberdade”, o Comedor Vegano, com cursos e oficinas feitos pelos próprios cozinheiros/as. Lá por muitos anos funcionou a Fundação de Estudos Libertários (FAL). Foi espaço de importantes Jornadas e Congressos de estudo e debates do anarquismo.
Lá também funciona a sede do sindicato da Comarca Sul da CNT. E, naturalmente, local onde são organizadas manifestações, concentrações ou piquetes para reivindicar ou denunciar situações como as dos presos e presas reprimidos pelo Estado, os antimilitaristas, os imigrantes ou os trabalhadores explorados, sancionados ou demitidos pelo capitalismo selvagem e cruel.
Enfim, a história continua, a luta também... lá e acolá!
agência de notícias anarquistas-ana
[1º de Maio]
12h. Manifestação da CNT: Cuatro Caminos a Valdeacederas.
21h. Jornada Lúdico-Festiva: Comemoração do 30º Aniversário do Ateneu Libertário de Villaverde
• Poupées Electriques (Apresentando o seu novo trabalho "CNT 1910-2010 Viva a Utopia!").
• Sessão de DJ´s - A Plataforma (Audiovisuais anticapitalistas).
[Sexta-feira, 7]
19h30. Palestra: “Anarcosindicalismo no Século XXI”. A cargo de Gonzalo Palomo, ex-diretor do jornal “CNT” e membro da Comissão do Centenário.
[Sábado, 8]
19h30. Palestra: “Vida e luta na prisão”. A cargo de Amadeu Casellas, ex-preso anarquista e militante da CNT e Joseph, militante da CNT-Catalunha.
[Domingo, 9]
19h30. Palestra: “Soberania alimentar. Experiências agroecológicas de autoconsumo”. A cargo do grupo de trabalho “Surco a Surco” e Nando, cooperativista.
[Sexta-feira, 14]
19h30. Palestra: “Resistência do povo saharaui”. A cargo de Eluali Dah, do Coletivo Ujsario.
22h. Concerto: Danças do Mundo
Exposição fotográfica. A cargo de Santiago, “Latido de Liberdade”.
[Sábado, 15]
20h. Concerto Hardcore – Punk: Opa Hostil (Córdoba) – Martillazo (Villaverde) – Wild Dogs (Madri Sul).
[Domingo, 16]
19h. Oficina: “Linus, Alternativas aos Copyrights do Windows”. A cargo de Fernando, Secretário Geral da CNT – Villaverde. Filosofia do Software Livre, vantagens e inconvenientes do Sistema Operativo Linux, exemplo de instalação, conselhos básicos e funcionamento.
[Sexta-feira, 21]
19h. Palestra: “Repressão, imigração e resposta popular”. A cargo das Brigadas Vicinais de Observação dos Direitos Humanos (vigiando o vigilante) e ODS – Carabanchel.
[Sábado, 22]
10h. Excursão: Rota histórica pelas trincheiras antifascistas. Local CNT de Villaverde - Alto de los Leones - La Pedrota (Segovia).
19h30. Apresentação do livro: “O Catecismo de Klero Borroka”. A cargo de Rafael Iglesias, imaginário protestante.
[Domingo, 23]
18h. Teatro: Teatro do Útero
[Sexta-feira, 28]
19h30. Palestra: “A igreja católica contra a liberdade de expressão”. A cargo de Julio Reyero, militante da CNT e do Grupo Albatroz (FAI).
[Sábado 29]
20h. Concerto de encerramento das Sextas Jornadas Libertárias, com Mariachi Guerrilla (Valladolid) e grupo por confirmar.
Exposição permanente: “Gráfica e Guerrilha”, de Rafael Iglesias.
Todas as atividades acontecerão no Ateneu Libertário de Villaverde – CNT. Pº Alberto Palacios, 2. Madri.
Um pouco de história desta experiência autogestionária...
No 1° de Maio de 1980, após uma manifestação realizada em Madri, cerca de uma centena de cenetistas ocuparam um local quase destruído, em Villaverde Alto, um bairro localizado ao sul da cidade, cercado por indústrias metalúrgicas, e que tinha sido um pequeno povoado agrícola.
Foi uma das muitas ocupações realizadas pela CNT para reivindicar a devolução de seu patrimônio histórico, roubado pelo franquismo no fim da chamada Guerra Civil espanhola. Durante semanas, dezenas de militantes limparam o interior do espaço que parecia uma fotografia tirada da Berlim de 1945 e que, de fato, tinha-se submetido a dois incêndios parciais e era um depósito de lixo para ratos e psicos há um par de anos.
Na realidade, a construção era relativamente nova, 1960, e quem a fez foi o sindicato vertical franquista sobre os terrenos de uma fábrica de pão autogestionada por trabalhadores cenetistas, que se chamava "O Pão do Trabalhador". Com o fim desta organização fascista, o espaço foi usado por sindicatos e trabalhadores de empresas da região para fazer reuniões e assembléias (nesse tempo eram diárias), dado a falta de locais sindicais, até que, em 1977/78, caiu em desuso. Logo começaram os roubos (até as máquinas de escrever tinham sido levadas) e furtos (não ficaram nem os condutores da luz, sanitários de água, calefação e até as paredes laterais - eram de ferro e cristal - foram desmontadas).
O primeiro ato público, acompanhado por uma quantidade grande de vizinhos e de cenetistas emocionados, foi a demolição dos símbolos fascistas que figuravam na fachada principal do prédio. Caíram desde a parte mais elevada, com um grande barulho.
As atividades culturais começaram quase que imediatamente, mesmo tardando em tirar uma quantidade grande de escombros. Cayetano Morales - cantor e militante do Sindicato de Construção da CNT – foi um dos primeiros convidados, e que não pararam até hoje. Rock, blues, punk, música clássica, eletrônica ou folk... E, naturalmente, tampouco a música foi a única atividade cultural: palestras-colóquios aconteceram por dúzias, teatro, cinema, exposições ou apresentações de livros.
Ali está, também, a escola infantil "Pequen@ Companheiro@". Foi um dos primeiros projetos propostos com a ocupação. O grupo de Mulheres Livres de Madri, a redação do periódico “Terra e Liberdade”, o Comedor Vegano, com cursos e oficinas feitos pelos próprios cozinheiros/as. Lá por muitos anos funcionou a Fundação de Estudos Libertários (FAL). Foi espaço de importantes Jornadas e Congressos de estudo e debates do anarquismo.
Lá também funciona a sede do sindicato da Comarca Sul da CNT. E, naturalmente, local onde são organizadas manifestações, concentrações ou piquetes para reivindicar ou denunciar situações como as dos presos e presas reprimidos pelo Estado, os antimilitaristas, os imigrantes ou os trabalhadores explorados, sancionados ou demitidos pelo capitalismo selvagem e cruel.
Enfim, a história continua, a luta também... lá e acolá!
agência de notícias anarquistas-ana
Três dos seis presos anarquistas assumiram a "responsabilidade política" no grupo grego “Luta Revolucionária"
[Nesta manhã (29 de abril), três dos seis presos anarquistas acusados de pertencerem ao grupo "Luta Revolucionária" publicaram uma carta de 16 páginas num semanário de Atenas chamado "Pontiki" - que tradicionalmente divulga alguns comunicados dos grupos de “guerrilha armada" -, onde assumem a responsabilidade política pela participação no grupo "Luta Revolucionária". A polícia grega imputa ao grupo uma série de ataques explosivos no país, contra alvos estatais, diplomáticos e capitalistas, sem causar vítimas mortais. Os três anarquistas autores do comuniado são Pola Roupa, Nikos Maziotis e Kostas Gournas. A seguir trechos da extensa carta, que termina com um "Viva a Luta Revolucionária", "Honra ao companheiro Lambros Foundas" e "Viva a Revolução". ]
“Nós reivindicamos a responsabilidade política de participação no grupo “Luta Revolucionária”. Nós declaramos que o companheiro Lambros Foundas, que morreu em Dafni [subúrbio de Atenas] em 10 de março de 2010, após um tiroteio com a polícia, também participava do “Luta Revolucionária”.
“Declaramos também que estamos muito orgulhosos do nosso grupo “Luta Revolucionária”, estamos orgulhosos de nossa história, de cada momento da nossa ação política. Estamos orgulhosos do companheiro Lambros Foundas, que honramos e sempre iremos recordar com carinho”.
“Se os mecanismos de repressão acreditam que nos aprisionando vão acabar com a gente, estão redondamente enganados. Seja fora ou dentro das prisões, a luta vai continuar, é uma questão de honra e dignidade”.
“Os dois terroristas, Papandreou [Primeiro Ministro] e Chrisochoïdis [Ministro da Ordem Pública] riem presunçosamente, acreditando que garantiram a segurança necessária para o seu partido social-fascista [Pasok] continuar com a aplicação de seus planos criminosos contra a sociedade, salvando seus rabos, principalmente agora que seus superiores estadunidenses os corteja... Nós asseguramos que não vão acabar com a gente facilmente...”.
“Enquanto estivermos vivos, enquanto vivermos e respirarmos, nós faremos o melhor para criar problemas para os planos anti-sociais e criminosos do Estado”.
"E se os nossos caçadores e as autoridades políticas do país acreditam que têm toda a sociedade ao seu lado, se acreditam que a maioria das pessoas nos consideram uma ameaça social, estão mais uma vez enganados. Para a maioria da população, a ameaça social vem do governo, das medidas anti-sociais aplicadas governo após governo, da corrupção com o dinheiro público... dos mecanismos do Estado...”.
“Terrorismo é a política neoliberal, imposta pelos partidos no poder com a tolerância ou apoio de partidos menores. Terrorismo é a aplicação do plano de estabilidade que já causou grandes perdas a população, num ataque sem precedentes contra eles neste país...”.
“Terrorismo é não ter o material mais básico para sobreviver, ter o seu salário e sua pensão surrupiados. Terrorismo é o banco confiscar a sua casa. Terrorismo é estar vivendo nas cidades em meio à uma poluição letal. Terrorismo é a vida cotidiana sob um regime de medo...”.
“As condições objetivas agora são ideais. Agora vamos criar as condições subjetivas necessárias para a tentativa da revolução. Esta é a nossa chance”.
agência de notícias anarquistas-ana
“Nós reivindicamos a responsabilidade política de participação no grupo “Luta Revolucionária”. Nós declaramos que o companheiro Lambros Foundas, que morreu em Dafni [subúrbio de Atenas] em 10 de março de 2010, após um tiroteio com a polícia, também participava do “Luta Revolucionária”.
“Declaramos também que estamos muito orgulhosos do nosso grupo “Luta Revolucionária”, estamos orgulhosos de nossa história, de cada momento da nossa ação política. Estamos orgulhosos do companheiro Lambros Foundas, que honramos e sempre iremos recordar com carinho”.
“Se os mecanismos de repressão acreditam que nos aprisionando vão acabar com a gente, estão redondamente enganados. Seja fora ou dentro das prisões, a luta vai continuar, é uma questão de honra e dignidade”.
“Os dois terroristas, Papandreou [Primeiro Ministro] e Chrisochoïdis [Ministro da Ordem Pública] riem presunçosamente, acreditando que garantiram a segurança necessária para o seu partido social-fascista [Pasok] continuar com a aplicação de seus planos criminosos contra a sociedade, salvando seus rabos, principalmente agora que seus superiores estadunidenses os corteja... Nós asseguramos que não vão acabar com a gente facilmente...”.
“Enquanto estivermos vivos, enquanto vivermos e respirarmos, nós faremos o melhor para criar problemas para os planos anti-sociais e criminosos do Estado”.
"E se os nossos caçadores e as autoridades políticas do país acreditam que têm toda a sociedade ao seu lado, se acreditam que a maioria das pessoas nos consideram uma ameaça social, estão mais uma vez enganados. Para a maioria da população, a ameaça social vem do governo, das medidas anti-sociais aplicadas governo após governo, da corrupção com o dinheiro público... dos mecanismos do Estado...”.
“Terrorismo é a política neoliberal, imposta pelos partidos no poder com a tolerância ou apoio de partidos menores. Terrorismo é a aplicação do plano de estabilidade que já causou grandes perdas a população, num ataque sem precedentes contra eles neste país...”.
“Terrorismo é não ter o material mais básico para sobreviver, ter o seu salário e sua pensão surrupiados. Terrorismo é o banco confiscar a sua casa. Terrorismo é estar vivendo nas cidades em meio à uma poluição letal. Terrorismo é a vida cotidiana sob um regime de medo...”.
“As condições objetivas agora são ideais. Agora vamos criar as condições subjetivas necessárias para a tentativa da revolução. Esta é a nossa chance”.
agência de notícias anarquistas-ana
Paraguai - Seminário Internacional Assunção TRans antimili - Conexões in-des-conexas: antimilitarismo, feminismo, mulheres, objeção de conciência e se
Estimadas:
A Internacional de Resistentes à Guerra (IRG/WRI, Londres, Reino Unido) e a Comuna de Emma, Chana e todas as demais (Assunção, Paraguai) tem o prazer de convidar-lhes ao “Seminário Internacional Assunção Trans Antimili - Conexões in-des-conexas: antimilitarismo, feminismo, mulheres, objeção de consciência (recusa ao serviço militar por razões de consciência) e sexualidades contra-hegemônicas” e ao "treino em ação direta não violenta a partir de uma perspectiva crítica de gênero".
Os quais se levarão a cabo na cidade de Assunção na semana de 10 a 16 de maio, no marco do dia Internacional da Objeção de Consciência (15 de maio). Nesta ocasião o tema da convocação é “Mulher e Objeção de Consciência”.
Porque este tema?
Porque mulheres são ativistas em quase todos os movimentos antimilitaristas e de objeção de consciência, ainda que um serviço militar obrigatório para mulheres somente exista em dois países (Israel e Eritréia). Mas os militares querem recrutar mais mulheres como "voluntárias" - nos Estados Unidos, na Europa, Austrália, África do Sul e também em muitos países da América Latina. Por outra parte, o acesso ao exército para mulheres é um tema muito importante para a maioria dos movimentos feministas (como é o acesso para lésbicas e gays para a maioria dos movimentos GLBT).
Para antimilitaristas - mulheres ou homens, hétero ou homo - este tema é mais complexo. A presença de mulheres nas Forças Armadas não muda o caráter patriarcal do exército, ou o machismo/a masculinidade dos soldados. Muitos, senão a maioria, dos soldados mulheres sofrem assédio sexual ou violações durante seu serviço militar, e a discriminação é muito comum.
Também nos movimentos antimilitarista as mulheres muitas vezes não são tão visíveis como os homens. Na maioria dos movimentos de objeção de consciência, são os homens - os objetores de consciência - que são representantes do movimento e os "heróis" se sofrem repressão ou encarceramento. Inclusive em Israel, onde mulheres são obrigadas a servir o serviço militar - as mulheres objetoras até recentemente não sofreram o mesmo tratamento como objetoras, e muitas vezes o papel das mulheres objetoras foi apoiar e aplaudir os heróis objetores em sua prisão militar.
Como escreveu Cynthia Enloe em seu prólogo à antologia das mulheres objetoras da IRG: "Um objetor 'ordinário' é presumidamente masculino. Você o presume, eu presumo. Portanto, não é necessário para qualquer de nós dizer 'objetor masculino' para distinguir um objetor masculino de um objetor feminino. É nosso próprio hábito masculinizar não somente aos soldados, senão também aos que resistem a ser soldados..."
Neste evento colaboram também o Grupo de Afinidade Antimilitarista de Assunção (GAAA!), Movimento Antimitarista de Objeção de Consciência (MAOC-Chile), Aireana, pelos direitos das lésbicas (Assunção, Paraguai), Panambi, organização trans (Assunção, Paraguai), Fórum Permanente de Saúde Mental (Assunção, Paraguai), CONAMURI, Coletiva o Umbigo de Ingrid*, Serviço Paz e Justiça Paraguai*, Movimento de Objeção de Consciência do Paraguai MOC Py*.
Ambos eventos acontecerão no local do Sindicato dos Jornalistas do Paraguai.
Programação, dias 10 e 11:
Seminário Internacional Assunção Trans antimili Conexões in-des-conexas: antimilitarismo, feminismo, mulheres, objeção de consciência e sexualidades contra-hegemônicas.
Segunda-feira, 10:
Manhã: Abertura (razões deste seminário e o 15 de maio).
• Antimilitarismo e sexualidades contra-hegemônicas
• Feminismo, antimilitarismo e educação popular
• Círculos de debate.
Meio da tarde:
• Militarização, sexualidades forçadas e meio ambiente
• Saúde, Identidade e Resistência
• Círculos de debate
Transmissão Radiofônica
Tarde: Conversação Aberta
• O direito e o contrário:
• Objeção de consciência ao militar e as sexualidades forçadas
Terça-feira, 11:
Manhã:
• Movimentos sociais e enfoques críticos de gênero na luta
• Não violência e organizações sociais
• Círculos de Debate (segundo procedência das facilitadoras)
Tardes dos dias 11, 12, 13, 14 e 15
• Treinamento em ação direta não violenta a partir de uma perspectiva de gênero*
Quarta-feira, 12: Apresentação Manual de Ação Direta Não Violenta IRG
Todos os dias 18h40 programa de rádio
Sábado,15: 20h, festa de despedida de A Serafina
Domingo, 16: Visitas ao terreno
Atentamente...
A Comuna de Emma, Chana e todas as demais e Organização antimilitarista, feminista e libertária e queer
De Assunção do Paraguai...
Endereço: Azara 1659 entre Rca. Francesa e Irrazabal, Assunção, Paraguai
Fones: 0982 825337 e 0985423239
Email: comunaemma@gmail.com
*Sujeitas a confirmação
agência de notícias anarquistas-ana
A Internacional de Resistentes à Guerra (IRG/WRI, Londres, Reino Unido) e a Comuna de Emma, Chana e todas as demais (Assunção, Paraguai) tem o prazer de convidar-lhes ao “Seminário Internacional Assunção Trans Antimili - Conexões in-des-conexas: antimilitarismo, feminismo, mulheres, objeção de consciência (recusa ao serviço militar por razões de consciência) e sexualidades contra-hegemônicas” e ao "treino em ação direta não violenta a partir de uma perspectiva crítica de gênero".
Os quais se levarão a cabo na cidade de Assunção na semana de 10 a 16 de maio, no marco do dia Internacional da Objeção de Consciência (15 de maio). Nesta ocasião o tema da convocação é “Mulher e Objeção de Consciência”.
Porque este tema?
Porque mulheres são ativistas em quase todos os movimentos antimilitaristas e de objeção de consciência, ainda que um serviço militar obrigatório para mulheres somente exista em dois países (Israel e Eritréia). Mas os militares querem recrutar mais mulheres como "voluntárias" - nos Estados Unidos, na Europa, Austrália, África do Sul e também em muitos países da América Latina. Por outra parte, o acesso ao exército para mulheres é um tema muito importante para a maioria dos movimentos feministas (como é o acesso para lésbicas e gays para a maioria dos movimentos GLBT).
Para antimilitaristas - mulheres ou homens, hétero ou homo - este tema é mais complexo. A presença de mulheres nas Forças Armadas não muda o caráter patriarcal do exército, ou o machismo/a masculinidade dos soldados. Muitos, senão a maioria, dos soldados mulheres sofrem assédio sexual ou violações durante seu serviço militar, e a discriminação é muito comum.
Também nos movimentos antimilitarista as mulheres muitas vezes não são tão visíveis como os homens. Na maioria dos movimentos de objeção de consciência, são os homens - os objetores de consciência - que são representantes do movimento e os "heróis" se sofrem repressão ou encarceramento. Inclusive em Israel, onde mulheres são obrigadas a servir o serviço militar - as mulheres objetoras até recentemente não sofreram o mesmo tratamento como objetoras, e muitas vezes o papel das mulheres objetoras foi apoiar e aplaudir os heróis objetores em sua prisão militar.
Como escreveu Cynthia Enloe em seu prólogo à antologia das mulheres objetoras da IRG: "Um objetor 'ordinário' é presumidamente masculino. Você o presume, eu presumo. Portanto, não é necessário para qualquer de nós dizer 'objetor masculino' para distinguir um objetor masculino de um objetor feminino. É nosso próprio hábito masculinizar não somente aos soldados, senão também aos que resistem a ser soldados..."
Neste evento colaboram também o Grupo de Afinidade Antimilitarista de Assunção (GAAA!), Movimento Antimitarista de Objeção de Consciência (MAOC-Chile), Aireana, pelos direitos das lésbicas (Assunção, Paraguai), Panambi, organização trans (Assunção, Paraguai), Fórum Permanente de Saúde Mental (Assunção, Paraguai), CONAMURI, Coletiva o Umbigo de Ingrid*, Serviço Paz e Justiça Paraguai*, Movimento de Objeção de Consciência do Paraguai MOC Py*.
Ambos eventos acontecerão no local do Sindicato dos Jornalistas do Paraguai.
Programação, dias 10 e 11:
Seminário Internacional Assunção Trans antimili Conexões in-des-conexas: antimilitarismo, feminismo, mulheres, objeção de consciência e sexualidades contra-hegemônicas.
Segunda-feira, 10:
Manhã: Abertura (razões deste seminário e o 15 de maio).
• Antimilitarismo e sexualidades contra-hegemônicas
• Feminismo, antimilitarismo e educação popular
• Círculos de debate.
Meio da tarde:
• Militarização, sexualidades forçadas e meio ambiente
• Saúde, Identidade e Resistência
• Círculos de debate
Transmissão Radiofônica
Tarde: Conversação Aberta
• O direito e o contrário:
• Objeção de consciência ao militar e as sexualidades forçadas
Terça-feira, 11:
Manhã:
• Movimentos sociais e enfoques críticos de gênero na luta
• Não violência e organizações sociais
• Círculos de Debate (segundo procedência das facilitadoras)
Tardes dos dias 11, 12, 13, 14 e 15
• Treinamento em ação direta não violenta a partir de uma perspectiva de gênero*
Quarta-feira, 12: Apresentação Manual de Ação Direta Não Violenta IRG
Todos os dias 18h40 programa de rádio
Sábado,15: 20h, festa de despedida de A Serafina
Domingo, 16: Visitas ao terreno
Atentamente...
A Comuna de Emma, Chana e todas as demais e Organização antimilitarista, feminista e libertária e queer
De Assunção do Paraguai...
Endereço: Azara 1659 entre Rca. Francesa e Irrazabal, Assunção, Paraguai
Fones: 0982 825337 e 0985423239
Email: comunaemma@gmail.com
*Sujeitas a confirmação
agência de notícias anarquistas-ana
quinta-feira, abril 29, 2010
O NEGRO E O VERMELHO
§ 3.º - Do terceiro grau da sociabilidade
Talvez o leitor não tenha esquecido o que eu disse no capítulo III sobre a divisão do trabalho e a especialidade das aptidões. Entre os homens é igual a soma dos talentos e capacidades e a sua natureza é similar: todos, tantos quantos somos, nascemos poetas, matemáticos, filósofos, artistas, artesãos, trabalhadores; mas não nascemos todos igualmente e as proporções são infinitas na sociedade, de um homem a outro, de uma faculdade a uma outra faculdade do mesmo homem. Esta variedade de grau nas mesmas faculdades, esta predominância de talento para certos trabalhos é, dissemos nós, o próprio fundamento da sociedade. A inteligência e o génio natural foram repartidos pela natureza com uma tal economia e uma providência tão grandes que o organismo social nunca tem que temer superabundância ou falta de talentos especiais, porque cada trabalhador, entregando-se à sua tarefa, pode sempre adquirir o grau necessário de instrução para gozar dos trabalhos e descobertas de todos os seus associados. Por esta precaução da natureza tão simples e sábia, o trabalhador não fica isolado na sua tarefa; está, pelo pensamento, em comunicação com os seus semelhantes antes de lhes estar unido pelo coração, de maneira que para ele o amor nasce da inteligência.
Não se passa o mesmo com as sociedades dos animais. Em cada espécie, as aptidões, aliás, muito limitadas, são iguais entre os indivíduos pelo número e até pela energia, quando não nascem do instinto: cada um sabe fazer o que fazem todos os outros e tão bem como os outros, procurar comida, escapar ao inimigo, cavar um buraco, construir um ninho, etc. Não estando nenhum livre e disponível não espera nem pede auxílio do vizinho, que, por sua vez, igualmente passa sem ele.
Os animais associados vivem uns ao lado dos outros sem nenhuma troca de pensamentos, sem conversação íntima: fazendo todos as mesmas coisas, não tendo nada a aprender ou a reter, vêem-se, sentem-se, estão em contacto, não se penetram. O homem faz com o homem uma troca perpétua de ideias e sentimentos, produtos e serviços.
Tudo o que aprende e executa na sociedade lhe é necessário; mas desta imensa quantidade de produtos e ideias aquilo que é dado a cada um para fazer e adquirir solzinho é semelhante a um átomo frente ao Sol. O homem não é homem senão pela sociedade, a qual, por sua vez, não se mantém senão pelo equilíbrio e harmonia das forças que a compõem.
A sociedade nos animais é de modo simples; no homem é de modo composto. O homem é sócio do homem pelo mesmo instinto que associa o animal ao animal; mas o homem está associado de modo diferente do animal: é essa diferença de associação que faz toda a diferença da moral.
Demonstrei, talvez demasiado longamente, pelo espírito das próprias leis que ditam a propriedade conto base do estado social e pela economia política, que a desigualdade das condições não pode justificar-se, nem pela anterioridade de ocupação nem pela superioridade de talento, de serviço, de indústria e de capacidade. Assim, se a igualdade das condições é uma consequência necessária do direito natural, da liberdade, das leis da produção, dos limites da natureza física e do próprio princípio de sociedade essa igualdade não detém a expansão do sentimento social no limite do direito e do ter; o espírito de benevolência e amor estende-se para além disso; e quando a economia faz a sua balança a alma começa a gozar da sua própria justiça e o coração espraia-se no infinito das suas afeições.
O sentimento social toma então um novo carácter, segundo as relações das pessoas: no forte, é o prazer da generosidade; entre iguais, é a amizade franca o cordial; no fraco, é a felicidade da admiração e do reconhecimento.
O homem superior pela força, talento ou coragem, sabe que se deve todo à sociedade, sem a qual não é nem pode nada; sabe que, tratando-o como o último dos seus membros, a sociedade está quite em relação a ele. Mas não saberia desconhecer ao mesmo tempo a excelência das suas faculdades; não pode escapar à consciência da sua força e grandeza: e é pela homenagem voluntária que então faz de si próprio à humanidade, é confessando-se o instrumento da natureza, que só deve ser glorificada e bendita em si; é, digo, por essa confissão simultânea do coração e do espírito, verdadeira adoração do grande Ser, que o homem se distingue, se eleva e atinge um grau de moralidade social, ao qual o animal não consegue chegar.
Talvez o leitor não tenha esquecido o que eu disse no capítulo III sobre a divisão do trabalho e a especialidade das aptidões. Entre os homens é igual a soma dos talentos e capacidades e a sua natureza é similar: todos, tantos quantos somos, nascemos poetas, matemáticos, filósofos, artistas, artesãos, trabalhadores; mas não nascemos todos igualmente e as proporções são infinitas na sociedade, de um homem a outro, de uma faculdade a uma outra faculdade do mesmo homem. Esta variedade de grau nas mesmas faculdades, esta predominância de talento para certos trabalhos é, dissemos nós, o próprio fundamento da sociedade. A inteligência e o génio natural foram repartidos pela natureza com uma tal economia e uma providência tão grandes que o organismo social nunca tem que temer superabundância ou falta de talentos especiais, porque cada trabalhador, entregando-se à sua tarefa, pode sempre adquirir o grau necessário de instrução para gozar dos trabalhos e descobertas de todos os seus associados. Por esta precaução da natureza tão simples e sábia, o trabalhador não fica isolado na sua tarefa; está, pelo pensamento, em comunicação com os seus semelhantes antes de lhes estar unido pelo coração, de maneira que para ele o amor nasce da inteligência.
Não se passa o mesmo com as sociedades dos animais. Em cada espécie, as aptidões, aliás, muito limitadas, são iguais entre os indivíduos pelo número e até pela energia, quando não nascem do instinto: cada um sabe fazer o que fazem todos os outros e tão bem como os outros, procurar comida, escapar ao inimigo, cavar um buraco, construir um ninho, etc. Não estando nenhum livre e disponível não espera nem pede auxílio do vizinho, que, por sua vez, igualmente passa sem ele.
Os animais associados vivem uns ao lado dos outros sem nenhuma troca de pensamentos, sem conversação íntima: fazendo todos as mesmas coisas, não tendo nada a aprender ou a reter, vêem-se, sentem-se, estão em contacto, não se penetram. O homem faz com o homem uma troca perpétua de ideias e sentimentos, produtos e serviços.
Tudo o que aprende e executa na sociedade lhe é necessário; mas desta imensa quantidade de produtos e ideias aquilo que é dado a cada um para fazer e adquirir solzinho é semelhante a um átomo frente ao Sol. O homem não é homem senão pela sociedade, a qual, por sua vez, não se mantém senão pelo equilíbrio e harmonia das forças que a compõem.
A sociedade nos animais é de modo simples; no homem é de modo composto. O homem é sócio do homem pelo mesmo instinto que associa o animal ao animal; mas o homem está associado de modo diferente do animal: é essa diferença de associação que faz toda a diferença da moral.
Demonstrei, talvez demasiado longamente, pelo espírito das próprias leis que ditam a propriedade conto base do estado social e pela economia política, que a desigualdade das condições não pode justificar-se, nem pela anterioridade de ocupação nem pela superioridade de talento, de serviço, de indústria e de capacidade. Assim, se a igualdade das condições é uma consequência necessária do direito natural, da liberdade, das leis da produção, dos limites da natureza física e do próprio princípio de sociedade essa igualdade não detém a expansão do sentimento social no limite do direito e do ter; o espírito de benevolência e amor estende-se para além disso; e quando a economia faz a sua balança a alma começa a gozar da sua própria justiça e o coração espraia-se no infinito das suas afeições.
O sentimento social toma então um novo carácter, segundo as relações das pessoas: no forte, é o prazer da generosidade; entre iguais, é a amizade franca o cordial; no fraco, é a felicidade da admiração e do reconhecimento.
O homem superior pela força, talento ou coragem, sabe que se deve todo à sociedade, sem a qual não é nem pode nada; sabe que, tratando-o como o último dos seus membros, a sociedade está quite em relação a ele. Mas não saberia desconhecer ao mesmo tempo a excelência das suas faculdades; não pode escapar à consciência da sua força e grandeza: e é pela homenagem voluntária que então faz de si próprio à humanidade, é confessando-se o instrumento da natureza, que só deve ser glorificada e bendita em si; é, digo, por essa confissão simultânea do coração e do espírito, verdadeira adoração do grande Ser, que o homem se distingue, se eleva e atinge um grau de moralidade social, ao qual o animal não consegue chegar.
Quando o capitalismo tira a máscara
O novo presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), António Saraiva, vai pedir o fim do valor mínimo deste subsídio (419 euros), tendo em conta que às vezes a pessoa desempregada acaba por ganhar mais do que quando trabalhava.
Porra, quando alguém que ganha 419 euros é considerado abastado relativamente a que vive do salário do seu ordenado, alguma coisa não está bem. Certamente que não são 419 euros que são uma fortuna pelo que só podem ser os salários que são de miséria. Mais vale dizerem claramente que aquilo que desejam é que os trabalhadores e os desempregados estejam tão desesperados com as suas vidas que aceitem o que lhes derem sem protestar ou hesitar. Para eles, para os Mexias deste país são 3 milhões todos eles feito de mérito.
Catolicismo – Escândalo anunciado
O próximo grande escândalo católico…
A importação de noviças de países pobres ( África e Índia) para os conventos geridos por freiras brancas.
A importação de noviças de países pobres ( África e Índia) para os conventos geridos por freiras brancas.
Pintainhos salvadores
Encolherem-se. Não se exigiria mais a dois pintainhos assustados com um papão pequenino, monstro à escala da sua insignificância. Mas os nossos pintainhos salvadores encontraram quem seja ainda mais pequeno do que eles e puseram-se de acordo em mostrar a plenitude da sua grandeza à alvoroçada capoeira: restrições às prestações sociais, às condições de atribuição do subsídio de desemprego, fiscalizações às migalhas distribuídas pelos mais pobres entre os mais pobres e o que adiante se verá. Folgam os milhões que, à margem da lei ou à sua sombra, obra da misericórdia pintainha, escapam ao fisco. Aos bandidos causadores do alvoroço na capoeira, nem uma palavra. Ao menos um muito obrigado pela oportunidade criada aos pintainhos para tornarem realidade os planos mais secretos. Eles não queriam. Foram as malditas circunstâncias que lhes desataram os generosos intestinos. Avé, trampa sagrada, salvadora de ricos e poderosos.
OS MESMOS DE SEMPRE AGORA FINGEM-SE SURPREENDIDOS
Os mesmos indivíduos que assinaram o Tratado de Maastricht; os mesmos que defenderam com entusiasmo a perda da soberania monetária portuguesa com a adesão ao Euro; os mesmos que efectuaram privatizações selvagen; os mesmos que destruíram as duas maiores conquistas da Revolução de Abril – o Sector Empresarial do Estado e a Reforma Agrária –; os mesmos que alegremente endividaram o país de forma alucinante; os mesmos que dilapidaram as reservas ouro do Banco de Portugal (em 31/Dezembro/1974 havia 865.936 kg); os mesmos que promoveram a desindustrialização, com a destruição do tecido produtivo nacional e a liquidação de panos inteiros da economia (construção naval, siderurgia, pescas, metalurgia pesada, ...); os mesmos que restabeleceram em Portugal o capitalismo monopolista e financeiro; os mesmos que põem Portugal a reboque do imperialismo/NATO fornecendo-lhe tropa para ocupar o Afeganistão; os mesmos que depauperaram os trabalhadores piorando drasticamente a repartição do rendimento nacional; os mesmos que defenderam e defendem projectos ruinosos como a construção de estádios para o jogo da bola ou de um novo aeroporto inútil; os mesmos que carpinteiraram o PEC a fim de tentar disfarçar o descalabro e agravar ainda mais a situação; os mesmos que conduziram ao actual estado de estagnação económica (crescimento previsto do PIB de 0,3% em 2010); estes mesmos indivíduos fingem-se agora muito surpreendidos quando as agências de rating degradam a classificação portuguesa. São eles os dirigentes do PS, PPD/PSD & CDS. Eles falam em "contágio" da Grécia. Mas a peste está neles, não nos gregos.
Recepção lustral ao Papa Bento XVI na livraria-bar Gato Vadio com filmes( 29/4, e 6, 13, 15/5) e encontro com o Padre Mário Oliveira (14/5)
Recepção lustral e quase veemente ao Papa Bento XVI
Gato Vadio - livraria, bar, atelier
Rua do rosário, 281 – Porto
telefone: 22 2026016
email: gatovadio.livraria@gmail.com
http://gatovadiolivraria.blogspot.com/
Nem chefes, nem Deuses, muito menos Papas!
O microfone debruado a ouro que as santas mãos do Papa arrebanharão no dia 14 de Maio na cidade do Porto é a metáfora mais ergonómica e doiradinha da cópula eclesiástica que, secularmente, “enraba” consciências prontas para a Papo-mania.
A religião, que poderia ser um caminho de ligação no ser humano entre as ideias que professa e aquilo que mais fundo tem dentro de si, foi quase sempre dominada e manipulada em absoluto pelas hierarquias religiosas, ora como meio político de salvação terrena das elites eclesiásticas (salvação através do lucro e do esbulho, da ostentação e do privilégio, da sociedade anónima e empresarial do Vaticano à Casa da Sorte de Fátima, etc), ora como escabrosa moral da morte. A ideia de morte que empesta e prevalece na homilia do catolicismo é a santa-inoculação com que a Igreja insiste em vacinar os crentes e de onde dimana o seu poder, o seu autoritarismo e a sua imunidade. Mais de um século depois da anunciada morte de Deus, como afirmação plena da vida humana e extracção do tumor da metafísica, a demolição do discurso da “morte” levada a cabo por Nietzsche será capaz de apontar à saciedade o odor moribundo e doentio que sairá da boca cínica do Papa Ratzinger?
Sendo a “nossa” Igreja (“nossa”, cá do cerejal lusitano!) vítima do seu próprio veneno original e fenecendo a olhos vistos, aconchegando-se cada vez mais no reduto do seu próprio luto, nunca esta temática nos aqueceu nem arrefeceu. Na verdade, julgamos que a Igreja portuguesa está condenada a ser a mais competitiva agência de turismo prá’ terceira idade e, com o tempo, lá terá de ir em excursão ao Moulin Rouge e à Feira do Erotismo (erotismo? Onde?) de Gondomar, mercado obligè!
Contudo, não poderíamos deixar em claro a passagem no dia 12, 13 e 14 de Maio, de tanta iniquidade e despotismo histórico à nossa frente e, principalmente, de ter entre nós o padre Mário de Oliveira para uma longa e esperada conversa…
Além do programa Cine-Documental proposto (começa esta quinta-feira!), abaixo encontrará informações úteis quer sobre o padre Mário de Oliveira, quer excertos de um recente artigo do jornal Público sobre o envolvimento do Papa no encobrimento de um caso de abuso sexual a menores cometido por um padre católico na Californication...
Selecção e Organização: Gato Vadio e Miguel Marques.
Cartaz sobre desenho de Maja Marek.
Programa:
Salesman,(1968)
Albert and David Maysles, Charlotte Zwerin
Quinta-feira, dia 29 de Abril, 22h
Entrada Livre
Sinopse: Salesman foi um marco do documentário norte-americano, seguindo a vida diária de quatro vendedores porta-a-porta que tentam desesperadamente vender Bíblias de luxo. Os funcionários da empresa que fazia estas bíblias ilustradas, ornadas e extremamente caras, encontram a implacável rejeição constante de pessoas pobres ou da classe média baixa. O desespero e a angústia, sentimentos tão caros ao catolicismo, parecem contaminar a vida destes vendedores.
86min.
Jesus Camp (2006)
Rachel Grady e Heidi Ewing
Quinta-feira, dia 6 de Maio, 22h
Entrada Livre
Sinopse: Jesus Camp espalhou a controvérsia nos EUA. Realizado por Rachel Grady e Heidi Ewing, documenta o dia-a-dia de um acampamento de verão, o “Pentecostal / Charismatic summer camp”, promovido para as crianças aprenderem e praticarem os seus "dons proféticos" e poderem "levar de volta a América a Cristo". De acordo com o distribuidor, o documentário "não vem com nenhum ponto de vista pré-concebido" e tenta ser um "retrato honesto e imparcial de uma facção da comunidade cristã evangélica". A controvérsia à volta do filme espoletou uma onda de debates em vários programas de televisão.
Jesus Camp foi nomeado para os Óscares de Hollywood na categoria de Melhor Documentário.
85min
Crimes Sexuais e o Vaticano (2006)
Colm O'Gorman
Quinta-feira, dia 13 de Maio, 22h
Entrada Livre
Sinopse: Crimes Sexuais e o Vaticano é um documentário filmado por Colm O'Gorman, que foi violado por um padre católico da diocese de Ferns em County Wexford, na Irlanda, quando tinha 14 anos de idade.
Filmado para a série de documentários da BBC Panorama, traz a lume os crimes de abuso sexual cometidos por padres católicos e denuncia a política de silenciamento e encobrimento activo do Vaticano, imposta há mais de vinte anos pelo documento secreto Crimen Sollicitationis, defendido à época pelo cardeal Joseph Ratzinger. O padre Seán Fortune foi acusado de 66 crimes de assédio, atentado ao pudor e por outros crimes graves de abuso sexual a oito crianças. Na véspera do seu julgamento, suicidou-se. A investigação de Colm e da BBC levou à renúncia do Dr. Brendan Comiskey, o bispo da diocese de Ferns.
39 min.
Nem chefes, nem Deuses, muito menos Papas!
À conversa com o Padre Mário de Oliveira
Sexta-feira, 14 de Maio, 22h
http://padremariodemacieira.com.sapo.pt/
http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1rio_Pais_de_Oliveira
Viridiana (1961)
Luis Buñuel
Sábado, 15 de Maio, 22h
MayDay em Lisboa ( 1º de Maio, concentração às 13h. no Largo de Camões)
Dá a volta à precariedade!
1 de Maio :: 13h :: Praça Luís de Camões
:: concertos, performances, almoço ::
14h30 :: partida para desfile com a manifestação do Dia do Trabalhador
O MayDaylisboa2010 estás nas ruas, foi ao Colombo e aos Armazéns do Chiado e fez centenas de chamadas para call-centers, falando directamente com trabalhadores/as precários/as.
Soamos agora o alarme geral: Mayday! MayDay!
Chegou mais uma crise antes de ter chegado ao fim a última. Mais uma vez, falam-nos da queda da bolsa para melhor nos ir ao bolso. Sabemos onde está a verdadeira crise - os privilégios e lucros para alguns e o desemprego e precariedade para a maioria. O que aí vem, para quem trabalha, é mais do mesmo: horários mais longos, salários mais baixos, contratos a prazo, menos direitos.
Governos e patrões dizem-nos que temos que ser mais flexíveis, mais competitivos, mais obedientes, porque nos querem isolados, divididos, desconfiados de quem está ao nosso lado, incapazes de nos juntarmos para combater a exploração. Por isso afirmamos a urgência de organizar a luta pelas nossas vidas. Exigimos que a funções permanentes correspondam vínculos permanentes. Não aceitamos pagar a factura da crise.
Dizemo-lo a todos os trabalhadores, porque sabemos que a chantagem da precariedade é uma ameaça generalizada. Os falsos recibos verdes, as falsas bolsas e os falsos estágios são outras tantas formas de subverter os direitos laborais, de comprometer o futuro da segurança social e a vida de milhares de pessoas. Sejam imigrantes, trabalhadoras/es do sexo ou intermitentes do espectáculo, o resultado é sempre o mesmo: a precariedade de alguns fragiliza a posição de todos/as.
A precariedade não é uma fatalidade: é um ataque que precisa de um contra-ataque. Por isso soamos o alarme a pensar num ponto de encontro que desafia a resignação.
No Mayday transformamos a rua num espaço onde desfila a diversidade e a força da recusa de uma vida aos bocados.
No MayDay contraria-se a vida calada que nos querem impor, afirmando-se a recusa da precariedade e a urgência da organização de todos os trabalhadores contra a exploração e a chantagem da crise.
Cabemos todos: contratados a prazo, vítimas dos falsos recibos verdes, informais, sobre-explorados pelas empresas de trabalho temporário, intermitentes do espectáculo e do audiovisual, imigrantes descartáveis, bolseiros à força, eternos estagiários, simplesmente desempregados ou muito mal-empregados.
Mais informação www.maydaylisboa.net
O MayDay é um protesto de trabalhadores precários que vem marcando o 1º de Maio, organizado em Milão desde 2001 e, desde então, generalizado a várias outras cidades da Europa e do Mundo. O MayDay Lisboa arrancou em 2007 e no ano passado chegou também ao Porto.
Portugal - “Sementes da resistência no abril de todos os dias”
Em Lisboa, anarquistas protestam na data do golpe de estado do 25 de abril de 1974, que ficou conhecido para sempre como a "Revolução dos Cravos"; na véspera a polícia coagiu um festival contracultural de grupos punks e anarcopunks; ao mesmo tempo a imprensa portuguesa divulgava um documento com registros das atividades políticas de alguns anarquistas daquele país.
"Não esquecemos não perdoamos". Foi sob este lema que individualidades e grupos diversificados de anarquistas e anti-autoritários portugueses prepararam a resposta "contra o terrorismo de Estado" num "25 de abril com nada a celebrar". E por isso ocuparam as ruas da baixa lisboeta no final da tarde do dia 25 de abril, "sem medo e sem lei", porque "a democracia é repressão e autoridade", afirmando, à plenos pulmões, que "não queremos um Estado militarista que, recorrendo ao poder nos abafa e força-nos a viver uma vida que não queremos, que nos impede de fazer o que queremos”.
Nos comunicados distribuídos à população intitulado “Chamada Anarquista - apelo à solidariedade com os que sofreram a repressão do Estado e à resistência”, podia se ler “não esquecemos não perdoamos" e “em solidariedade com todos os que lutam pela destruição do Estado, fonte primária de todo o terrorismo. Continuamos na rua... Sem medo nem lei!".
Já no fundo da Rua do Carmo/Rossio - local onde há três anos uma manifestação anti-autoritária e anti-capitalista foi alvo de intensa repressão, com a prisão de 11 manifestantes, a correr julgamento atualmente no Tribunal - partiram, ao som dos batuques, numa passeata pela baixa lisboeta que terminou, simbolicamente, na antiga Praça do Império, local atualmente freqüentado por muitos imigrantes e que constitui essa amálgama de povos que sonhamos ser, cidadãos do mundo já hoje.
Repressão ao festival "Imune Fest”
Mas, se desta vez a repressão do Estado não atingiu o grau de violência e brutalidade policial de 2007, não deixou de se verificar de forma insidiosa a sua presença nefasta, exercendo coação sobre uma associação popular com o intuito de impedir a realização do festival "Imune Fest", que foi cancelado em Lisboa por pressão da polícia exatamente na véspera do 25 de abril.
O festival "Imune Fest" surgiu porque, segundo um comunicado distribuído, "somos imunes à opressão, imunes à apatia, imunes ao vosso controle da música", contando com a participação das bandas: Kostranostra (Anarcopunk de Valência), Gatos Pingados (Punk Hardcore de Almada), The Skrotes (Skate Punk de Lisboa), Massey Ferguson (Crust de Beja), Steven Seagal (Hardcore Oldschool de Lisboa), Ventas de Exterco (Punk Hardcore de Beja), Pussy Hole Treatment (Punk Trasher de Lisboa), Desobediência Geral (Anarcopunk de Lisboa).
Na sexta-feira, dia 23 - um dia antes do festival - os organizadores foram informados pela Associação Boa União, local acordado para o concerto, que este não se realizaria ali, fazendo exigências despropositadas como alternativa, porque a polícia tinha ido lá e lhes tinha dito que não era aconselhável realizar naquele lugar o concerto porque "é coisa de anarquistas" e que eles "são piores que os nazis e integrantes dos “no name boys” e poderiam causar distúrbios". No final o concerto acabou por realizar-se na Ocupa Kylacancra, às 17h, em Palmela, Setúbal, com as bandas já anunciadas, disponibilizando-se, solidariamente, transporte para o novo local, menos acessível.
Texto distribuído durante o concerto na Ocupa Kylakancra:
Todos temos os nossos objetivos. Seja viver uma vida pacífica com um dia a dia estável, seja contestar os valores da nossa sociedade com vista a empurrar o nosso mundo numa direção mais positiva e justa.
Para todos vós as nossas existências estão ameaçadas. A vida como a conhecemos só tende a piorar. O Tratado de Lisboa permite o uso da pena de morte na Europa contra atos daqueles que se preocupam com um futuro melhor, uma polícia global foi criada a revelia do público com o objetivo de, sem responder às leis que votamos, estrangular as vozes de quem não se vê satisfeito com o estado da nossa sociedade.
Agora no dia 24 de abril de 2010, 36 anos depois do 25 de abril, a polícia impede a concretização de um concerto organizado pelos jovens que constituem o futuro do nosso planeta. De uma forma intransigente cancelam uma organização independente, sem fins lucrativos com o objetivo de promover a cultura e a interação de todos nós.
36 anos depois de se celebrar a liberdade de expressão e o fim da ditadura calam as nossas vozes com argumentos político-ideológicos. Aquilo que é o mais básico da dita liberdade de expressão é o argumento utilizado pelas forças do Estado para nos impedirem de vivermos a nossa vida.
Não queremos um Estado militarista que, recorrendo ao poder, nos abafa e força-nos a viver uma vida que não queremos, que nos impede de fazer o que queremos.
Que o 25 de abril de 2010 não seja mais uma celebração dos anos passados mas sim uma ponte para um mundo mais justo, feitos para as pessoas e não para os interesses egoístas dum governo corrupto e distante do povo.
Porque por mais que tentem somos ainda imunes ao dinheiro que gere este planeta, somos imunes ao vosso egocentrismo, somos imunes ao vosso ódio.
Polícia registra as atividades políticas dos anarquistas portugueses
O relatório da polícia sobre a manifestação em 25 de abril em 2007 confirma que as forças da ordem têm registro das atividades políticas dos anarquistas portugueses, mesmo daqueles que não são arrolados no processo. A seguir matéria divulgada pelo Jornal de Notícias, intitulada “PSP relata "cadastro" político de não argüidos em processo”.
Relatório policial identifica 30 pessoas estranhas a inquérito sobre manifestação do 25 de abril de 2007.
Estes indivíduos não são argüidos nem foram identificados no inquérito criminal da manifestação do 25 de abril de 2007, mas aparecem identificados no respectivo processo, por alegadas ligações, na maioria dos casos, a movimentos anarquistas, de extrema-esquerda e ecologistas, que as autoridades associam àquela manifestação.
A maior parte das informações que a PSP (Polícia de Segurança Pública) juntou sobre aqueles cidadãos não tem relevância criminal; outras foram retiradas de processos-crime, em grande medida, sobre (outras) manifestações não autorizadas e ações "Okupa" - ocupação de casas devolutas.
"Parece ter havido uma falha na preparação do relatório, porque deveria ter sido omitida a identidade das pessoas não constituídas argüidas no processo", comenta Paulo Henriques, da Faculdade de Direito de Coimbra.
O relatório da PSP, de 29 de novembro de 2007 e assinado pelo então comandante metropolitano de Lisboa, Guedes da Silva, foi requerido por uma procuradora do DIAP de Lisboa, em 2007, após os confrontos, na zona do Chiado, entre o Corpo de Intervenção da PSP e participantes na "Manifestação antiautoritária contra o fascismo - contra o capitalismo".
A magistrada pediu informações sobre a "integração" dos 11 argüidos (um já falecido) do inquérito" em movimentos ou grupos tais como os citados no auto de notícia" - anarquistas e de extrema-esquerda - e registro de ações violentas e ilegais destes grupos. E juntou ao processo, que já é público, o relatório recebido da PSP.
PSP aponta cartão da JCP
O documento começa por relatar fatos da vida de cinco dos 11 argüidos, sem que nenhum dos imputados - tentativas de furto em supermercados, ruído na via pública... - os ligue àquele tipo de grupos. O único fato "político" ali descrito decorre da integração de uma argüida num grupo que, na tarde de 25 de abril de 2007, atirou ovos e tomates contra um cartaz xenófobo do PNR, no Marquês de Pombal.
Não se ficando pelos argüidos, a PSP começou por identificar seis dos atiradores de ovos. Ao primeiro da lista, imputou o incitamento à realização de seis greves e manifestações, em duas escolas secundárias. Mas sublinhou o ativismo político do jovem de forma mais curiosa: "Em 4 de novembro de 2006, participou o extravio de documentos, entre os quais se encontrava o cartão de militante da Juventude Comunista Portuguesa", apontou a PSP.
Lei proíbe ficheiros políticos
O relatório vai mais longe e identifica 24 pessoas que não têm sequer relação estabelecida com nenhum argüido. Contudo, participaram em ações de caráter político-ideológico: protestos contra cúpulas do G8 e a guerra no Iraque, ações contra os transgênicos, ocupação de imóveis devolutos...
Tome-se o exemplo do cidadão belga J.D.. A PSP não lhe imputa qualquer fato ilegal e muito menos com relevância criminal, mas identifica-o, por ele estar ligado ao grupo ambientalista GAIA, que terá membros comuns ao Verde Eufémia, que, por sua vez, terá destruído milho transgênico em Silves, em 2007. A PSP relatou que J.D. tinha 25 anos, recebeu um fundo da União Européia para colaborar com o GAIA, é licenciado em Ecologia e em Ciências Sociais e Políticas, esteve três dias em Rostock (Alemanha) a manifestar-se contra a cúpula do G8, participa em workshops da Rede G8 em Portugal.
Este é um dos casos que levanta questões sobre como a PSP recolhe e trata dados dos cidadãos, sendo certo que a lei proíbe "o tratamento de dados pessoais referentes a convicções filosóficas ou políticas, filiação partidária ou sindical". O docente Paulo Henriques faz uma declaração de fé: "Quero crer que as atividades de recolha e tratamento de dados que as polícias desenvolvem têm lugar no estrito cumprimento da lei".
O JN questionou a PSP, mas esta não quis fazer "qualquer tipo de comentário". Dos quatro advogados dos argüidos contatados, pronunciou-se Alexandra Ventura, que contestou que a PSP "registre e interligue informações de pessoas que nada têm a ver com o processo".
"A PIDE [polícia política do tempo do fascismo, antes do 25 de abril de 1974] registrava informações das pessoas, mas não as divulgava…", comparou a jurista.
agência de notícias anarquistas-ana
"Não esquecemos não perdoamos". Foi sob este lema que individualidades e grupos diversificados de anarquistas e anti-autoritários portugueses prepararam a resposta "contra o terrorismo de Estado" num "25 de abril com nada a celebrar". E por isso ocuparam as ruas da baixa lisboeta no final da tarde do dia 25 de abril, "sem medo e sem lei", porque "a democracia é repressão e autoridade", afirmando, à plenos pulmões, que "não queremos um Estado militarista que, recorrendo ao poder nos abafa e força-nos a viver uma vida que não queremos, que nos impede de fazer o que queremos”.
Nos comunicados distribuídos à população intitulado “Chamada Anarquista - apelo à solidariedade com os que sofreram a repressão do Estado e à resistência”, podia se ler “não esquecemos não perdoamos" e “em solidariedade com todos os que lutam pela destruição do Estado, fonte primária de todo o terrorismo. Continuamos na rua... Sem medo nem lei!".
Já no fundo da Rua do Carmo/Rossio - local onde há três anos uma manifestação anti-autoritária e anti-capitalista foi alvo de intensa repressão, com a prisão de 11 manifestantes, a correr julgamento atualmente no Tribunal - partiram, ao som dos batuques, numa passeata pela baixa lisboeta que terminou, simbolicamente, na antiga Praça do Império, local atualmente freqüentado por muitos imigrantes e que constitui essa amálgama de povos que sonhamos ser, cidadãos do mundo já hoje.
Repressão ao festival "Imune Fest”
Mas, se desta vez a repressão do Estado não atingiu o grau de violência e brutalidade policial de 2007, não deixou de se verificar de forma insidiosa a sua presença nefasta, exercendo coação sobre uma associação popular com o intuito de impedir a realização do festival "Imune Fest", que foi cancelado em Lisboa por pressão da polícia exatamente na véspera do 25 de abril.
O festival "Imune Fest" surgiu porque, segundo um comunicado distribuído, "somos imunes à opressão, imunes à apatia, imunes ao vosso controle da música", contando com a participação das bandas: Kostranostra (Anarcopunk de Valência), Gatos Pingados (Punk Hardcore de Almada), The Skrotes (Skate Punk de Lisboa), Massey Ferguson (Crust de Beja), Steven Seagal (Hardcore Oldschool de Lisboa), Ventas de Exterco (Punk Hardcore de Beja), Pussy Hole Treatment (Punk Trasher de Lisboa), Desobediência Geral (Anarcopunk de Lisboa).
Na sexta-feira, dia 23 - um dia antes do festival - os organizadores foram informados pela Associação Boa União, local acordado para o concerto, que este não se realizaria ali, fazendo exigências despropositadas como alternativa, porque a polícia tinha ido lá e lhes tinha dito que não era aconselhável realizar naquele lugar o concerto porque "é coisa de anarquistas" e que eles "são piores que os nazis e integrantes dos “no name boys” e poderiam causar distúrbios". No final o concerto acabou por realizar-se na Ocupa Kylacancra, às 17h, em Palmela, Setúbal, com as bandas já anunciadas, disponibilizando-se, solidariamente, transporte para o novo local, menos acessível.
Texto distribuído durante o concerto na Ocupa Kylakancra:
Todos temos os nossos objetivos. Seja viver uma vida pacífica com um dia a dia estável, seja contestar os valores da nossa sociedade com vista a empurrar o nosso mundo numa direção mais positiva e justa.
Para todos vós as nossas existências estão ameaçadas. A vida como a conhecemos só tende a piorar. O Tratado de Lisboa permite o uso da pena de morte na Europa contra atos daqueles que se preocupam com um futuro melhor, uma polícia global foi criada a revelia do público com o objetivo de, sem responder às leis que votamos, estrangular as vozes de quem não se vê satisfeito com o estado da nossa sociedade.
Agora no dia 24 de abril de 2010, 36 anos depois do 25 de abril, a polícia impede a concretização de um concerto organizado pelos jovens que constituem o futuro do nosso planeta. De uma forma intransigente cancelam uma organização independente, sem fins lucrativos com o objetivo de promover a cultura e a interação de todos nós.
36 anos depois de se celebrar a liberdade de expressão e o fim da ditadura calam as nossas vozes com argumentos político-ideológicos. Aquilo que é o mais básico da dita liberdade de expressão é o argumento utilizado pelas forças do Estado para nos impedirem de vivermos a nossa vida.
Não queremos um Estado militarista que, recorrendo ao poder, nos abafa e força-nos a viver uma vida que não queremos, que nos impede de fazer o que queremos.
Que o 25 de abril de 2010 não seja mais uma celebração dos anos passados mas sim uma ponte para um mundo mais justo, feitos para as pessoas e não para os interesses egoístas dum governo corrupto e distante do povo.
Porque por mais que tentem somos ainda imunes ao dinheiro que gere este planeta, somos imunes ao vosso egocentrismo, somos imunes ao vosso ódio.
Polícia registra as atividades políticas dos anarquistas portugueses
O relatório da polícia sobre a manifestação em 25 de abril em 2007 confirma que as forças da ordem têm registro das atividades políticas dos anarquistas portugueses, mesmo daqueles que não são arrolados no processo. A seguir matéria divulgada pelo Jornal de Notícias, intitulada “PSP relata "cadastro" político de não argüidos em processo”.
Relatório policial identifica 30 pessoas estranhas a inquérito sobre manifestação do 25 de abril de 2007.
Estes indivíduos não são argüidos nem foram identificados no inquérito criminal da manifestação do 25 de abril de 2007, mas aparecem identificados no respectivo processo, por alegadas ligações, na maioria dos casos, a movimentos anarquistas, de extrema-esquerda e ecologistas, que as autoridades associam àquela manifestação.
A maior parte das informações que a PSP (Polícia de Segurança Pública) juntou sobre aqueles cidadãos não tem relevância criminal; outras foram retiradas de processos-crime, em grande medida, sobre (outras) manifestações não autorizadas e ações "Okupa" - ocupação de casas devolutas.
"Parece ter havido uma falha na preparação do relatório, porque deveria ter sido omitida a identidade das pessoas não constituídas argüidas no processo", comenta Paulo Henriques, da Faculdade de Direito de Coimbra.
O relatório da PSP, de 29 de novembro de 2007 e assinado pelo então comandante metropolitano de Lisboa, Guedes da Silva, foi requerido por uma procuradora do DIAP de Lisboa, em 2007, após os confrontos, na zona do Chiado, entre o Corpo de Intervenção da PSP e participantes na "Manifestação antiautoritária contra o fascismo - contra o capitalismo".
A magistrada pediu informações sobre a "integração" dos 11 argüidos (um já falecido) do inquérito" em movimentos ou grupos tais como os citados no auto de notícia" - anarquistas e de extrema-esquerda - e registro de ações violentas e ilegais destes grupos. E juntou ao processo, que já é público, o relatório recebido da PSP.
PSP aponta cartão da JCP
O documento começa por relatar fatos da vida de cinco dos 11 argüidos, sem que nenhum dos imputados - tentativas de furto em supermercados, ruído na via pública... - os ligue àquele tipo de grupos. O único fato "político" ali descrito decorre da integração de uma argüida num grupo que, na tarde de 25 de abril de 2007, atirou ovos e tomates contra um cartaz xenófobo do PNR, no Marquês de Pombal.
Não se ficando pelos argüidos, a PSP começou por identificar seis dos atiradores de ovos. Ao primeiro da lista, imputou o incitamento à realização de seis greves e manifestações, em duas escolas secundárias. Mas sublinhou o ativismo político do jovem de forma mais curiosa: "Em 4 de novembro de 2006, participou o extravio de documentos, entre os quais se encontrava o cartão de militante da Juventude Comunista Portuguesa", apontou a PSP.
Lei proíbe ficheiros políticos
O relatório vai mais longe e identifica 24 pessoas que não têm sequer relação estabelecida com nenhum argüido. Contudo, participaram em ações de caráter político-ideológico: protestos contra cúpulas do G8 e a guerra no Iraque, ações contra os transgênicos, ocupação de imóveis devolutos...
Tome-se o exemplo do cidadão belga J.D.. A PSP não lhe imputa qualquer fato ilegal e muito menos com relevância criminal, mas identifica-o, por ele estar ligado ao grupo ambientalista GAIA, que terá membros comuns ao Verde Eufémia, que, por sua vez, terá destruído milho transgênico em Silves, em 2007. A PSP relatou que J.D. tinha 25 anos, recebeu um fundo da União Européia para colaborar com o GAIA, é licenciado em Ecologia e em Ciências Sociais e Políticas, esteve três dias em Rostock (Alemanha) a manifestar-se contra a cúpula do G8, participa em workshops da Rede G8 em Portugal.
Este é um dos casos que levanta questões sobre como a PSP recolhe e trata dados dos cidadãos, sendo certo que a lei proíbe "o tratamento de dados pessoais referentes a convicções filosóficas ou políticas, filiação partidária ou sindical". O docente Paulo Henriques faz uma declaração de fé: "Quero crer que as atividades de recolha e tratamento de dados que as polícias desenvolvem têm lugar no estrito cumprimento da lei".
O JN questionou a PSP, mas esta não quis fazer "qualquer tipo de comentário". Dos quatro advogados dos argüidos contatados, pronunciou-se Alexandra Ventura, que contestou que a PSP "registre e interligue informações de pessoas que nada têm a ver com o processo".
"A PIDE [polícia política do tempo do fascismo, antes do 25 de abril de 1974] registrava informações das pessoas, mas não as divulgava…", comparou a jurista.
agência de notícias anarquistas-ana
Relato sobre o 2º Congresso Libertário da Cidade do México
Pontos Introdutórios:
No inverno de 2008, diferentes agrupações e indivíduos anarquistas, realizaram uma análise da situação com respeito ao clima de repressão sobre o protesto social e a situação em que se encontrava o movimento anarquista, concluíram na inevitável necessidade de se fazer um chamado para congregarem-se como anarquistas. É então quando todos convêm em se organizar e trabalhar para desenvolver um primeiro Congresso Libertário. Assim dá início um processo que tem como primeira fase desenvolver trabalhos de propaganda anarquista e de solidariedade com diferentes revoltas de outros povos do mundo. Neste processo organizativo que hospedava diferentes grupos e pessoas se autodefiniu como Pré-federação; são realizados diferentes comícios de solidariedade em embaixadas, como a do Chile, Argentina, Espanha etc. Exatamente em 16 e 17 de agosto de 2008 que se desenvolve o 1º Congresso Libertário com uma assistência registrada de 170 pessoas, as resoluções tiradas foram a criação da Federação Local Libertária, ademais da realização do 2º Congresso Libertário para o dia 20 e 21 de novembro de 2009.
Em 2 de outubro de 2008 participamos, como Federação, na marcha comemorativa contra a matança de estudantes em 2 de outubro de 1968, nesta manifestação prevalece a repressão e a polícia prende 25 pessoas, das quais três são integrantes da Federação. Isto implica num grande desgaste e mobilização para exigir a libertação de todos os presos políticos e dos integrantes da Federação, só em abril de 2009 eles saem livres. Com o impacto da repressão, o Congresso de 2009 foi adiado para março de 2010, nos dias 20 e 21.
Crônica de uma nobre convergência subversiva
“Negras tempestades agitam os ares, nuvens escuras nos impedem de ver, ainda que nos espera a dor e a morte contra o inimigo nos chama o dever, o bem mais apreciado é a liberdade, lutemos por ela com fé e valor”.
São partes vermelhas e negras de um hino revolucionário que sacode o auditório onde convergiam 263 almas ácratas para participar do 2º Congresso Libertário, convocado pela Federação Local Libertária da Cidade do México. Sendo às 12h do dia 20 de março, que se instala uma mesa integrada por cinco delegados, três homens e duas mulheres, de diferentes grupos que, entre outros, integram a Federação. Vinte minutos depois começam a dar leitura da declaração inaugural do congresso com uma frase lapidaria do célebre anarquista revolucionário Mikail Alexándrovich Bakunin: "A liberdade sem socialismo é privilégio e injustiça e o socialismo sem liberdade é escravidão e brutalidade", seguida desta frase se escuta um argumento que expõe os motivos sobre o por quê da realização do dito evento organizado pelas diferentes agrupações e indivíduos libertários que integram a Federação. E que o movimento anarquista mexicano está atravessando uma etapa difícil e histórica, por uma parte impera uma crise econômica imposta pela especulação capitalista, ademais de prevalecer um clima de repressão contra todo o movimento que reivindique liberdade, e por outro lado a atividade de diferentes células insurrecionais anárquicas, onde tem se intensificado a perseguição e a criminalização dos anarquistas por parte dos diferentes governos, esquerda e direita, e dos meios de comunicação. De igual forma as organizações sociais de esquerda, autodefinidas como revolucionárias, em diferentes momentos e espaços tem empreendido uma campanha difamatória contra o movimento anarquista, definindo-o como provocadores ou tontos.
Texto Inicial
Quando é finalizada a leitura da declaração inaugural do congresso tem início à leitura das saudações enviadas pelos companheiros e companheiras da Federação Anarquista francófona, do El Libertário da Venezuela, de Omar Cortez (fundador de Edições Antorcha do México), da Livraria La Malatesta (Madri), de Octavio Alberola, da Agência de Notícias Anarquistas, etc. Ao término das saudações ecoam fortes aplausos que enchem de vigor o público.
Na seqüência, se estabelecem mesas de apresentação e análises de pessoas e grupos participantes do congresso. Promotores do anarcosindicalismo, do anarco-feminismo, anarco-ecologistas, animalistas, insurrecionalistas, magonistas, individualistas, anarco-punks, skins libertários, estudantes anarquistas, mídias livres anarquistas, anarquistas descafeinados e cafeinados, se apresentavam um a um e manifestavam seus porquês de ser anarquistas e o que fazem em suas localidades. De forma subjetiva todos coincidiam em suas lutas, pois buscavam a destruição do Estado e do capital.
Quando são 17h e depois de uma breve comida coletiva, todos tomam seus lugares para dar início aos trabalhos das mesas temáticas. Antes intervém uma pessoa integrante do comitê pela liberação de Víctor Govea Herrera, preso anarquista encarcerado por haver participado da marcha de 2009, comemorativa, outra vez, contra a matança estudantil de 2 de outubro de 1968, fazem leitura de uma carta escrita pela mãe de Víctor e dirigida ao congresso e os congressistas libertários. A carta é finalizada com um estrondoso grito de "abaixo os muros das prisões". Agora sim, todos se alistam para participar das mesas, mas... qual? No total são nove: de presos políticos, anarco-sindicalismo, anarquismo e ecologia, libertação animal, anarco-feminismo, anarquismo e movimento indígena, pedagogia libertária, arte libertária, mídias livres e... Enfim, cada pessoa ou agrupação se integra a mesa que reúne as expectativas e as definições pragmáticas ou de interesse de seu grupo. Quando são às 20h, cada mesa esgota a discussão e se colhem proposta para apresentá-las na plenária geral do dia seguinte. Onde todas as agrupações e pessoas discutirão as resoluções das mesas, para depois gerar um programa mínimo de ação anarquista que garantisse o trabalho e a seqüência de um processo revolucionário vermelho e negro que apenas começa a caminhar e a palpitar nos corações libertários.
O dia termina com a noite, e já de noite, depois de terminada a discussão nas mesas de trabalhos começa as atividades lúdicas e culturais. É apresentado o livro de Proudhon "O que é a propriedade?", editado pela Universidade Autônoma da Cidade do México a cargo de Claudio Albertani, e se conclui com o provérbio canto de uma soprano que tentou agradar aos congressistas com o canto de “A las Barricadas”, acompanhada de um chelista e um violinista, mas... só é uma improvisação e a apresentação acaba inconclusa. Mas ao final da noite a imaginação libertária foram agraciadas pelo proverbial canto da soprano.
Dia 21, segunda jornada de trabalho, quando às 11h companheiros e companheiras vão chegando um a um, com mochilas negras nos ombros, carregando sonhos e conspirações sediciosas de congressistas que estão dispostos a se mexerem no converso e no consenso com o resto de colegas que se deixam envolver pela intensidade da bandeira negra.
Outra vez se iniciam as atividades com as oportunas saudações dos companheiros anarquistas da União Comunista Libertária de Quebec, do Canadá, da CNT/AIT de Paris, da Federação Francófona, do secretariado da Internacional de Federações Anarquistas, de Eduardo Colombo, de Rumba Way (que promete deleitar os ouvidos dos anarquistas no México nos próximos dias), e de um personagem muito estimado pelos anarquistas no México: Jhon M. Hart. As saudações se concluem com fortes aplausos e um nó na garganta, que sacode de emoção o auditório. Aí sim, começa uma plenária geral onde os escrivãos de cada mesa dão a leitura dos acordos de cada mesa e na seqüência se dá início a uma discussão geral, onde se fazem acordos e desacordos, mas sobretudo onde se impõe o consenso.
Acordo das mesas:
Meios livres: reunião 24 de abril; Pedagogia Libertária: reunião 10 de abril; Anarco-feminismo: reunião em 26, 27 e 28 de março; Presos políticos: segunda 22 de abril; Libertação animal: reunião 27 de março; Anarco-sindicalismo: reunião 11 de abril; Arte libertária: reunião 27 de março.
Acordo geral ou plano de ação geral:
Convocar e realizar um Congresso Anarquista Nacional (quer dizer de todo o México), lugar por definir, as mídias livres realizariam uma divulgação massiva; Realização do 3º Congresso Libertário para o mês de março de 2011.
Atividades periódicas:
Realização de festas para arrecadar fundos para os presos políticos anarquistas no dia 17 de abril; Convocar um contingente negro [bloco negro] para participar da Marcha de 1º de Maio de 2010. Difundindo o caráter anarquista desta data; Assembléia da Federação em 10 de abril de 2010 com os grupos e companheiros que desejem federar-se; Realizar, por parte deste 2º Congresso Libertário, uma carta de apoio e solidariedade e pela libertação dos 6 presos anarquistas do DF.
O que foi uma plebéia trincheira estudantil nos movimentos grevistas estudantis de 68 e de 99, Auditório Che Guevara, hoje a cargo de uma fração muito importante de anarquistas, começa a ser desabitado pelas almas vermelhas e negras que aqui convergiram. O eco dos versos libertários acompanham um manto vermelho e negro, que se encontra no cenário, tatuado com a frase anarquista de “Terra e Liberdade” que tem raízes no começo do século passado na Espanha e que influenciou a organização anarquista mais importante na história do México nos tempos da Revolução Mexicana de 1910, claro, me refiro ao Partido Liberal Mexicano. A manta é um espectador sigiloso do que aí se viveu, está a espera de que com a finalização deste congresso se lancem as sementes que possam parir um futuro emancipador das mãos de um movimento anarquista organizado.
Federação Local Libertária (FLL)
Mais infos e imagens: http://congresolibertario.blogspot.com
agência de notícias anarquistas-ana
No inverno de 2008, diferentes agrupações e indivíduos anarquistas, realizaram uma análise da situação com respeito ao clima de repressão sobre o protesto social e a situação em que se encontrava o movimento anarquista, concluíram na inevitável necessidade de se fazer um chamado para congregarem-se como anarquistas. É então quando todos convêm em se organizar e trabalhar para desenvolver um primeiro Congresso Libertário. Assim dá início um processo que tem como primeira fase desenvolver trabalhos de propaganda anarquista e de solidariedade com diferentes revoltas de outros povos do mundo. Neste processo organizativo que hospedava diferentes grupos e pessoas se autodefiniu como Pré-federação; são realizados diferentes comícios de solidariedade em embaixadas, como a do Chile, Argentina, Espanha etc. Exatamente em 16 e 17 de agosto de 2008 que se desenvolve o 1º Congresso Libertário com uma assistência registrada de 170 pessoas, as resoluções tiradas foram a criação da Federação Local Libertária, ademais da realização do 2º Congresso Libertário para o dia 20 e 21 de novembro de 2009.
Em 2 de outubro de 2008 participamos, como Federação, na marcha comemorativa contra a matança de estudantes em 2 de outubro de 1968, nesta manifestação prevalece a repressão e a polícia prende 25 pessoas, das quais três são integrantes da Federação. Isto implica num grande desgaste e mobilização para exigir a libertação de todos os presos políticos e dos integrantes da Federação, só em abril de 2009 eles saem livres. Com o impacto da repressão, o Congresso de 2009 foi adiado para março de 2010, nos dias 20 e 21.
Crônica de uma nobre convergência subversiva
“Negras tempestades agitam os ares, nuvens escuras nos impedem de ver, ainda que nos espera a dor e a morte contra o inimigo nos chama o dever, o bem mais apreciado é a liberdade, lutemos por ela com fé e valor”.
São partes vermelhas e negras de um hino revolucionário que sacode o auditório onde convergiam 263 almas ácratas para participar do 2º Congresso Libertário, convocado pela Federação Local Libertária da Cidade do México. Sendo às 12h do dia 20 de março, que se instala uma mesa integrada por cinco delegados, três homens e duas mulheres, de diferentes grupos que, entre outros, integram a Federação. Vinte minutos depois começam a dar leitura da declaração inaugural do congresso com uma frase lapidaria do célebre anarquista revolucionário Mikail Alexándrovich Bakunin: "A liberdade sem socialismo é privilégio e injustiça e o socialismo sem liberdade é escravidão e brutalidade", seguida desta frase se escuta um argumento que expõe os motivos sobre o por quê da realização do dito evento organizado pelas diferentes agrupações e indivíduos libertários que integram a Federação. E que o movimento anarquista mexicano está atravessando uma etapa difícil e histórica, por uma parte impera uma crise econômica imposta pela especulação capitalista, ademais de prevalecer um clima de repressão contra todo o movimento que reivindique liberdade, e por outro lado a atividade de diferentes células insurrecionais anárquicas, onde tem se intensificado a perseguição e a criminalização dos anarquistas por parte dos diferentes governos, esquerda e direita, e dos meios de comunicação. De igual forma as organizações sociais de esquerda, autodefinidas como revolucionárias, em diferentes momentos e espaços tem empreendido uma campanha difamatória contra o movimento anarquista, definindo-o como provocadores ou tontos.
Texto Inicial
Quando é finalizada a leitura da declaração inaugural do congresso tem início à leitura das saudações enviadas pelos companheiros e companheiras da Federação Anarquista francófona, do El Libertário da Venezuela, de Omar Cortez (fundador de Edições Antorcha do México), da Livraria La Malatesta (Madri), de Octavio Alberola, da Agência de Notícias Anarquistas, etc. Ao término das saudações ecoam fortes aplausos que enchem de vigor o público.
Na seqüência, se estabelecem mesas de apresentação e análises de pessoas e grupos participantes do congresso. Promotores do anarcosindicalismo, do anarco-feminismo, anarco-ecologistas, animalistas, insurrecionalistas, magonistas, individualistas, anarco-punks, skins libertários, estudantes anarquistas, mídias livres anarquistas, anarquistas descafeinados e cafeinados, se apresentavam um a um e manifestavam seus porquês de ser anarquistas e o que fazem em suas localidades. De forma subjetiva todos coincidiam em suas lutas, pois buscavam a destruição do Estado e do capital.
Quando são 17h e depois de uma breve comida coletiva, todos tomam seus lugares para dar início aos trabalhos das mesas temáticas. Antes intervém uma pessoa integrante do comitê pela liberação de Víctor Govea Herrera, preso anarquista encarcerado por haver participado da marcha de 2009, comemorativa, outra vez, contra a matança estudantil de 2 de outubro de 1968, fazem leitura de uma carta escrita pela mãe de Víctor e dirigida ao congresso e os congressistas libertários. A carta é finalizada com um estrondoso grito de "abaixo os muros das prisões". Agora sim, todos se alistam para participar das mesas, mas... qual? No total são nove: de presos políticos, anarco-sindicalismo, anarquismo e ecologia, libertação animal, anarco-feminismo, anarquismo e movimento indígena, pedagogia libertária, arte libertária, mídias livres e... Enfim, cada pessoa ou agrupação se integra a mesa que reúne as expectativas e as definições pragmáticas ou de interesse de seu grupo. Quando são às 20h, cada mesa esgota a discussão e se colhem proposta para apresentá-las na plenária geral do dia seguinte. Onde todas as agrupações e pessoas discutirão as resoluções das mesas, para depois gerar um programa mínimo de ação anarquista que garantisse o trabalho e a seqüência de um processo revolucionário vermelho e negro que apenas começa a caminhar e a palpitar nos corações libertários.
O dia termina com a noite, e já de noite, depois de terminada a discussão nas mesas de trabalhos começa as atividades lúdicas e culturais. É apresentado o livro de Proudhon "O que é a propriedade?", editado pela Universidade Autônoma da Cidade do México a cargo de Claudio Albertani, e se conclui com o provérbio canto de uma soprano que tentou agradar aos congressistas com o canto de “A las Barricadas”, acompanhada de um chelista e um violinista, mas... só é uma improvisação e a apresentação acaba inconclusa. Mas ao final da noite a imaginação libertária foram agraciadas pelo proverbial canto da soprano.
Dia 21, segunda jornada de trabalho, quando às 11h companheiros e companheiras vão chegando um a um, com mochilas negras nos ombros, carregando sonhos e conspirações sediciosas de congressistas que estão dispostos a se mexerem no converso e no consenso com o resto de colegas que se deixam envolver pela intensidade da bandeira negra.
Outra vez se iniciam as atividades com as oportunas saudações dos companheiros anarquistas da União Comunista Libertária de Quebec, do Canadá, da CNT/AIT de Paris, da Federação Francófona, do secretariado da Internacional de Federações Anarquistas, de Eduardo Colombo, de Rumba Way (que promete deleitar os ouvidos dos anarquistas no México nos próximos dias), e de um personagem muito estimado pelos anarquistas no México: Jhon M. Hart. As saudações se concluem com fortes aplausos e um nó na garganta, que sacode de emoção o auditório. Aí sim, começa uma plenária geral onde os escrivãos de cada mesa dão a leitura dos acordos de cada mesa e na seqüência se dá início a uma discussão geral, onde se fazem acordos e desacordos, mas sobretudo onde se impõe o consenso.
Acordo das mesas:
Meios livres: reunião 24 de abril; Pedagogia Libertária: reunião 10 de abril; Anarco-feminismo: reunião em 26, 27 e 28 de março; Presos políticos: segunda 22 de abril; Libertação animal: reunião 27 de março; Anarco-sindicalismo: reunião 11 de abril; Arte libertária: reunião 27 de março.
Acordo geral ou plano de ação geral:
Convocar e realizar um Congresso Anarquista Nacional (quer dizer de todo o México), lugar por definir, as mídias livres realizariam uma divulgação massiva; Realização do 3º Congresso Libertário para o mês de março de 2011.
Atividades periódicas:
Realização de festas para arrecadar fundos para os presos políticos anarquistas no dia 17 de abril; Convocar um contingente negro [bloco negro] para participar da Marcha de 1º de Maio de 2010. Difundindo o caráter anarquista desta data; Assembléia da Federação em 10 de abril de 2010 com os grupos e companheiros que desejem federar-se; Realizar, por parte deste 2º Congresso Libertário, uma carta de apoio e solidariedade e pela libertação dos 6 presos anarquistas do DF.
O que foi uma plebéia trincheira estudantil nos movimentos grevistas estudantis de 68 e de 99, Auditório Che Guevara, hoje a cargo de uma fração muito importante de anarquistas, começa a ser desabitado pelas almas vermelhas e negras que aqui convergiram. O eco dos versos libertários acompanham um manto vermelho e negro, que se encontra no cenário, tatuado com a frase anarquista de “Terra e Liberdade” que tem raízes no começo do século passado na Espanha e que influenciou a organização anarquista mais importante na história do México nos tempos da Revolução Mexicana de 1910, claro, me refiro ao Partido Liberal Mexicano. A manta é um espectador sigiloso do que aí se viveu, está a espera de que com a finalização deste congresso se lancem as sementes que possam parir um futuro emancipador das mãos de um movimento anarquista organizado.
Federação Local Libertária (FLL)
Mais infos e imagens: http://congresolibertario.blogspot.com
agência de notícias anarquistas-ana
quarta-feira, abril 28, 2010
O NEGRO E O VERMELHO
Não, porque se favorecesse a injustiça do amigo tornar-se-ia cúmplice da sua infidelidade ao pacto social; de qualquer maneira, formaria com ele uma liga contra a massa dos sócios. A faculdade de preferência só tem lugar para as coisas que nos são próprias e pessoais, e que não podemos dedicar a todos ao mesmo tempo, como o amor, a estima, a confiança, a intimidade. Assim, num incêndio, um pai deve correr para o seu filho antes de pensar no do vizinho; mas, não sendo o reconhecimento de um direito pessoal e facultativo, um juiz não é senhor de favorecer um em prejuízo do outro.
Esta teoria das sociedades particulares formadas, por assim dizer, concêntricamente por cada um de nós no seio da grande sociedade, dá a chave de todos os problemas que as diversas espécies de deveres sociais podem levantar peIa sua oposição e conflito, problemas que foram o assunto principal das tragédias antigas.
A justiça dos animais é, de qualquer maneira, negativa; exceptuando os casos de defesa dos pequenos, da caça e pilhagem em grupo, da defesa comum, e algumas vezes, de uma assistência particular, ela consiste menos em fazer do que em impedir. O doente que não se pode levantar, o imprudente caído num precipício, não receberão remédios nem alimentos; se não podem por si próprios curar-se e livrar-se de embaraços, a sua vida está em perigo; não os tratarão na cama, não os alimentarão na prisão. A indiferença dos seus semelhantes vem tanto da imbecilidade da inteligência como da pobreza dos seus recursos. De resto as distribuições de proximidade que os homens observam entre si não são desconhecidas dos animais; têm amizades de hábito, de boa vizinhança, de parentesco e de preferências. Em comparação connosco a memória é fraca neles, o sentimento obscuro, a inteligência mais ou menos nua; mas existe a identidade na coisa e quanto a isto a nossa superioridade sobre eles provém inteiramente do nosso entendimento.
É pela extensão da memória e pela penetração do julgamento que sabemos multiplicar e combinar os actos que nos inspira o instinto da sociedade; que aprendemos a tornámos mais eficazes e distribui-los segundo o grau e a excelência dos direitos. Os animais que vivem em sociedade praticam a justiça mas não a conhecem nem raciocinam sobre ela; obedecem ao instinto sem especulação nem filosofia.
O seu eu não sabe juntar o sentimento social à noção de igualdade que não têm, porque essa noção é abstracta. Nós, pelo contrário, partindo do princípio que a sociedade implica igual partilha, podemos entender-nos e combinar as regras dos nossos direitos, pela faculdade de raciocínio; levámos mesmo demasiado longe a nossa faculdade de pensar. Mas, em tudo isso, a consciência desempenha o papel menor; a prova está na ideia do direito, que aparece como um clarão em certos animais de inteligência muito próxima da nossa, parece partir do mesmo nível em alguns selvagens para se elevar à maior altura em Platão e Franklin. Que prossiga o desenvolvimento do sentido moral nos indivíduos e o progresso das leis nas nações e convencer-nos-emos de que a ideia do justo e da perfeição legislativa estão em toda a parte, em razão directa da inteligência. A noçáo do justo, que os filósofos julgaram simples é, pois, verdadeiramente complexa; é fornecido pelo instinto social por um lado e por outro pela ideia de igual mérito; assim, a noção de culpabilidade é dada pelo sentimento da justiça violada e pela ideia de eleição voluntária.
Em resumo, o instinto não é absolutamente nada modificado pelo conhecimento que se lhe junta e os factos de sociedade que até agora observámos são de uma sociabilidade brutal: Sabemos o que é a justiça ou a sociabilidade concebida sob a razão de igualdade; nada temos que nos separe dos animais.
Esta teoria das sociedades particulares formadas, por assim dizer, concêntricamente por cada um de nós no seio da grande sociedade, dá a chave de todos os problemas que as diversas espécies de deveres sociais podem levantar peIa sua oposição e conflito, problemas que foram o assunto principal das tragédias antigas.
A justiça dos animais é, de qualquer maneira, negativa; exceptuando os casos de defesa dos pequenos, da caça e pilhagem em grupo, da defesa comum, e algumas vezes, de uma assistência particular, ela consiste menos em fazer do que em impedir. O doente que não se pode levantar, o imprudente caído num precipício, não receberão remédios nem alimentos; se não podem por si próprios curar-se e livrar-se de embaraços, a sua vida está em perigo; não os tratarão na cama, não os alimentarão na prisão. A indiferença dos seus semelhantes vem tanto da imbecilidade da inteligência como da pobreza dos seus recursos. De resto as distribuições de proximidade que os homens observam entre si não são desconhecidas dos animais; têm amizades de hábito, de boa vizinhança, de parentesco e de preferências. Em comparação connosco a memória é fraca neles, o sentimento obscuro, a inteligência mais ou menos nua; mas existe a identidade na coisa e quanto a isto a nossa superioridade sobre eles provém inteiramente do nosso entendimento.
É pela extensão da memória e pela penetração do julgamento que sabemos multiplicar e combinar os actos que nos inspira o instinto da sociedade; que aprendemos a tornámos mais eficazes e distribui-los segundo o grau e a excelência dos direitos. Os animais que vivem em sociedade praticam a justiça mas não a conhecem nem raciocinam sobre ela; obedecem ao instinto sem especulação nem filosofia.
O seu eu não sabe juntar o sentimento social à noção de igualdade que não têm, porque essa noção é abstracta. Nós, pelo contrário, partindo do princípio que a sociedade implica igual partilha, podemos entender-nos e combinar as regras dos nossos direitos, pela faculdade de raciocínio; levámos mesmo demasiado longe a nossa faculdade de pensar. Mas, em tudo isso, a consciência desempenha o papel menor; a prova está na ideia do direito, que aparece como um clarão em certos animais de inteligência muito próxima da nossa, parece partir do mesmo nível em alguns selvagens para se elevar à maior altura em Platão e Franklin. Que prossiga o desenvolvimento do sentido moral nos indivíduos e o progresso das leis nas nações e convencer-nos-emos de que a ideia do justo e da perfeição legislativa estão em toda a parte, em razão directa da inteligência. A noçáo do justo, que os filósofos julgaram simples é, pois, verdadeiramente complexa; é fornecido pelo instinto social por um lado e por outro pela ideia de igual mérito; assim, a noção de culpabilidade é dada pelo sentimento da justiça violada e pela ideia de eleição voluntária.
Em resumo, o instinto não é absolutamente nada modificado pelo conhecimento que se lhe junta e os factos de sociedade que até agora observámos são de uma sociabilidade brutal: Sabemos o que é a justiça ou a sociabilidade concebida sob a razão de igualdade; nada temos que nos separe dos animais.
Tradução e adaptação a Portugal do manifesto francês
O Papa tem o direito de vir a Portugal. Longe de nós a ideia de nos opormos, porque somos laicos. Mas a recepção oficial, de forma reverencial e com fundos públicos, não é desejável.
Enquanto chefe de Estado, Bento XVI não merece entusiasmo de uma democracia laica e igualitária. À frente de um pequeno Estado teocrático e patriarcal ele usa o seu lugar de observador permanente da ONU para dificultar todos os programas a favor do planeamento familiar, dos direitos das mulheres, da luta contra a Sida, ou das minorias sexuais. Frequentemente ao lado das piores ditaduras da Organização da Conferência Islâmica.
Enquanto líder religioso, Bento XVI é um papa ultraconservador e reaccionário. A sua visão do catolicismo, promovida através dos movimentos como o Opus Dei ou a Legião de Cristo, é dogmática, estreita, anti-feminista, discriminatória, hostil a um ecumenismo efectivo e ao espírito modernista do Vaticano II. Não há qualquer razão para reverência. Mas é assunto dos crentes.
Enquanto cidadãos laicos, a nossa vigilância está noutro lugar. Nós temos de aproveitar esta visita para recusar e voltar a recusar a «laicidade positiva», um termo utilizado por Bento XVI e repetido por todos os beatos ao serviço do papa e do Vaticano.
Fiéis à CRP, que separa o Estado das Igrejas, nós estamos amarrados à laicidade sem adjectivo. Quer dizer a uma laicidade que distingue bem a esfera do domínio público da sociedade civil e da esfera privada. Esta separação mantém prudentemente à distância a política da religião, no interesse de ambas.
Recusamos a evolução desta laicidade para uma religião civil à americana, a subvenção pública dos locais de culto, assim como a brandura da vigilância para com as seitas.
Apelamos, pelo contrário, a uma vigilância face a todos os integrismos. Esta vigilância passa pela revalorização dos laços sociais com um modelo laico, o apoio às associações de bairro lutando por viver em conjunto e à defesa da escola pública. Nós dizemo-lo sem rodeios: na transmissão dos princípios da República, o padre, o pastor, o rabino ou o imã não poderão jamais substituir o professor.
Nós não pensamos que o perigo das comunidades imigrantes seja tornarem-se «desertos espirituais», mas de se tornarem guetos sofrendo do bloqueamento da ascensão social, da subida dos preços imobiliários, do recuo dos serviços públicos e da falta de miscigenação social.
Nós não temos a pretensão de crer, como afirmam os avençados do divino, que «Deus está no pensamento e no coração de cada homem». Mas nós estamos certos de uma coisa, por mais importante que seja, a questão espiritual não nos parece ser apanágio das funções do Estado cujo papel é antes o de se ocupar da questão social.
O resto do texto aqui
Enquanto chefe de Estado, Bento XVI não merece entusiasmo de uma democracia laica e igualitária. À frente de um pequeno Estado teocrático e patriarcal ele usa o seu lugar de observador permanente da ONU para dificultar todos os programas a favor do planeamento familiar, dos direitos das mulheres, da luta contra a Sida, ou das minorias sexuais. Frequentemente ao lado das piores ditaduras da Organização da Conferência Islâmica.
Enquanto líder religioso, Bento XVI é um papa ultraconservador e reaccionário. A sua visão do catolicismo, promovida através dos movimentos como o Opus Dei ou a Legião de Cristo, é dogmática, estreita, anti-feminista, discriminatória, hostil a um ecumenismo efectivo e ao espírito modernista do Vaticano II. Não há qualquer razão para reverência. Mas é assunto dos crentes.
Enquanto cidadãos laicos, a nossa vigilância está noutro lugar. Nós temos de aproveitar esta visita para recusar e voltar a recusar a «laicidade positiva», um termo utilizado por Bento XVI e repetido por todos os beatos ao serviço do papa e do Vaticano.
Fiéis à CRP, que separa o Estado das Igrejas, nós estamos amarrados à laicidade sem adjectivo. Quer dizer a uma laicidade que distingue bem a esfera do domínio público da sociedade civil e da esfera privada. Esta separação mantém prudentemente à distância a política da religião, no interesse de ambas.
Recusamos a evolução desta laicidade para uma religião civil à americana, a subvenção pública dos locais de culto, assim como a brandura da vigilância para com as seitas.
Apelamos, pelo contrário, a uma vigilância face a todos os integrismos. Esta vigilância passa pela revalorização dos laços sociais com um modelo laico, o apoio às associações de bairro lutando por viver em conjunto e à defesa da escola pública. Nós dizemo-lo sem rodeios: na transmissão dos princípios da República, o padre, o pastor, o rabino ou o imã não poderão jamais substituir o professor.
Nós não pensamos que o perigo das comunidades imigrantes seja tornarem-se «desertos espirituais», mas de se tornarem guetos sofrendo do bloqueamento da ascensão social, da subida dos preços imobiliários, do recuo dos serviços públicos e da falta de miscigenação social.
Nós não temos a pretensão de crer, como afirmam os avençados do divino, que «Deus está no pensamento e no coração de cada homem». Mas nós estamos certos de uma coisa, por mais importante que seja, a questão espiritual não nos parece ser apanágio das funções do Estado cujo papel é antes o de se ocupar da questão social.
O resto do texto aqui
Governo admite que provas de recuperação incentivaram alunos a faltar mais às aulas
As provas de recuperação, impostas pelo Estatuto do Aluno ainda em vigor, acabaram por ser um incentivo para os estudantes darem ainda mais faltas. A constatação é feita pelo Governo no preâmbulo da proposta de lei que altera o estatuto, a que o PÚBLICO teve acesso. A proposta foi aprovada na passada quinta-feira e enviada agora ao Parlamento para debate e votação.
Mais uma prova de que o M.E. anda a gozar literalmente com os professores!...
Mais uma prova de que o M.E. anda a gozar literalmente com os professores!...
EM VIAS DE SUBDESENVOLVIMENTO
Os Estados Unidos são um país em vias de subdesenvolvimento. Centenas de milhares de professores nos EUA estão ameaçados de despedimento. Já foram enviadas cartas de demissão a 22 mil na Califórnia, 17 mil no Illinois e 15 mil em Nova York. Estão ameaçados os empregos de 8 mil funcionários escolares no Michigan, 6 mil em Nova Jersey e 5 mil no Oklahoma. O secretário de Estado da Educação, Arne Duncan, declarou esta semana que 100 a 300 mil lugares na educação pública dos EUA estão em perigo. Estes despedimentos em massa fazem-se com a aprovação da administração Obama, o que prometia "mudanças".
A tropa, em contrapartida, continua a recrutar.
Ver desenvolvimento em Globalresearch .
A tropa, em contrapartida, continua a recrutar.
Ver desenvolvimento em Globalresearch .
Alemanha - Encontro em Dresden debate os desafios da “Utopia”
“Organizar a Utopia! Dias libertários em Dresden”. Este é o título de um evento que vai acontecer pela primeira vez em Dresden, de 1 a 8 de maio, e promete agitar a cidade, que fica no extremo leste da Alemanha. São previstas várias atividades, como oficinas, palestras, manifestações, festivais de rua, cinema ao ar livre, shows, festas, exposições, cozinhas públicas, rádio ao vivo e muito mais.
“Nós queremos promover a auto-organização e desenvolver políticas horizontais. Alternativas emancipatórias além do Estado e do Mercado. Mostrar formas autogestionárias as pessoas interessadas e nos conhecer também. O que nos une é a luta contra a opressão, as injustiças e as hierarquias. O encontro não tem finalidades comerciais”, diz um dos organizadores do evento, que está sob o cuidado de uma rede de anarquistas de Dresden, com apoio de grupos antifascistas e animalistas da região.
No contexto do encontro, como promoção, os organizadores divulgaram um vídeo (link abaixo) que fala de uma experiência alternativa no bairro de Bauwagen, em Berlim, onde ativistas vivem em trailers, sem água corrente e luz elétrica. “Utopia ou uma tentativa romântica de fugir do mundo moderno?”, perguntam eles, em tom de provocação.
Vídeo "Das Königreich Lohmühle": http://vimeo.com/11037831
Mais infos do encontro: http://utopienentdecken.blogsport.de
agência de notícias anarquistas-ana
“Nós queremos promover a auto-organização e desenvolver políticas horizontais. Alternativas emancipatórias além do Estado e do Mercado. Mostrar formas autogestionárias as pessoas interessadas e nos conhecer também. O que nos une é a luta contra a opressão, as injustiças e as hierarquias. O encontro não tem finalidades comerciais”, diz um dos organizadores do evento, que está sob o cuidado de uma rede de anarquistas de Dresden, com apoio de grupos antifascistas e animalistas da região.
No contexto do encontro, como promoção, os organizadores divulgaram um vídeo (link abaixo) que fala de uma experiência alternativa no bairro de Bauwagen, em Berlim, onde ativistas vivem em trailers, sem água corrente e luz elétrica. “Utopia ou uma tentativa romântica de fugir do mundo moderno?”, perguntam eles, em tom de provocação.
Vídeo "Das Königreich Lohmühle": http://vimeo.com/11037831
Mais infos do encontro: http://utopienentdecken.blogsport.de
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