terça-feira, março 31, 2015

Abre a boca para te enfiar o jantar pelas goelas abaixo!!!


Haverá coisa mais ternurenta do que dar um biberon de leite a um gato?


Eclipse total faz as galinhas pensar que é de noite!...

ESSE PAÍS NÃO É O MEU

A Professora de Economia em França Cristina Sambiano publicou um artigo no PUBLICO de hoje onde comenta a lamentável "magistratura" do Presidente da República, em breve a ser substituído para nosso alívio. Destaco o que diz essa emigrante de segunda geração sobre a nova torrente de emigração, agora de jovens qualificados que o actual governo abandonou à sua sorte:

 "Como é que esses novos emigrantes, a população estrangeira mais numerosa a chegar actualmente a França e a quem o jornalista Giv Anquetil consagrou a sua reportagem para o programa de France Inter do passado dia 14, Comme un bruit qui court, poderão acolher o discurso de um Presidente que diz aos emigrantes que Portugal é um país bom para investir, bom para os franceses se irem instalar, bom para irem passar férias (recordando que, no ano passado, um milhão de franceses visitou o país) e pedindo-lhes que sejam os embaixadores desse país, que o aconselhem aos vizinhos, aos colegas de trabalho, aos amigos? Será que eles, filhos de um país de que foram expulsos, poderão gabar os seus atractivos a terceiros?

 Seguramente não, nem a Elisabete, professora de Inglês a exercer a profissão de porteira em Paris, para “poder acudir às necessidades dos fi lhos, dar-lhes uma educação e pagar a casa em Portugal”, nem a Sofia, filha de emigrantes, nascida em França, que havia decidido ir viver em Portugal e que, dez anos depois, foi obrigada a regressar, nem a Rosa, que acumulava dois trabalhos, um dos quais num bar, à noite, que paga 2,5 euros à hora, não declarados, “porque quando se precisa aceita-se tudo”, seguramente nenhum deles se reconhece nem no país próspero de que falou o Presidente, nem na emigração portuguesa de sucesso a que ele se dirigiu. Não, esse país não é o meu, nem essa emigração existe."

Cristina Sambiano (Economista, lecciona Economia Portuguesa na Universidade de Paris IV — Sorbonne; autarca na região de Pari)"


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O papa bolos


CARTOONS





Uma raridade mesmo rara



A notícia é da semana passada mas, por ser uma raridade mesmo rara – e neste caso a expressão não é pleonasmo, merece toda a atenção. Uma empresa, a Lisnave, decidiu por iniciativa dos seus accionistas distribuir pelos seus trabalhadores efectivos 18,5% dos lucros líquidos do exercício de 2014, isto é, 1,2 de 6,47 milhões de euros a título de gratificação. É assim, e não com pancadinhas nas costas que não pagam as despesas lá de casa, que um trabalhador sente que o seu trabalho é valorizado. A gestão da Lisnave tem consciência que a motivação dos seus trabalhadores e a forma como estes valorizam trabalhar na empresa são factores decisivos para aumentar a produtividade e repetir os resultados em 2015. Note-se, porém, como a decisão é estritamente privada e como entre nós, apesar da palavra produtividade andar nas bocas de governantes e respectiva corte de repetidores dos seus miserabilismos serôdios, a distribuição de lucros por aqueles que os trabalham não beneficia de qualquer tipo de incentivo em sede fiscal. E deveria beneficiar. Não apenas por razões de justiça social nem apenas por questões relacionadas com produtividade, o que já não seria pouco. Por uma questão de racionalidade económica que se identifica imediatamente ao perceber que nos bolsos de quem trabalha o rendimento gera o consumo que garante empregos e produz receitas fiscais que não gera nos bolsos de quem consome marginalmente cada vez menos à medida que o seu rendimento aumenta e está isento de imposto sobre grandes fortunas, já para não referir a gratuitidade da possibilidade que tem de transferir capitais para paraísos fiscais sem retribuir um único cêntimo à economia e à sociedade onde fez a fortuna. A economia – não confundir com a casta dona disto tudo – teria tudo a ganhar com políticas que a pusessem a servir as pessoas em vez de servir-se das pessoas. Talvez um dia as pessoas saibam exigi-lo.

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Mais ou menos


PAZ NO FUTEBOL

O futebol pode estar em paz.

BES, a PTo BPI e por aí fora, como outrora o BPN, o BCP, o BANIF e os investidores GOLD do BPP, talvez não continuem a alimentar o poço sem fundo da industria do futebol, mas haverá sempre russos e árabes para juntar aos offshores regulamentados por quem cortou, corta e cortará a eito nos do costume.

É certo que cortam, mas também se reconheça que lhes dão alegria, emoções fortes e muito para pensar, imaginar, discutir, suspeitar, adivinhar, desmontar e até concordar. E convenhamos: o investimento no Ronaldo, por exemplo, tem um valor de mercado superior à despesa com uns 200 mil pensionistas.

O aumento do desemprego



Novo filme de Woody Allen para 2016 será realizado em Los Angeles e em Nova Yorque


Woody Allen is set to roll camera on his 46th film, what we are calling his 2016 Film. New details have emerged that reveal the production will take place in Los Angeles and New York.
Twitter seems to be basing this on the latest preview of Production Weekly. The production will take place in Los Angeles and New York, and run from mid August til October.
Those dates are later than usual for Allen, although he is booked in to direct an opera in June in Madrid. It is the first time in a decade where Allen has made two films in a role in America. He has not shot in Los Angeles since… Annie Hall maybe?
We know the headline cast – Jesse EisenbergKristen Stewart and Bruce Willis. Of course, no other details.
Meanwhile, we wait for more details from Allen’s 2015 film Irrational Man

segunda-feira, março 30, 2015

Às vezes é importante passarmos despercebidos!...


Um cão que faz as suas próprias regras!





A campanha eleitoral está de volta. É altura de a CGD a construir



Não há nenhum produto publicitado. Nenhuma conta, nenhuma linha de crédito, nada. É feita uma referência indirecta à evolução da taxa de desemprego e até à decisão de um casal ter filhos, supondo-se que se vive em Portugal um ambiente de grande optimismo.


Fisco penhora quatro bolos a restaurante por dívida!

A dívida é, segundo o Fisco, de cerca de 92 mil euros. Uma conta bancária foi penhorada, tal como vários bolos no valor de 30 cêntimos. Empresa contesta em tribunal.
O Fisco penhorou quatro bolos a um restaurante no passado mês de Fevereiro no valor de 30 cêntimos, de acordo com a notificação de penhora a que o Diário Económico teve acesso. Esta não foi, segundo o advogado da empresa que não quis ser identificado, a única penhora feita para tentar garantir o pagamento de uma dívida de quase 92 mil euros: foi também penhorada uma conta bancária e... mais quatro bolos. Os fiscalistas ouvidos pelo Diário Económico consideram que a penhora de bens perecíveis é inútil e que serve como meio de coacção para que os contribuintes paguem a dívida.

Madeira: eles por lá tudo bem (também)

Albuquerque ou Jardim? Tanto faz, foi a resposta dos madeirenses. Estão satisfeitos com o que a vida lhes oferece por lá. Não houve surpresa na renovação da maioria absoluta conseguida nas eleições regionais de hoje pela máquina do PSD-Madeira. O CDS obteve um resultado em linha com o esperado. O recorde da abstenção, que ultrapassou pela primeira vez os 50%, impressiona mas também não surpreende. Já a implosão do PASOK-Madeira, que coligado obteve o pior resultado de sempre, teve o condão de proporcionar a tirada de humor da noite, com Porfírio Silva, secretário nacional do PS, a atirar as culpas da hecatombe à multiplicação de candidaturas: realmente, dava imenso jeito que as surpresas movimento Juntos Pelo Povo (5 mandatos, não tinha nenhum), PCP (2, mais 1 mandato) e Bloco de Esquerda (2, não tinha nenhum) tivessem abdicado de se apresentarem a eleições, oferecendo os seus 9 mandatos ao PS, que reparte 6 mandatos com os restantes parceiros de coligação. As três surpresas têm todas elas motivos para festejarem as apostas ganhas, sobretudo a maior delas, o movimento Juntos Pelo Povo. E amanhã será um bom dia para Bloco e PCP começarem a reflectir sobre como foi possível um movimento de cidadãos que apareceu do nada ter conseguido mais um deputado do que a soma obtida por dois partidos com uma estrutura e com meios que o primeiro não dispõe. Se calhar, há formas mais eficazes de fazer passar a mensagem. Digo eu.

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O pleno emprego ao virar da esquina

O Observatório sobre Crises e Alternativas estima em 24,7% o desemprego real para 2014, dado que compara com os 13,5% oficiais avançados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Se for tido em conta o sub-emprego, a percentagem sobe para 29,1%. Sobre a estratégia utilizada para que o desemprego real não estrague a propaganda da recuperação que apenas se encontra na comunicação social que se limita a divulgar os dados oficiais, o Observatório  escreve no seu último Barómetro: “se no primeiro trimestre de 2011 este diferencial se situava em cerca de quatro pontos percentuais, em 2013 passa para oito pontos percentuais e atinge os onze pontos percentuais no final de 2014. E se às estimativas de Desemprego 'Real' juntarmos ainda o subemprego, essa diferença passa de sete pontos percentuais em 2011 para treze pontos percentuais em 2013, atingindo um valor de dezasseis pontos percentuais no final de 2014”, isto é, neste momento por cada ponto percentual da taxa de desemprego considerada oficialmente já são desconsiderados mais de 1,18 pontos percentuais de desemprego real. O pleno emprego está mesmo aí ao virar da esquina.

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Eis o político predestinado: muda de ideias e fica onde está

Ouviu-se na raia do Magrebe, tão formidável foi o grito. Estava Carlos Abreu Amorim em gostosa flutuação nas águas mortas e espessas do oportunismo, quando lhe assomou uma ideia à cabeça e um berro ao gorgomilo: "Eureka! Já não sou liberal! O Estado faz aqui muita falta!"
Repórteres do Público recolheram a magna declaração e procuraram acompanhar, com a dificuldade que se adivinha, o itinerário do pensamento lapidar do eminente político e professor de universidade, conquanto particular. Que dedicara a sua vida adulta a estudar os Hayeks, os Friedmans, os de Chicago e os liberais políticos clássicos e, como tal, esconjurava o papel do Estado na economia. Porém, a crise internacional e o crucial papel desempenhado por sua excelência na comissão de inquérito trouxe-lhe uma iluminação de Espírito Santo - o etéreo, o lá de cima... - e lhe mostrou a função salvífica do Estado forte.
Desta pasta se fazem intelectuais e tonitruantes professores da nossa Academia (nossa, vírgula: se fosse nossa rifava a minha parte). Diz sua excelência que estudou muito aqueles autores. Não estudou: empinou. Marrou muito. E ficou tudo colado com cuspo. Não conseguiu perceber que para esses pensadores, o papel do Estado nunca desapareceu. Aliás, se tirasse as palas e visse mais alargadamente, se observasse a história, perceberia que é imperativo e essencial para uma sociedade de economia liberal existir um Estado forte e interventivo. O capitalismo dos Estados Unidos, por muito "desregulado" que se afirme, nunca dispensou os instrumentos de repressão, como Bernard Madoff se vai inteirando nos próximos 145 anos. Lá não é preciso propagandear qualquer Simplex: num dia consegue-se abrir um estabelecimento. Só que o investidor recebe um regulamento muito especificado do que precisa de cumprir para manter a casa aberta, quando não, fecham-lhe a loja. E se o incumprimento afetar a saúde pública dá direito a cadeia. O Estado, mais do que respeitado, é mesmo temido no capitalismo mais liberal.

CARTOONS





Treta da semana: a lista.

O Ministério das Finanças implementou um sistema que notifica a chefia quando um funcionário consulta registos fiscais de certas pessoas importantes. A preocupação principal neste momento parece ser a de descobrir quem criou a lista dessas pessoas e apurar “responsabilidades políticas”. Para descobrir o autor eu sugeria que usassem o método Rua Sésamo. Na lista constam o Presidente da República; o Primeiro-Ministro; o Vice-Primeiro-Ministro; e um dos cinco Secretários de Estado que auxiliam a Ministra das Finanças. Perguntem qual dos quatro não pertence ao conjunto e terão pelo menos uma ideia do autor mais provável. Mas isto não é sobre a lista e muito menos sobre o autor, ambos problemas menores. 

Um problema mais sério é a forma como o Ministério das Finanças zela pelo sigilo fiscal. Aparentemente, criaram a lista porque todos os funcionários das Finanças têm acesso permanente a todos os registos de todos os contribuintes e era necessário saber quem andava a bisbilhotar os processos das três pessoas mais importantes do Estado. Ou os do outro. Mas não há razão para dar a todos os funcionários um acesso permanente a todos os registos. Se bem que todos os registos devam estar sujeitos a verificação, cada funcionário precisa apenas de aceder àqueles com os quais está a trabalhar em cada momento. Seja por amostragem, denúncia ou detecção de inconsistências, é fácil automatizar a atribuição de processos aos funcionários permitindo acesso apenas aos registos relevantes e enquanto for necessário. Isto até nos serviços de atendimento telefónico e presencial. O contribuinte que telefone com dúvidas pode ser atendido por um telefonista que regista o NIF, o sistema depois atribui aleatoriamente o atendimento a um funcionário disponível e só este último tem acesso aos dados do contribuinte enquanto resolve o problema. No atendimento presencial, o contribuinte pode inserir o seu NIF quando obtém a senha de atendimento e a autorização de acesso aos dados e concedida temporariamente ao funcionário que atenda essa senha. 

Haverá certamente muitas formas de restringir o acesso apenas ao que é estritamente necessário e, se bem que nenhuma seja impossível de contornar, é o que basta para resolver o problema do funcionário que vai bisbilhotar a situação fiscal do Ministro, do vizinho, do ex-namorado ou do tal secretário só porque tem tudo à mão. Mas este episódio levanta uma questão mais fundamental do que a incompetência informática das finanças. É a questão daquilo que devíamos mesmo manter privado e o que devíamos abrir ao escrutínio público. Nisto parece-me que andamos com os critérios trocados. 

Se queremos respeitar a privacidade, o melhor é não registar a informação privada. Por exemplo, sempre que andamos com o telemóvel ligado, a operadora vai registando as antenas por onde passamos. Além de dar um incentivo errado à polícia – se apreender criminosos é mais fácil do que prevenir o crime temos mais cada vez mais agentes a olhar para o ecrã do computador e cada vez menos a patrulhar as ruas – não se justifica que registem as antenas por onde já passámos. Deviam manter somente a informação actualizada das antenas às quais o telemóvel está ligado no momento. A retenção dessa informação devia ser proibida. 

Se a informação tiver de ser registada e guardada, então a segunda melhor opção é apagá-la assim que for possível. Por exemplo, no Metro o bilhete pode ter de ser validado à entrada e à saída, pelo que é preciso guardar um registo até ao final da viagem. Mas assim que a viagem termina o registo pode – e deve – ser apagado. Não há razão para acumularem perpetuamente o registo de quem anda onde, especialmente quando muitos usam passes com identificação. Que a lei permita, encoraje e, em alguns casos, até obrigue o registo de informação que devia ser privada é muito mais grave do que qualquer violação do sigilo fiscal. 

E se a informação tem de ser guardada por períodos prolongados, a única forma de preservar alguma privacidade é restringir o acesso apenas a pessoas de confiança. É o que fazemos com o que partilhamos com um médico ou um advogado, com quem estabelecemos uma relação pessoal. A situação fiscal não encaixa em qualquer destas categorias. Como tem de ser guardada durante anos e tem de estar acessível a gente que não conhecemos de lado nenhum, o sigilo fiscal permite apenas uma frágil ilusão de privacidade, facilmente quebrada por episódios como este. Além disso, a situação fiscal nem sequer é informação de natureza privada. O pagamento de impostos é um dever público; a remuneração depende de mecanismos públicos de regulação de contratos e até o dinheiro em si depende da colaboração de todos para funcionar como reserva de valor e meio de troca. 

Compreendo que manter secreto o salário que se recebe ou os impostos que se paga dê algum conforto psicológico mas, em rigor, estas são interacções públicas, e até de interesse público, que não merecem medidas especiais que as mantenham no sigilo. Além disso, há claras vantagens em tornar pública esta informação, entre as quais reduzir a fuga ao fisco; revelar conflitos de interesse, especialmente de quem ocupa cargos públicos; acabar com a assimetria do que é secreto para uns mas facilmente acessível a muitos outros; ou até ajudar a combater a discriminação salarial e outra desigualdades injustas. Em vez de nos preocuparmos em manter os impostos secretos devíamos estar muito mais preocupados com aquilo que é privado, que pode ser mantido privado e que deve ser mantido privado. Como o sítio por onde andamos, o que consultamos na Internet ou a quem telefonamos.


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E viva o lixo!!!



domingo, março 29, 2015

Esta sou eu! Fiquei bem, não fiquei??!!!


O mais antipático gato do mundo!!








O fumo faz mal porque tem mais de 70 compostos cancerígenos e não porque tem mais de 7000 químicos!


Fumar faz mal à saúde de quem fuma e de quem está perto. Por isso a campanha iniciada recentemente pela Direcção Geral de Saúde é muito meritória e oportuna. Infelizmente, nalguns dos cartazes e anúncios é usada uma argumentação falaciosa que contém ideias preconceituosas sobre uma entidade mítica que é senso comum actualmente chamar químicos

O fumo é mau para a saúde porque contém mais de 70 químicos comprovadamente cancerígenose não porque tem mais de 7000 químicos

As laranjas, as mangas ou as ervilhas que comemos têm tal como o tabaco centenas ou milhares de químicos, a maior parte de origem natural, mas estes, felizmente, não são na generalidade cancerígenos nem tóxicos nem nocivos, embora alguns desses compostos naturais possam causar alergias, intolerâncias, ou ser, nalguns casos, suspeitos de serem cancerígenos. Para além disso, não os consumimos completamente queimados, nem inalamos o fumo dessa combustão. Se o fizessemos também seríamos expostos a milhares de compostos cancerígenos, neste caso provenientes do fumo das laranjas, mangas ou ervilhas!

Todos os materiais naturais contêm milhares de compostos e o facto de serem naturais não os torna melhores ou piores: os compostos mais venenosos e perigosos são naturais. O mais tóxico de todos é a toxina do botulismo, usado no conhecido botox. O fumo resultante da combustão de produtos naturais é um produto natural, mas infelizmente, no fumo estão presentes muitos compostos cancerígenos.    

O tabaco e o seu fumo têm sido - como é bem sabido - dos materiais mais estudados; por isso conhecemos os tais milhares de químicos. Mas volto a dizer, o problema não é serem químicos, mas sim serem químicos cancerígenos e nocivos que resultam da combustão do tabaco e da presença da nicotina e de outros alcalóides! 

A niticotina, por exemplo, que muitos acreditam ser um composto que não causa danos, sendo, supostamente, responsável apenas pelo vício, é um insecticida natural que embora não nos mate provoca, com o seu consumo continuado, alterações fisiológicas e mais danos do que se pensa. E a nicotina queimada no tabaco, ou acidificada de alguma forma, vai originar derivados ácidos que são ainda mais nocivos e reconhecidos como cancerígenos. Para além disso, o fumo do tabaco ou da combustão de qualquer outra planta tem milhares de compostos poliaromáticos (designados muitas vezes como alcatrão), os quais são extremanente cancerígenos.São esses compostos que se acumulam nos dedos, móveis e paredes das casas com a característica cor castanha. Sim, são muito cancerígenos, mas não apenas porque são químicos, mas sim porque se confirmou experimentalamente que provocam tumores, porque se ligam ao DNA e provocam um elevado número de mutações que eventualmente podem conduzir ao aparecimento de cancro passados anos.

Conheci várias pessoas que morreram com um tipo de cancro do pulmão que é específico do fumador e uma delas era apenas fumadora passiva. O fumo faz mal e provavelmente ainda fará pior às crianças por estarem em desenvolvimento. Por isso apoio a campanha, mas não posso aceitar a sua argumentação falaciosa e preconceituosa.

Assim, peço aos autores da campanha que mudem o texto para "muitos dos mais de 70 compostos comprovadamente cancerígenos presentes no fumo do tabaco" e ficará correcto, mantendo-se a importante mensagem. 

Em qualquer dos casos recomenda-se o abandono do fumo pois, como é bem conhecido, é caro e nocivo. E se não se abandonar o fumo, pelo menos que não se fume junto de outras pessoas.

Mas também não se recomendam as máquinas de fumar. Estas podem não gerar fumo cancerígeno no sentido clássico, mas a nicotina e os seus derivados, assim como outros compostos que lá sejam colocados (e não nos dizem, em geral, quais são), também podem causar problemas!

[corrigi a expressão vaga "milhares de compostos cancerígenos" para um valor mais correcto e comprovável "mais de setenta compostos comprovadamente cancerígenos"; Mais informação aquiaquiaqui.]


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Cofres do Estado cheios, bolsos dos portugueses vazios

– Aumento enorme de impostos e cortes brutais nas prestações sociais


Numa reunião da juventude do PSD, a ministra das Finanças gabou-se de ter os "cofres cheios" de dinheiro. No entanto, ela "esqueceu-se" de explicar como conseguia isso. E isso foi conseguido à custa dos enormes aumentos de impostos, nomeadamente IRS e IVA, que é atualmente uma das causas mais importantes dos enormes cortes nos rendimentos dos portugueses, e de cortes brutais nas prestações sociais. É isso que vamos provar de uma forma quantificada neste estudo utilizando apenas dados oficiais. 

Sobre um regime claramente acima das nossas possibilidades

«(...) Carlos Costa é o mesmo regulador que, há exactamente quatro anos, no dia 4 de Abril de 2011, chamou os principais banqueiros portugueses (Salgado incluído) para lhes transmitir uma preocupação e um elogio: “Vocês não podem continuar a financiar [as emissões de dívida pública portuguesa]. O risco é afundarem-se os bancos, a parte sã, e a República, que é a parte que criou o problema.” Como hoje é notório, os bancos não são (e já não eram em 2011) a “parte sã”. (...) Carlos Costa, que fez carreira na banca privada, como director do BCP, chefia um órgão de supervisão que partilha a mesma cultura, os mesmos valores e a mesma noção de eficácia dos banqueiros que regula. Essa é a conclusão do economista Joseph Stiglitz, que qualificou esta “captura do regulador” entre as causas da crise de 2008. Neste universo, aquilo que parece errado ao comum dos mortais pode ser uma “inovação financeira” digna de elogio. )...)» – vale a pena ler na íntegra este "As “bavas”, os álibis e as dívidas ou o que fica do inquérito ao BES", mais um excelente artigo de Paulo Pena no Público.

CARTOONS





No lixo, mas a crescer!

A ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque anuncia que temos os cofres cheios.
O primeiro-ministro, Passos Coelho, em visita ao Japão, garante que Portugal poderá vir a ser “uma das nações mais competitivas do mundo”.
O presidente Cavaco não se cansa de “difundir a evolução positiva da economia portuguesa”, que, segundo ele, poderá crescer 2%.
E, no entanto, a agência Fitch continua a classificar a nossa dívida como lixo.
Ora, não é possível que uma ministra. um primeiro-ministro e um presidente estejam – todos! -enganados.
Conclui-se, portanto, que é a Fitch que não percebe nada de economia.
Sugiro que a Maria Luís pegue na massa que acumulou nos cofres e compre a agência Ficth.
Depois, pode deitá-la no lixo…

A súplica


A Suprema Sagrada Congregação dos Santos Exames

Para facilitar a leitura deste artigo, começo por um pequeno glossário:

Nuno Crato – Presbítero da Suprema Congregação dos Santos Exames, em nome da qual vem destruindo a escola pública e perseguindo os professores. Oficialmente designado por ministro da Educação.

IAVE – Sigla de Instituto de Avaliação Educativa. Sucedeu ao Gabinete de Avaliação Educacional, num lance típico de algo mudar para tudo ficar na mesma. O presbítero, que financia a coisa e propõe os nomes para que o Governo designe quem manda na coisa, repete até à exaustão que aquilo é independente, julgando que prega a papalvos. Aquilo passa pelos erros que comete e pelas indigências que promove com a resiliência dos irresponsáveis.

Cambridge English Language Assessment – Organização privada sem fins lucrativos, o que não significa que não facture generosamente o que faz e não pague principescamente a quem a serve. Pagar principescamente e gastar alarvemente é desiderato de algumas Non Profit Organizations.

PET – Do inglês, comumente entendido como animal de estimação, é aqui o acrónimo de Preliminary English Test for Schools. Personifica o mais actual exame de estimação de Nuno Crato.

PACC – Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades. É o cordão umbilical que liga Nuno Crato a Maria de Lurdes Rodrigues em matéria de vexame público do ensino superior e da classe docente. O facto de persistir, depois de classificada pelo próprio Conselho Científico do IAVE como prova sem validade, fiabilidade ou autenticidade, mostra de quem o IAVE depende e contra quem manifesta a sua independência.


Todo o texto aqui

Não é vulgar ver vídeos de surf com Frank Zappa como banda sonora. Mas este encaixa na perfeição!




sábado, março 28, 2015

Achas que assim estou mais ao teu nível?


MARIANA MORTÁGUA É ELOGIADA NA BLOOMBERG E JÁ SONHA EM ENTRAR PARA A LISTA VIP DO FISCO


A popular deputada do Bloco de Esquerda foi elogiada num pasquim internacional muito conceituado. Agora, Mariana Mortágua já só sonha em entrar para a lista VIP do Fisco.
«Qual lista?», questionou entretanto Paulo Núncio, quando questionado sobre esta hipótese.

O objectivo era mesmo levantar voo!!!

GERMANWINGS E MALAYSIA AIRLINES - Dois pesos e duas medidas

Impressiona a velocidade com que as autoridades foram capazes de descobrir as razões do acidente do avião da Germanwings nos Alpes franceses.  Isto contrasta com a velocidade a que se arrastam há longos meses as investigações da queda do MH17 da Malaysia Airlines sobre a Ucrânia.  
As conclusão estão a ser ocultadas (parece-me ser o único motivo sério) pela comissão investigadora presidida pela Holanda e da qual o regime ucraniano faz parte (com o direito de vetar a publicação de conclusões com que não lhe agradem). Recorde-se que a Malásia, o país vítima deste acto de terrorismo, foi deliberadamente excluída da comissão investigadora.

Da série "fortunas à moda da casa"

E cá estamos nós outra vez a falar do mesmo. Manuel Salgado, vereador do Urbanismo da Câmara de Lisboa, informou em 2011 o proprietário de quatro edifícios situados na Av. Fontes Pereira de Melo, destinados a serem demolidos, de que lá poderia construir uma área total de 12.377 m2, para comércio e serviços, em sete pisos acima do solo. Em 2012, o terreno mudou de mãos e foi adquirido por uma empresa então criada por um antigo governador do Banco de Portugal e antigo presidente da Caixa Geral de Depósitos, António de Sousa, e pelo Banco Espírito Santo. Em Janeiro deste ano, o mesmo vereador Manuel Salgado propôs, e a câmara aprovou, apenas com os votos do PS e de um vereador dos Cidadãos por Lisboa, a viabilização, para o mesmo local, de um total de 23.386 m2 de comércio e serviços em 17 pisos. Milagre. São mais 11.009 m2, mais 88,9%, e mais 10 andares. É dinheiro. Muito dinheiro. Um simples acto administrativo, a alteração do PDM, deu aos novos proprietários a fortuna que negou aos antigos donos. Apesar desta estar longe de ser a primeira grande negociata a contar com a assinatura de António Costa, deixarei à claque laranja todas as suspeições que queiram levantar sobre a sua honestidade juntamente com a certeza de que se a CML estivesse hoje nas mãos do PSD tais considerações caberiam à claque rosa. Estou demasiado farto de ver gente a enriquecer sem nada fazer para alimentar o jogo de acusações recíprocas que vai perpetuando o rotativismo deste centrão que usa o poder que lhe é confiado pelos eleitores para distribuir fortunas pelos/com os que lhes são mais próximos, com ou sem contrapartidas pessoais que invariavelmente ficam sempre por provar. Prefiro sublinhar o consenso que sustenta esta aparente rivalidade entre claques na recusa da criação de um imposto a 100% sobre as mais valias urbanísticas que decorrem de actos administrativos, como a alteração do PDM que fez a fortuna dos amigos acima citados, que o Bloco de Esquerda propôs no Parlamento - vídeo aqui - tantas vezes quantas PSD, PS e CDS chegaram ao consenso que a recusou. Já vai sendo tempo de tornar este paraíso do enriquecimento de uma casta de bem relacionados um lugar decente onde todos possamos prosperar com o nosso esforço e o nosso trabalho. Já vai sendo tempo de deixarmos de tropeçar sempre nas mesmas pedras.

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Mais medidas de segurança e um whisky

Casa roubada, trancas à porta. Depois de um desastre aéreo, também há imensas novidades em matéria de segurança. Desta vez vão passar a estar sempre, em permanência, dois membros da tripulação no cockpit. Pergunta-se, então, se não se devia ter pensado já nisto. É que depois do 11 de Setembro passou a ser possível a tripulação trancar-se no cockpit, mas ninguém pensou, nem pessoas pagas para isso, que tal também podia ser uma ameaça à segurança, na medida em que um maluco, piloto ou não, mais ou menos terrorista, mais ou menos deprimido, podia também ele trancar-se e ninguém mais lá entrava.
Até se podia dizer que tal nunca tinha acontecido e que seria difícil de prever. Ora, difícil de prever não era e até já aconteceu. Mais do que uma vez. Não é inédito um piloto estatelar um avião. Daí que os passageiros tenham todas as razões para desconfiar das companhias aéreas, que não fazem o seu trabalho. Neste caso particular da germanwings, ficou um piloto com 28 anos, completamente avariado da pinha, aos comandos de um avião com 149 pessoas, com a possibilidade de se trancar no cockpit. Será que nunca ninguém pensou que isso podia acabar em desastre? Agora é fácil falar, bem sei, mas há pessoas pagas para equacionarem estes cenários. E este cenário nem era preciso equacionar, pois já havia experiências.
A nova resolução das duas pessoas no cockpit parece, então, uma coisa feita assim à pressa para transmitir confiança aos passageiros, mas a verdade é que a medida já devia ter sido tomada, ainda que não seja nada de muito tranquilizador. Imaginar que tem de ficar alguém a guardar um piloto enquanto o outro vai à casa de banho é manifestamente assustador, até porque dificilmente esta regra pode impedir completamente um acontecimento como aquele a que acabamos de assistir. Um maluco que queira fazer uma coisa daquelas, conseguirá. Pode, por exemplo, meter qualquer coisa no café do seu colega ou dar-lhe com um extintor na cabeça. Ou então pode experimentar apenas desestabilizar o avião e saltar para cima do outro.
Ou seja, podem tomar-se algumas medidas, mas estamos no campo de situações muito difíceis de evitar. E a desconfiança dos passageiros aumenta, ainda que o desejo de viajar ultrapasse o medo.
Como aqui escrevi há dias, só se não voarmos é que não nos despenhamos. Desta vez foi um maluco, mas há um acidente na história da aviação que ocorreu porque um piloto contrariou a turbulência com uma ideia tão engenhosa que rebentou com o leme do avião e caiu como um tordo. Mais recentemente, no famoso acidente da Air France, o comandante foi descansar e o benjamim enfiou o avião numa cumulonimbus. Já para não falar naqueles que foram confundidos com um avião militar e levaram com um míssil.
Como parece evidente, seja por uma razão ou por outra, os aviões vão continuar a cair e a tendência é até para aumentarem os acidentes, ainda que não se lixem as estatísticas, pois também há cada vez mais aviões no ar. As regras de segurança, as novas e as velhas, nunca serão suficientes para impedir as falhas humanas. Temos o exemplo da porta trancada do cockpit, que parece ter estragado a vida aos piratas do ar mas deu ideias a outros.
Neste contexto, aos passageiros, sobretudo àqueles mais preocupados, restam apenas três saídas: a fé, o álcool e os psicotrópicos.
A fé, pronto, já se sabe, é óptima e funciona antes, durante e depois. Uma pessoa com fé pensa que o avião não vai ter qualquer problema, se por acaso tiver então pensa que vai acabar tudo bem e mesmo que acabe tudo mal, ficará tudo bem. Já o álcool e os psictrópicos funcionam apenas antes e durante o incidente, nomeadamente ao nível do espírito e até da boa disposição com que se encara toda a situação.
Uma chamada de atenção para quem optar pelo ácool, pois eu conheço um indivíduo que virou um número indeterminado de pints em Londres e depois meteu-se num avião para Banguecoque, à janela, com um casal de franceses ao lado que rapidamente pegou no sono, de maneiras que a bexiga desse indivíduo, ali mais ou menos sobre o Médio Oriente, começou a bater no banco da frente. Bebidas com maior percentagem de álcool serão sempre uma escolha mais inteligente, até porque mesmo que a vontade surja, passa-se por cima do casal de franceses.
Certo é que enquanto voarmos, vamos continuar a despenhar-nos, com mais ou menos drama – este acidente da germanwings é, de facto, horripilantemente dramático. Como se não bastasse, as companhias e as autoridades, aparentemente, não fazem bem o seu trabalho. Ou podiam fazer melhor. Resta aos passageiros, depois de tanta evolução, seguir os “procedimentos” que se seguiam nos primórdios da aviação, embora por estes dias já não seja propriamente a máquina que assusta.

A pique


É preciso ir até onde?



Mas só agora ao fim destes anos todos é que ele descobriu isto??!!!

Na educação há um consenso entre PSD e PS que torna o debate numa "coreografia do fingimento", desabafa Guinote.

Foi sem aviso prévio que, nesta quinta-feira, Paulo Guinote decidiu pôr fim ao blogue
A educação do meu umbigo.
Fraco motivo, tantos anos para concluir isto?...
(Há aqui outras razões...)

Tudo é possível porque tudo é provável...