Caro João Freire director da Ideia
Saudações! Escrevo esta carta para levantar a seguinte questão:
Seria interessante, para não dizer imperioso, a revista A Ideia dedicar um seu número ou se não puder um artigo sobre a situação que não é original mas que levanta inúmeras reflexões com diversos enquadramentos sobre ter actualmente e já durante um ano um seu elemento ou ex-elemento - seria importante esse esclarecimento - nas fileiras do governo.
Trata-se da ministra da educação, autêntico cão de guarda do governo asocrático, e que se arrisca a ficar na história da deseducação em Portugal pelos piores motivos.
Uma mulher que foi durante um quarto de século anarquista, ou pelo menos como tal
se apresentava, esteve ligada a diversas iniciativas relacionadas com uma postura de vida e pensamento anarquista e agora ministra, elemento do aparelho ideológico dominante e disposta a pôr na ordem os professores esses incapazes de criar sucesso escolar, esses preguiçosos que trabalham meia dúzia de horas por semana...
Mais: Essa reflexão impõe-se como obrigatória! Que anarquistas reles são estes que logo à primeira oportunidade se vendem ao poder apesar de terem passado uma parte substancial a defenderem o fim desse mesmo poder!
Onde está o problema? Do poder que tudo vai conseguindo absorver ou dos anarquistas reles da treta que dão o salto para o outro lado da barricada quando essa oportunidade acontece?
Aguardando uma resposta à altura dos acontecimentos
Saudações proudhonianas (sempre)
Francisco Trindade
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