sexta-feira, outubro 31, 2014

E que tal a reabilitação de josé sócrates por ferro rodrigues?


Tenho pena, mas eu não sou nada fan dos Metallica...


Os melhores falhanços da semana passada. Não, não são os do governo! Esse vídeo ocuparia muito mais de cinco minutos!

IQ- The Narrow Margin



Divided by loyalty, surrounded by emotion
Nobody under here, remembers any mercy at all
We stay down
Deciding the borderline
Maya, did no-one tell you ?
I couldn't have made you mine
'Cause I feel your pain more than my own

All the love gone astray
There will be hell to pay this time
For those of us born to die
There'll be none to testify

Time and time again I skin the world, keel it over
Spinning on its side, beginning as it ended
Through these diamond eyes
Maid of Morphine settled in my side
Did she intervene ?
Well, I'm the cleanest that I've been

Don't know where I know you from

Time and time again I've lived enough in silence
It's getting harder now to keep the violence in me
Someone I once was, raised upon a gallant rider's knee
Mortal memories lost among the unrecalled
Set the cross of fire (if I live)
These are the only ones (if I've loved)
Remember who they are
If I look, I see them everywhere

Don't know where I know you from

Told me, go the way of your heart
I'll be waiting for you
But wherever you are, you're not inside me now

Told me, try to sleep, I will come
But I'm still waiting for you
And wherever you are, I'm still inside you now
I'm never going to cut through without you now
If I get ascension or die
All the love that was mine denied
All the love that you qualified
Like a desert I'm open wide
There's nowhere for me to hide at all
For your love, I can never go back

Every one of us is herded and contained
Not a single one invited
Voices circulate around the musty hall
And the kerosene's ignited

Through the rising flames that lick against the flesh
Incandescent in the crossfire
Do my eyes betray the longest night of all
Do I see or dream of Maya ?

But he's got us where he wanted us to be
Undivided, under control
As the narrow margin finds us face to face
As he laughs across the foxhole

Nowhere was ever safe enough for all of us
No one contender cared about getting out
Tied now behind the hungry fire meant for us
Scattered like dust and finally free Held together by fear
I can't be the same, too much has changed
Undeniably real and it's better left unsaid
All the love you said was nothing
Find a rhinestone not a diamond
I never wanted this
Left alive and laid to rest

Told me I was brighter than most
And I believed it all then
Through the dangerous times
I needed more than cold eyes
I want to be alone
To dream myself away from darkness and decay
As I try to forget it

No-one entered into my mind more than Maya
Someone she believed I could be is burning in me
Now I want to be alone like a stronger man
Then I can understand
As I try to remember where I know you from

Provider, are you inside or am I?

Miúda com 16 meses a falar com o pai...

BLOQUEIO? O MEC PASSOU-SE!

Já pouca coisa me devia espantar neste governo desgovernado. Mas o Ministério da Educação e Ciência - MEC  continua  ser para mim uma fonte permanente de espanto. Um computador deles enviou, segundo oPúblico, esta absurda mensagem:
Exmo.(a) Candidato(a),Informa-se que deve desconsiderar o e-mail de notificação da selecção, por bolsa de contratação de escola enviado hoje, considerando a existência de um bloqueio imprevisto no sistema de envio de emails, facto pelo qual pedimos desculpa.Com os melhores cumprimentos,A Divisão de Informática”

O MEC está a gozar com os candidatos a professor e está a gozar connosco. Passou-se. O sistema de envio de emails, bloqueado, conseguiu mandar emails? O que é, para os responsáveis do MEC, um sistema de de envio de emails? E o que significa, para eles, bloqueado? E não conseguem eles escrever uma carta em melhor português?

Alguns responsáveis do MEC parecem analfabetos, tanto faz que sejam os que operam os computadores da contratação dos professores como os que operam os  computadores da FCT.  O secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário mudou mas nada parece ter mudado. O ministro ainda é o mesmo.


DAQUI

A Crato, "deviam colocar daqueles cones: BURRO"

Acreditou que Nuno Crato era uma pessoa séria que iria finalmente resolver o que de mal se passava na Educação. Desiludiu-se. Assim que assumiu o cargo de ministro, o poder corrompeu Nuno Crato que mostrou ser um político incompetente. As afirmações são de Filomena Mónica, a socióloga que sempre defendeu a escola pública mas que diz que esta tem sido a sua maior desilusão.

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Da longa série "a governabilidade está a passar por aqui"

O primeiro-ministro leu uma coisa na AR às 10 e pouco da manhã, que a reversão dos cortes salariais dos funcionários públicos será total em 2016, e corrigiu o que tinha dito já perto do meio-dia. Segundo a versão dessa hora, em 2016, se Passos Coelho ainda "for primeiro-ministro", vai insistir na reposição gradual de salários da função pública em 20% até 2018, como o governo tem defendido, apesar do Tribunal Constitucional ter manifestado sérias reservas a esse calendário indefinido. Ainda não são duas da tarde. Há que esperar. Se vier à tabela, a terceira versão chega por volta dessa hora, a quarta pelas 4 da tarde, a quinta pelas 6 e por aí adiante. Temos um Primeiro-ministro que muda de opinião de duas em duas horas mas temos um Presidente da República que sabe compensar esta inconstância nunca mudando a sua: a degradação da nossa democracia e as afrontas de Pedro Passos Coelho ao Tribunal Constitucional e à vida dos portugueses são para continuarem até ao Outono do próximo ano. A governabilidade está a passar por aqui.

DAQUI

SAIR DO ARMÁRIO PARA O CLOSET

O presidente-executivo da Apple escreveu num artigo que ser gay foi um dos maiores presentes que Deus lhe deu. Eu nem sabia que ele era gay e na verdade nem nunca tinha pensado nisso, porque é um assunto que só devia interessar verdadeiramente ao Tim Cook e ao seu companheiro. Ou companheiros, pois ele também pode vir dizer mais qualquer coisinha sobre a sua vida, nomeadamente que é poligâmico.
Bom, mas se a sociedade já evoluiu o suficiente para se aceitar com a maior naturalidade a homossexualidade, então estes artigos do coração só atrapalham. A verdade é que se Tim Cook gostasse de mamas grandes, não escreveria com certeza que esse tinha sido um dos maiores presentes que Deus lhe dera. Ou se gostasse de camelos. Ou se gostasse de raparigas de leste. Ou também não vai dizer, esperamos todos, como gosta dos homens. Se com mais músculo, por exemplo.
A vida sexual de Tim Cook, como a de qualquer pessoa, não deve interessar a mais ninguém. Já em relação à família, sobretudo no caso de figuras públicas, é natural que possam ter alguma exposição. Mas tudo bem, vemos o Cook a chegar com o marido ou namorado e pronto, está certo.
O que não está certo são estes episódios de orgulho. É demasiado. Agora, por exemplo, dá-me vontade de dizer que na Apple o iPhone 6 já não é o único que dobra e se numa situação normal acharia a piada complicada, neste caso já a acho perfeitamente aceitável pois foi o próprio Tim que trouxe a sua vida privada para a praça pública. E não o devia ter feito, porque aceitar a homossexualidade com naturalidade é não a exibir como se fosse uma coisa extraterrestre.
Claro que o Tim acha que com isto libertou toda a comunidade, mas a mim parece-me que estas coisas só nos fazem recuar. Está em toda a imprensa e todo o mundo discute a sexualidade do presidente da Apple. Já devíamos estar na fase em que isso só interessava ao Tim Cook.
“Sim, mas os homossexuais ainda são muito discriminados” – dirão alguns. Pois claro que ainda são muito discriminados. E não deixarão de ser enquanto andarmos todos a discutir publicamente, a seu convite, a sua sexualidade e as suas preferências. Por exemplo, estou há alguns minutos a escrever sobre a sexualidade de Tim Cook. Isto não devia acontecer.
E só acontece porque o presidente da Apple disse que a homossexualidade foi um dos maiores presentes que Deus lhe deu. Agora imaginem que o presidente da Microsoft tinha dito “graças a Deus que gosto de mulheres”. Provavelmente, a esta hora, já se tinha demitido. Pois bem, vistas as coisas assim, a homossexualidade parece uma deficiência. E de quem é a culpa?


As qualidades de Tim Cook


DO NATAL PARA O CARNAVAL

Já se tinha dado conta que o MEC continuaria a colocar professores em plena época natalícia. Mas afinal a coisajá vai em partidas de carnaval. Isto é que é capacidade de antecipação, realmente.


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O que é uma esquerda. Pilares para a sua construção

A lastimável ineficácia da contestação ao capitalismo em geral e aos efeitos das suas disfunções em particular resulta, em grande parte, do contágio dissolvente da focagem pela esquerda institucional em parcas ou más respostas à crise e se esquecer, em absoluto do sistema, como matriz de compreensão da realidade.

Procuraremos tipificar as caraterísticas essenciais do capitalismo de hoje e a natureza e o papel do Estado, para além das disputas entre a abordagem neoliberal dominante e a crítica keynesiana, sabendo-se que nenhuma dispensa a autoridade do Estado ou da classe política, como vanguarda condutora das pessoas, tomadas como inimputáveis peões dos jogos políticos.

Os Estados tendem a voltar a ter o seu conteúdo histórico de monopólio da coerção e da punção fiscal, depois de cerca de um século durante o qual exerceram funções sociais no seu âmbito de capitalista coletivo.

quinta-feira, outubro 30, 2014

Brinquedo acaba por cometer suicídio!...

Moda inverno Anovis


Como é que vou sair desta?...


São coisas que acontecem...


Esfomeado, o raio do cão!


Cortei o cabelo e ele nem reparou!...


Investigação entregue aos bichos

José Vítor Malheiros comenta no Público de hoje a provada incompetência da FCT e  da ESF no caso da "avaliação" das unidades de investigação que agora, devido a uma carta do Conselho dos Reitores, está nas mãos do ministro Nuno Crato. Vamos a ver como ele decide, isto é, se, para usar expressão de Malheiros, continua a deixar tudo entregue aos bichos. Para já, sabe-se que a sua porta-voz, Ana Machado, repetiu aquilo aquilo que a FCT tem dito, como um papagaio. Como este blog, citado no artigo, tem acompanhado este escandaloso processo, transcrevemos aqui o artigo de José Vítor Malheiros com a devida vénia:

A avaliação dos centros de investigação portugueses que a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) encomendou à European Science Foundation (ESF), e que se poderá traduzir no corte do financiamento e consequente morte para metade destes centros, arrisca-se a ficar na história de ambas as instituições como o momento menos honroso das suas vidas.
Apesar das inúmeras falhas detectadas, documentadas e denunciadas no processo, apesar das irregularidades processuais conhecidas e noticiadas, apesar da descarada batota de tentar impor à partida um resultado com 50 por cento de chumbos a essa avaliação e da mais descarada ainda tentativa de negar essa evidência apesar de ela constar de um contrato assinado, tanto a FCT como a ESF continuam a tentar encobrir o sol com uma peneira, tentando dar a entender que quem critica a avaliação o faz apenas porque viu os seus interesses beliscados e não devido ao monte de erros, falhas, irregularidades e batotas do processo.
Na semana passada, ficámos a conhecer mais uma peça do enredo, com a publicação de uma carta do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) dirigida ao ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, cuja acção política neste e noutros domínios se tem resumido a fazer de morto e esperar que o tempo passe.
O CRUP, numa posição consensual assumida pelos seus 15 reitores, escreveu que já não lhe era possível dar o “benefício da dúvida” ao actual processo de avaliação e declarava recusar "a morte anunciada de quase 50% do tecido científico português". Note-se que o CRUP e os reitores têm sido de uma enorme benevolência para com o Governo, apesar dos cortes que têm afectado e vão continuar a afectar a ciência e o ensino superior. É por isso significativo que tenham finalmente perdido a paciência. O documento do CRUP mostra que, mesmo para aqueles que aceitam a retórica da austeridade e estão sempre dispostos a fazer um jeitinho ao poder, a situação se tornou insustentável. “Para que um sistema de avaliação seja capaz de promover a excelência tem de, ele próprio, ser pelo menos excelente, se não excepcional. Não é o caso”, diz a carta. Os reitores afirmam ainda que os painéis de avaliação, mesmo quando confrontados com os "inúmeros erros de avaliação, muitos inteiramente factuais", se "desculparam de diversas formas para não retirar daí consequências, mantendo avaliações inexplicáveis" e concluem que o processo de avaliação se traduziu num "falhanço pleno" e numa "oportunidade perdida". A tomada de posição do CRUP é tardia, mas não podia ser mais clara.
O que irá fazer o ministro? Corrigir ou anular o processo de avaliação? Provavelmente vai fingir que não leu ou leu mas não percebeu ou telefonar a este ou àquele reitor para deitar água na fervura e pedir-lhe ainda mais um jeitinho, mas a verdade é que já não é possível disfarçar a incompetência do processo liderado pela ESF, nem a falta de lisura dos métodos da FCT, nem a agenda de estrangulamento da investigação do ministro Nuno Crato e da secretária de Estado Leonor Parreira.
E o que irá fazer o CRUP? Perceberá que, depois desta carta, não pode simplesmente comer e calar?
2. Na semana passada também se conheceu uma outra carta, enviada pela ESF à revista Nature, na sequência de uma primeira carta que a mesma ESF tinha dirigido a uma investigadora espanhola que aí tinha publicado um artigo de opinião denunciando falhas no processo de avaliação dos centros de investigação portugueses. Na primeira carta, a ESF ameaçava a autora do artigo de um processo judicial se não mudasse de opinião e se não se retractasse, o que suscitou uma avalanche de críticas contra a ESF por toda a Europa. Desta vez, a ESF decidiu enviar uma mensagem revista e corrigida, para tentar fazer esquecer o tom rufia da primeira, mas volta a considerar que as referências a erros no processo de avaliação "não são sustentadas". É aborrecido que o diga porque, quando uma organização quer provar o seu rigor, deve evitar mentir com este descaramento. 
De facto, a ESF recebeu inúmeras críticas, correcções e queixas feitas directamente pelos próprios centros, seguindo canais oficiais, no âmbito do processo de contestação e revisão das avaliações. As principais críticas podem ainda ser lidas no blog De Rerum Natura, que inclui mesmo posts em inglês, que a ESF poderia (e deveria) ter consultado caso quisesse honestamente informar-se das críticas feitas ao seu trabalho.
Quando a ESF nega a existência evidente dessa sustentação às críticas de que foi objecto, apenas nos conforta na convicção de que foi a organização errada para este trabalho e de que a sua idoneidade está muito abaixo do nível exigido a uma organização europeia com a sua pretensão. Que os dirigentes da FCT não o vejam é mais uma prova lamentável da sua baixa exigência e de que, no processo de avaliação realizado, apenas interessava chegar a um valor pré-definido, independentemente dos métodos usados.


Da longa série "gestores à prova de demissão"

A CP adjudicou à empresa F5C – First Five Consulting, SA, pelo prazo de um ano e com possibilidade de renovação por igual período, serviços de consultoria de comunicação no valor de 39.600 euros mais IVA, isto é, 48.708 euros. Isto apesar de ter um Gabinete de Comunicação Institucional que tem assegurado esta actividade durante os últimos cinco anos sem ter recorrido à compra ao exterior de serviços nesta área, no qual trabalham oito pessoas que, a pretexto de “poupanças”,há muito que têm as carreiras congeladas e vêm sofrendo cortes salariais nos últimos anos. Os sacrifícios continuam a valer a pena.

Vagamente relacionado: Ana Dias (nome fictício) deve 1.900 euros ao Fisco, de Imposto Único de Circulação (IUC), porque há cerca de cinco anos mandou abater os dois carros da família e não deu baixa nas Finanças. "Eu sei que a culpa é minha, que devia ter dado baixa dos carros nas Finanças. Mas na altura nem me lembrei disso, não tive o cuidado de pedir os papéis na sucata. Não foi por mal", justifica. Às dívidas do IUC, não mais de 500 euros, somam-se agora as coimas avultadas. Diz que não tem ninguém que lhe possa emprestar esse dinheiro. Ana Dias tem 52 anos, é viúva e mãe de seis filhos. A casa, onde vive com três dos filhos e mais duas netas, é posta à venda hoje às 10 horas. A notícia chegou-lhe há um mês. Ana Dias tem o salário penhorado há cinco meses. Além disso, tem feito entregas semanais no serviço de Finanças da sua residência, de 50 ou 100 euros, conforme pode. É técnica de seca de bacalhau e ganha o salário mínimo. Antes disso estava desempregada, tal como os filhos.


E nada a ver com: (O ex-)Presidente do BES, Ricardo Salgado, recorreu aos três planos de 'amnistia fiscal' lançados pelos governos desde 2005, dirigidos a quem tem património escondido no estrangeiro. Segundo o SOL apurou, o presidente do BES regularizou um total de cerca de 26 milhões de euros que tinha fora de Portugal e não declarara ao fisco. E pagou dois milhões de euros de imposto - correspondentes às taxas de 5% e 7,5% estipuladas nos Regimes Extraordinários de Regularização Tributária (RERT) de 2005 (RERT I), de 2010 (RERT II) e de 2011 (RERT III). Recorde-se que os RERT foram uma espécie de amnistia ou perdão fiscal: nos respectivos textos legais, é expressamente referido que a declaração de capitais (depósitos, valores mobiliários ou outros instrumentos financeiros) detidos no estrangeiro e o pagamento do respectivo imposto extinguem a responsabilidade das infracções fiscais. Além disso, tudo é tratado entre o contribuinte e o Banco de Portugal, de forma confidencial.

DAQUI

El malabarista


QUANTO É QUE ESSE NOS CUSTOU?


Cenas do quotidiano


Enviado pela leitora B.V.

quarta-feira, outubro 29, 2014

Boa noite a todos!


Três gerações!


Uma transformação depressiva!...


O empregado do mês!


Está correcto! O condutor é quem deve ter o capacete!...


Pergunta: O que é o Cristianismo.


Enviado pela leitora B.V.

É anedota, mas vai-se confirmar!

Navegavam há meses e os marujos não tomavam banho nem trocavam de roupa.
O que não era novidade na Marinha Mercante britânica, mas o navio fedia!
O Capitão chama o Imediato:
- Mr. Simpson, o navio fede, mande os homens trocarem de roupa!
Responde o Imediato:
- Aye, Aye, Sir, e parte para reunir os seus homens e diz:
- Sailors, o Capitão está se queixando do fedor a bordo e manda todos trocarem de roupa.
- David troque a camisa com John, John troque a sua com Peter, Peter troque a sua com Alfred, Alfred troque a sua com Jonathan ... e assim prosseguiu.
Quando todos tinham feito as devidas trocas, volta ao Capitão e diz:
- Sir, todos já trocaram de roupa.
O Capitão, visivelmente aliviado, manda prosseguir a viagem.

É MAIS OU MENOS ISSO QUE VAI ACONTECER EM

PORTUGAL NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES.


Enviado pela leitora B.V.

A rabecada


Austeridade "fofinha"

Os governos "socialistas" francês e italiano prometeram esta segunda-feira mais cortes adicionais nos gastos públicos, os franceses  cortarão mais 3600 milhões e os italianos mais 4500 milhões, para evitarem a humilhação nacional de verem as propostas de orçamento para 2015, que agora Bruxelas pode chumbar, serem-lhes devolvidas. Aqui está a "outra leitura" mais "de esquerda" que o PS português anda a vender como possível. Dois gigantes como França e Itália não conseguem libertar-se do garrote da austeridade imposta por uma Alemanha que manda como quer na União Europeia. Está-se mesmo a ver que o anãozinho Portugal vai consegui-lo com as falinhas mansas mas tremendamente inteligentes - bom, nem sempre - de um António Costa que foge como pode de qualquer abordagem aos temas reestruturação da dívida e saída planeada do euro, as armas a que teria forçosamente que recorrer caso estivesse minimamente apostado em reverter o destino de mais de duas décadas de pobreza a que nos condena o Tratado Orçamental que o seu partido aprovou na AR conjuntamente com os partidos da actual maioria.  Em ano de eleições, PSD e  CDS tentam enganar o seu eleitorado potencial com um Orçamento ainda mais austeritário, vendendo-o como "o orçamento da família e do abrandamento do saque fiscal", mas o PS também não anda a falar verdade aos Portugueses. Com o Governo PSD/CDS estamos muito mal, com um Governo PS não ficaremos melhor. Dupond Passos e Dupont Costa. Está tudo empatado no arco da austeridade.

DAQUI

A república dos impunes

Em países mais atrasados que o nosso, os responsáveis por delapidar a economia são responsabilizados; aqui dão-se-lhes doutoramentos honoris causa

Há poucos dias o primeiro-ministro acusou comentadores e jornalistas de serem "preguiçosos" por dizerem que a situação em Portugal estava pior que em 2011. É certo que não se conhece nenhum prodígio de produtividade a Passos Coelho, tirando a acumulação dos cargos políticos com o trabalho na Tecnoforma, mas os argumentos devem ser avaliados pelo que são e não pelos telhados de vidro de quem os emite.
É necessário analisar a nossa situação de uma forma séria, e para isso nada melhor que avaliarmos uma série de sectores para vermos se a nossa situação melhorou: devemos menos ao estrangeiro? Temos mais gente a trabalhar? As pessoas têm rendimentos mais elevados? O Serviço Nacional de Saúde funciona melhor? A justiça funciona com menos atrasos? O ano lectivo começa como deve ser, no dia marcado com as aulas e com professores? O sistema financeiro é seguro e os bancos não estão à beira da falência? A sociedade portuguesa é mais justa? A diferença entre muito ricos e muito pobres é menor? Os responsáveis pela falência do BPN, do BPP e do Grupo Espírito Santo foram devidamente investigados, assim como os autores das ruinosas parcerias público-privadas? A maioria das empresas em sectores estratégicos não foram vendidas por tuta-e-meia? A distribuição de rendimentos entre capital e trabalho é mais justa? Os impostos não subiram desmesuradamente? As reformas das pessoas que trabalharam a vida toda não foram cortadas? Somos hoje um país mais democrático e independente?
Temo que tirando os juros do dinheiro que pedimos emprestado, que dependem sobretudo das garantias do BCE, todas as respostas a estas questões sejam negativas.
O plano da troika não teve resultado nenhum para além de ter permitido que os bancos alemães e franceses se livrassem de dívida portuguesa. O empobrecimento generalizado da maioria da população, a chamada "desvalorização interna", para conseguir fazer à bruta aquilo que normalmente se faz de uma forma mais equilibrada com a desvalorização da moeda, não alterou a estrutura e a competitividade da nossa economia.
Aliás, é mesmo difícil garantir que a situação de descalabro dos banqueiros que andaram a viver acima das suas possibilidades e à nossa custa, não possa implicar um novo pedido de ajuda internacional. O BES está mal. O BCP não se recomenda e mesmo o Montepio e a Caixa Geral de Depósitos estão expostas ao buraco do Espírito Santo.
A solução habitual dos últimos 40 anos tem sido não fazer nada. Voltar a eleger os partidos que contribuíram, à vez, para o descalabro em que o país caiu. O mais radical que se conseguiu arranjar foi dar aos protagonistas do desastre um qualquer doutoramento honoris causa.
Se queremos sair deste buraco e impedir que esta situação continue, talvez fosse interessante perceber que o estado a que isto chegou não depende da mudança de protagonistas, mas da ruptura completa com um sistema que promove o amiguismo e o compadrio. Precisamos de uma ruptura democrática e popular que devolva o poder à sociedade.

DAQUI

FARTINHO DESTES ESTUDOS INTERNACIONAIS...

... e não é porque a OCDE veio dizer que temos professores e polícias a mais. Até a ministra das finanças já afirmou que os dados estão desactualizados.

O que se percebe é que a maioria desses relatórios, e salvo melhor opinião, servem para alimentar tecnocratas que estão a milhas, a quilómetros, das escolas, mas que têm que fazer os seus estudos.

Até se aceitam regressões lineares múltiplas desde que tenham a coragem de publicar as conclusões que nada concluem, e passe a redundância. Se a variável independente não é influenciada pelas dependentes escolhidas, que o digam e que não inventem conclusões de sentido único e ultraliberal. E vamos lá, também temos de gramar umas coisas assim de quando em vez para que o desemprego não seja praga também aí.

há sempre a hipótese do Governo justificar porque é que à entrada de Novembro ainda não conseguiu colocar os professores. Francamente: nunca vi tanta incompetência em simultâneo.

terça-feira, outubro 28, 2014

Então boa noite!...


Abre os olhos e joga!


A música do Anovis para o final do dia!

Um exemplo de arte contemporânea no Art Institute of Chicago


Uma reinterpretação contemporânea


O avaliaquês



Recebemos do investigador português no estrangeiro que aqui tem analisado a avaliação da FCT/ESF das unidades de investigação em ciência e tecnologia este post:

A corrente (?) “avaliação” das unidades de investigação do duo FCT/ESF apresenta uma ironia que tem aparentemente passado despercebida mas que se torna por demais evidente à medida que vamos conhecendo mais factos.

Dizia o ministro Nuno Crato antes de o ser, que para se ensinar uma disciplina é necessário sabê-la. Para ensinar química, não chega ser-se um especialista em pedagogia. É necessário, em primeiro lugar e acima de tudo, não só ter conhecimentos sólidos de química, como também saber muito mais do que o que se tem de ensinar.

Ora parece que a FCT e a ESF não são dessa opinião e, debaixo das barbas do ministro, desenvolveram o que, esperando não sermos acusado de plágio, chamaríamos o avaliaquês. Trata-se de uma actividade onde os avaliadores são, aparentemente, especialistas em avaliação, mas percebem muito pouco ou nada do que estão a avaliar.

Isto era claro desde o início desta “avaliação” com a compactificação da totalidade das diferentes áreas em apenas seis painéis, mais um multidisciplinar. Já tivemos aqui oportunidade de indicar que as possibilidades combinatóricas permitidas são interessantes, com algumas curiosidades como seja ter investigadores em ciências florestais a avaliar investigadores em ciências do mar.

Mas a dupla FCT/ESF defende que se trata de peritos em gestão de grupos científicos e por isso são competentes para o efeito. Mais do que isso, não só estão perfeitamente à vontade para fazer este tipo de trabalho como são, de facto, os avaliadores perfeitos para o fazer. Soa familiar, Senhor Ministro?

Ponham o infatigável físico molecular da Open University na presença de um centro de matemática e num instante ele será capaz de determinar o que está errado com a investigação dessa unidade e, obviamente, porque é que não merece passar à segunda fase. Ou, no caso das que passaram, porque é que só merece ter muito bom. O facto de o dito físico ser incapaz de distinguir um grupo abeliano de uma uva abeliana (perde-se na tradução do inglês) é irrelevante.

De facto, e como se pode ver da variedade de relatórios de consenso que têm vindo a ser divulgados nas diferentes áreas, há já várias frases feitas e técnicas desenvolvidas para cada fim que, temos a certeza, o ministro será capaz de apreciar devidamente.

Os relatórios dos três avaliadores indicam que a unidade “shows a very good scientific output” mas é necessário chumbá-la? Não há problema. Copie-se a frase alterando o grau do adjectivo para “shows a good scientific output”.

O centro satisfaz todos os critérios para passar à segunda fase mas já não há quota? Culpe-se o “feroz ambiente competitivo” - que, quando muito, faria sentido havendo as quotas que a FCT continua a negar existirem.

O avaliador que de facto percebe alguma coisa do que está a avaliar quer dar uma nota que iria contrariar o que os avaliaquêses pensam? Obrigue-se o avaliador a baixar essa nota.

Desenganem-se, no entanto, os que pensavam que já tínhamos visto tudo neste capítulo. À medida que nos aproximamos do fim e que os avaliadores que estão dispostos a participar no circo começam a escassear, a dupla ESF/FCT tem tido de se tornar mais criativa – cumpre terminar a avaliação, custe o que custar, mesmo que no fim já só haja um avaliador!

Uma nova fase do avaliaquês teve início com um grupo de visitas em que faltou um dos membros do painel. Com apenas 3 avaliadores, atropelou-se mais uma vez as regras que estão descritas no guião de avaliação, as quais indicam que as visitas serão feitas por 4 ou 5 especialistas. Neste caso com a agravante que pelo menos um deles não era especialista em coisa nenhuma relacionada com os centros avaliados (sim, tratava-se do infatigável físico molecular que neste caso dirigiu as visitas dos centros da área de matemática!). Mas é certamente um especialista em avaliaquês, pelo que pode supervisionar esta avaliação e, caso seja necessário, poderá ainda fazer uma avaliação no painel ao lado.

Mas as coisas não ficaram por aí e, no meio de adiamentos vários das visitas tivemos, por exemplo, um grupo de avaliaquêses que não incluíam um único arquitecto a avaliar um centro de arquitectura (parece que, entre outras coisas, nunca tinham ouvido falar no Siza ou nos prémios Pritzkel). Também tinham algumas falhas no conhecimento do modo de financiamento das unidades de investigação em Portugal, pelo que presumimos que a visita tenha sido, de facto, bastante instrutiva – afinal não é todos os dias que descobrimos que existe um equivalente a um prémio Nobel numa dada área ou que ficamos a saber como é que as coisas funcionam num outro país que está no topo de uma certa área.

Nos próximos dias haverá também engenheiros civis a visitar unidades de biologia, peritos em literatura italiana a visitar unidades de psicologia, etc. Um autêntico festival de avaliaquês, que permitirá certamente aos irredutíveis membros dos painéis que ainda restam mostrarem o seu virtuosismo! Põe-se obviamente a questão de saber como é que serão as reuniões presenciais dos painéis que terão lugar no fim das visitas...

Certamente que o ministro saberá, melhor que ninguém, apreciar as consequências a médio e longo prazo deste tipo de situações. Sem esquecer a péssima imagem que esta direcção da FCT está a passar para fora do país, dando a entender que o que é importante é finalizar a avaliação, custe o que custar, contra tudo e contra (quase) todos, sendo as condições em que esta é feita completamente irrelevantes, uma vez que é "robusta" e segue "os mais altos padrões internacionais".

Com a colecção de disparates dos diferentes relatórios que já foi possível compilar, esperamos que em breve seja possível produzir “O avaliaquês em discurso directo”. Tendo o ministro direito a aceder a todos os relatórios, listas de avaliadores, etc, não quererá ele dar início aos trabalhos?


Relax!

Título da notícia-relax do dia a seguir ao da notícia-choque da reprovação do BCP no chamado “teste de stress” do BCE:“BCP e BPI captam mais 1490 milhões em depósitos”. Os portugueses vão ficar muito mais tranquilos com a soma do crescimento do valor dos depósitos do “maior banco privado português” BCP (610 milhões) com o valor, muito maior, do minorca BPI (888 milhões), 1490 milhões acalmam muito mais do que apenas 610 milhões. Vamos todos dar as mãos e acreditar com muita força no que nos diz o respeitabilíssimo Banco de Portugal: o BCP NÃO está falido. O BCP não é o BES. Portugal não é a Grécia. Nem a Irlanda. Os sacrifícios começam finalmente a produzir efeitos positivos. Toca a relaxar.

DAQUI

É o que pode ser

Segundo dados do INE, em 2012, as micro, pequenas e médias empresas (99,9% do total de empresas) foram responsáveis por 60,9% do volume de negócios empregando mais de 3 em cada quatro trabalhadores. As grandes empresas (as restantes 0,1%) são responsáveis por 39,4% do volume de negócios empregando pouco mais de 2 em cada 10 trabalhadores.
Mantendo-nos na análise do ano de 2012, últimos dados disponíveis, os resultados líquidos de todas as empresas não financeiras foi de 3.338,5 milhões de euros. No entanto, os resultados líquidos das grandes empresas (1015 de 1062782) foram de 3.861,8 milhões de euros, ou seja, as restantes 99,9% das empresas apresentaram, em conjunto, um saldo líquido negativo de 523,3 milhões de euros. Estes dados permitem-nos concluir que a nova redução do IRC para 21% (em 2013 era de 25%) é um benefício exclusivo para os accionistas das grandes empresas, dado que as outras 99,9% não têm apresentado lucros, que nem poderá ser justificável pelo emprego que criam.
Eugénio Rosa fez as contas para o caso da EDP. Considerando os lucros líquidos do primeiro semestre deste ano, 502 milhões de euros, com uma taxa de IRC de 25% (2013) pagaria 125,5 milhões euros com uma taxa de 21% (2015) pagará apenas 105,4 milhões euros. Mantendo-se os resultados da empresa no segundo semestre e apenas com a redução da taxa de IRC, o Estado perderá 40,2 milhões de euros por ano que irão directamente para os accionistas da empresa.
Passos Coelho diz-nos que o Orçamento do Estado para 2015 "é o que pode ser". E "o que pode ser" é uma redução do IRC em quatro pontos percentuais com uma perda de receita fiscal estimada em 892 milhões de euros/ano e a manutenção da sobretaxa extraordinária nos rendimentos da família estimada em 700 milhões de euros/ano. A manutenção da sobretaxa do IRS é o que pode ser dado aos accionistas das grandes empresas.

Suite presidencial


Domingão


Pedro...


Enviado pela leitora B.V.

segunda-feira, outubro 27, 2014

Boa noite e tomem lá um beijinho...


Ainda há alunos sem aulas! Gosto tanto deste ministro!


Porque é que a terceira idade não toma esta medida contra o governo?


Vejam lá com quem a Angela é parecida quando ri...


Se alguma vez isto acontecer...


Resolve o problema assim!...

Uma demonstração de como se deve usar o extintor!...

Pessoas que precisam de manual para saberem como usar o ginásio!...
















Quando os meios são elevados à condição de fins

"Podia muito bem acontecer que cada palavra, 
literalmente cada uma das palavras dos livros de História
fosse pura fantasia, incluindo as coisas 
que as pessoas acreditavam sem hesitar."

George Orwell, 1984.

Dois textos que escrevi recentemente para este blogue (aqui e aqui) e outros que escrevei antes podem dar a entender que sou contra a entrada de novas tecnologias na escola. Não é o caso.

As novas tecnologias (os computadores, por exemplo), são como as antigas tecnologias (um livro, por exemplo): meios para ensinar e para aprender.

Mas, como é por demais sabido, os meios não se podem confundir com os fins.

E são os fins, não os meios, o cerne da discussão educativa. Nesta medida, as tecnologias, sejam elas novas ou antigas, decorrem dos fins, servem a sua concretização, são da ordem do instrumental.

Efectivamente, a grande questão que tem ocupado a mente dos filósofos da educação, e que não pode, em circunstância alguma, ser alienada é a seguinte: que tipo de pessoas queremos deixar para o futuro.

Como o leitor pensará, as respostas não foram sempre as que mais beneficiam as próprias pessoas, a sociedade a que pertencem e a humanidade como um todo; muitas respostas tiveram o sentido contrário, ainda que fossem apresentadas como imaculadas.

Assim, até ao presente, as tecnologias postas ao serviço da educação serviram ambas as respostas. E, portanto, as que agora temos por "novas", não constituem excepção. Podem ser "boas" ou "más" em função dos propósitos que lhe estão subjacentes.

O que afirmo é fácil de perceber se tomarmos por referência os manuais escolares. Múltiplos estudos que têm incidido sobre eles, sobretudo depois dos anos sessenta do passado século, denunciam o doutrinamento político, religioso e outros que absorvem, a ideologia de classe, de género, de cultura, etc. que veiculam; a escolha nada inocente de textos, de imagens, de perguntas que fazem...

Tudo nos (antigos) manuais parece condenável. Em contrapartida, tudo nos computadores, nos programas e acessos que permitem, é apresentado como perfeito.

Esta leitura enviesada dá a entender que desde que se disponha de novas tecnologias, a educação (que educação?) está garantida. E põe-se, dogmaticamente, um ponto final no assunto.

É preciso ter a coragem de tirar esse ponto final e dizer, desassombradamente, que as novas tecnologias não constituam um bem em si. É preciso perceber que fins últimos as justificam.

Porém, aqui deparamo-nos com um enorme problema: grande parte dos textos de instâncias internacionais e nacionais com responsabilidades educativas que incidem sobre as novas tecnologias omitem esses fins, ou apresentam objectivos triviais como se de fins se tratasse, ou misturam os fins com os meios numa trama ininteligível.

Desta maneira, é impossível discutir o que quer que seja. Vence não quem tem razão com base em conhecimento, mas quem tem mais força.


DAQUI