Basta conhecer um pouco a história dele para ficar com arrepios a pensar que este senhor foi eleito presidente de Portugal durante os próximos cinco anos. Basta ver a manipulação da imprensa e da imagem deste candidato para temer aquilo que vem atrás dele. Para um homem que afirma que não é político tem um passado muito suspeito: Ministro das Finanças e do Plano (1980-1981), Primeiro-Ministro (1985-1995) e agora, candidatou-se para a Presidência pela segunda vez. Imaginem se fosse político! Mas é precisamente esse tipo de afirmação que demonstra a farsa, o cinismo o lado escuro e tudo que ele representa. Numa altura em que o Partido Socialista parece certo a ficar no governo durante alguns anos, aparece o senhor Silva outra vez para defender os interesses da direita e dos seus defensores, que levaram Portugal ao lastimável estado em que está e que ninguém queria nas eleições legislativas em Fevereiro passado. Mas estão aí todos atrás da candidatura dele. Quantos daqueles que dizem que votaram no candidato sabem quem está na sua comissão política e são seus apoiantes? Figuras odiadas, que foram corridas da vida política em Portugal há pouco tempo, como a Manuela Ferreira Leite, Leonor Beleza, Paulo Portas, Bagão Felix, etc. O candidato afirma que vai levar longe a cultura e língua portuguesa no mundo de hoje – uma afirmação absurda para quem, quando primeiro-ministro, nem sabia quantos cânticos tinham Os Lusíadas. Conhecendo as principais razões pelas quais a maioria dos seus apoiantes afirmam que vão votar no candidato, sente-se uma profunda tristeza e angústia pelo futuro deste País. Diz-se que é sério e honesto. Claro que sim como noventa e nove por cento da população portuguesa. Então vamos todos votar no Zé da Esquina porque é sério, é honesto e gosta do seu país. Estas não são razões, são desculpas levantadas por quem não tem qualquer esperança na liderança política do país e está desiludido com o rumo que Portugal tem tomado nos últimos anos e por isso opta pelo candidato que soube melhor manipular a imagem e a imprensa. Mais: foi o candidato quando era primeiro ministro o inventor e ideólogo das propinas, das taxas moderadoras nos Hospitais, Centros de Saúde e nos exames médicos, aumentou a idade da reforma das mulheres dos 62 para os 65 anos. Perguntem ao agora presidente onde estão as melhores empresas nacionais ? Como por exemplo: Sorefame , Fundição de Oeiras que fabricava dos melhores electrodomésticos a nível europeu a fábrica de limas Tomé Feiteira considerados as melhores do mundo, a fábrica Hipólito de Torres Vedras as fábricas de fogões Portugal e Olavo as indústrias Oliva, a fábrica de motores eléctricos Rabor, as indústrias de Cerâmica esfumaram-se, as indústrias Tramagal, a Siderurgia Nacional, a Lisnave, as indústrias de papel, estamos a levar a nossa madeira para Espanha enquanto algumas das nossas fábricas encerram etc . Perguntem ao presidente que foi feito da nossa agricultura? Para onde foram as vinte e cinco fábricas de tomate que existiam? Hoje a nossa produção nem cobre o consumo interno. Que foi feito da nossa produção de azeite? Dos cerca de trinta mil hectares de olival restam 15 mil! Pagou com fundos comunitários para arrancarem as oliveiras. A produção de arroz, estamos a comprá-lo ao Paraguai um país do terceiro mundo e de outros cereais, foi reduzida drasticamente e a que preços estamos a produzi-los? A nossa produção de leite? As pescas, que foi feito desse sector? A nossa frota de pesca foi quase extinta. Hoje os espanhóis têm plena liberdade de pescar nas nossas águas. São contas que o presidente devia prestar aos portugueses. Porque enquanto foi Primeiro-Ministro ao contrário de se preocupar a defender estes e outros sectores estratégicos da nossa economia, o que fez?Todos os dias vinha à televisão apresentar empresas estrangeiras , as multinacionais salvadoras, deu-lhes quanto dinheiro pediam, privatizou as melhores empresas públicas mandando milhares de trabalhadores com quarenta anos ou pouco mais, para a reforma antecipada . Temos aí o resultado dessa governação.
As multinacionais estão a fugir, deixando centenas de milhares de Portugueses no desemprego na miséria e no desespero, a nossa produção de bens caiu a todos os níveis. Já importamos mais de oitenta por cento daquilo que consumimos e a nossa Segurança Social passa por dificuldades. O que vai valendo ainda a este país é o turismo embora com dificuldades patentes.
Foi este o legado que o senhor Silva nos deixou. Notaram quantas fotografias do candidato Silva são tiradas de baixo para cima, enaltecendo a estatura da figura, com aquela mensagem sem qualquer sentido de Portugal Maior atrás dele? Notaram qual é o candidato que teve mais tempo de antena na televisão? Notam como são filmados pelos canais de televisão os participantes nos comícios, aproveitando o maior ângulo de concentração da assistência para assim parecer que é a candidatura com mais apoiantes?Notaram que na altura em que as intenções de voto no candidato Aníbal C. Silva começam a cair a pique, perdendo entre cinco e seis por cento em apenas cinco dias, começa a ser empurrada para trás a história das eleições presidenciais a uma semana da eleição e o tempo de antena nos principais noticiários e nas primeiras páginas dos jornais ocupou-se com o Procurador Geral da Republica as escutas telefónicas? Que o candidato Aníbal Silva é um homem íntegro, um bom pai de família, sério, honesto e bem intencionado, não hajam quaisquer dúvidas o mesmo se diz de todos os outros candidatos. Por isso não são razões válidas para votar. São qualidades básicas de qualquer ser humano.A candidatura baseada numa campanha em que evita ao máximo falar porque se abre a boca pode tudo estragar, que evita comer em público e que aposta tudo na aura de suposta competência deste candidato. A competência do candidato agora presidente vê-se no Portugal de hoje e na sua lamentável posição na cauda da Europa. Quando é que Portugal entrou na Comunidade Europeia? 1983. Quem foi o Primeiro-Ministro entre 1985 e 1995, quando o verdadeiro peso dos fundos comunitários jorrava pelas fronteiras dentro? O agora presidente. Em que ombros jaz a responsabilidade pelo sensato investimento destes milhares de milhões para construir o futuro do país? O agora presidente. Afinal, é ele que vai tirar Portugal desta lamúria, ou foi ele o responsável por Portugal aí estar? Vamos então examinar a posição de Portugal hoje uma década depois deste senhor deixar o poder e do legado que deixou.
Vamos então analisar a posição de Portugal hoje, que é o legado do Cavaquismo, utilizando os dados da EUROSTAT, serviço de estatística da União Europeia. Não vamos comparar Portugal com os gigantes da Europa, mas sim com outros países da mesma dimensão, ou menores. No último trimestre de 2005, Portugal foi o único país, de acordo com a EUROSTAT, a registar um crescimento negativo de PIB, de - 0,9%. A Estónia, por exemplo, registou um crescimento positivo de 2,6%. O consumo doméstico caiu 1,4%, reflectindo a nefasta influência do desenfreado monetarismo defendido por esse candidato nos inocentes cidadãos portugueses, enquanto na Lituânia, por exemplo, aumentou por 3,3%. Portugal teve a maior queda nas exportações (menos -0,6%), enquanto na Eslováquia aumentaram 8,1% e Portugal foi o único país a verificar uma queda nas importações, reflectindo o estado da economia nacional – 0,7%, comparado com o incremento de 10,8% na Grécia. Produto Interno Bruto menor. Produtividade e Competitividade menor. Desemprego maior. Encomendas para a construção menor (1%), comparado com o aumento de 7,1% na Finlândia. Taxa de utilização de capacidade nacional: menos que na Hungria e Eslovénia. Registo de novos automóveis: 77,3 comparado com a média europeia de 99. Poupança como percentagem de rendimento: menos 5,4% comparado com os 10,2% da Áustria, 6,5% da Finlândia e 6,9% da Bélgica. Balanço Comercial: 572 milhões de Euros negativos. Taxa de privação 70% dos portugueses são classificados como pobres ou sofrendo de qualquer tipo de privação, no relatório da U.E. no EUROSTAT; onde se afirma que “As taxas de privação são superiores aos níveis de risco de pobreza”. 61% não podem tirar uma semana de férias, comparado com 33% em Chipre; 5% não conseguem pagar a totalidade das despesas mensais, um nível semelhante ao da Bulgária; 3% não têm dinheiro para uma refeição com carne, peixe ou ave de dois em dois dias, semelhante às taxas de Malta.
É uma vergonha para um país que está na Europa há duas décadas; 58% não conseguem aquecer a casa ao nível pretendido, comparado com os 56% da Lituânia; 4% dos que querem ainda não têm telefone, 17% não têm carro. 63% da habitação tem algum tipo de deficiência, como falta abastecimento de água potável e electricidade, esgotos , arruamentos, acessos, infiltrações de água , famílias inteiras a viverem em espaços exíguos, etc. E o senhor Silva é o candidato a reparar esses males? Foi ele, não só ele é claro mas ele é um dos grandes responsáveis até pelo tempo disponível que exerceu o poder, o responsável por os criar! Quem é o pai do monetarismo em Portugal? Quem governava no tempo das descargas policiais contra os operários na Marinha Grande? Na Ponte 25 de Abril? Quem afirmava que os portugueses tinham pouco civismo? Quem investiu mal os milhões da Europa? Quem não preparou o país para conseguir, nas palavras do próprio, “O progresso do povo português no espaço económico europeu”? A direita, que o candidato agora presidente senhor Silva representa, e que apoiou a eleição desse senhor, em nada serviu os interesses da maioria dos portugueses, como se vê claramente nos exemplos concretos e indesmentíveis acima referidas.
O Presidente da Republica foi eleito com os votos de 31,09% dos eleitores
Resultados oficiais da eleição presidencial quando faltavam apurar duas freguesias que fizeram boicote:
Abstenção: 37,39% Cavaco: 31,09% Alegre: 12,73% Soares: 8,81% Jerónimo: 5,28% Louça: 3,32% Garcia: 0,26%
Conclusão: menos de um terço dos eleitores inscritos escolheram Cavaco para Presidente. No entanto vão dizer que é o «escolhido pela maioria» dos portugueses «sem margens para dúvidas» como aliás já é costume.
Inscritos: 8830706 100%
Votantes: 5529118 62,61%
Brancos: 58868 1,06%
Nulos: 43406 0,79%
Total no País
Cavaco Silva 2745523 votos 50,49 %
Manuel Alegre 1124671 votos 20,72 %
Mário Soares 778395 votos 14,34%
Jerónimo Sousa 466422 votos 8,59%
Francisco Louça 288216 votos 5,31%
Garcia Pereira 23617 votos 0,44%
http://port.pravda.ru/editorial/2006/01/15/9758.html
As multinacionais estão a fugir, deixando centenas de milhares de Portugueses no desemprego na miséria e no desespero, a nossa produção de bens caiu a todos os níveis. Já importamos mais de oitenta por cento daquilo que consumimos e a nossa Segurança Social passa por dificuldades. O que vai valendo ainda a este país é o turismo embora com dificuldades patentes.
Foi este o legado que o senhor Silva nos deixou. Notaram quantas fotografias do candidato Silva são tiradas de baixo para cima, enaltecendo a estatura da figura, com aquela mensagem sem qualquer sentido de Portugal Maior atrás dele? Notaram qual é o candidato que teve mais tempo de antena na televisão? Notam como são filmados pelos canais de televisão os participantes nos comícios, aproveitando o maior ângulo de concentração da assistência para assim parecer que é a candidatura com mais apoiantes?Notaram que na altura em que as intenções de voto no candidato Aníbal C. Silva começam a cair a pique, perdendo entre cinco e seis por cento em apenas cinco dias, começa a ser empurrada para trás a história das eleições presidenciais a uma semana da eleição e o tempo de antena nos principais noticiários e nas primeiras páginas dos jornais ocupou-se com o Procurador Geral da Republica as escutas telefónicas? Que o candidato Aníbal Silva é um homem íntegro, um bom pai de família, sério, honesto e bem intencionado, não hajam quaisquer dúvidas o mesmo se diz de todos os outros candidatos. Por isso não são razões válidas para votar. São qualidades básicas de qualquer ser humano.A candidatura baseada numa campanha em que evita ao máximo falar porque se abre a boca pode tudo estragar, que evita comer em público e que aposta tudo na aura de suposta competência deste candidato. A competência do candidato agora presidente vê-se no Portugal de hoje e na sua lamentável posição na cauda da Europa. Quando é que Portugal entrou na Comunidade Europeia? 1983. Quem foi o Primeiro-Ministro entre 1985 e 1995, quando o verdadeiro peso dos fundos comunitários jorrava pelas fronteiras dentro? O agora presidente. Em que ombros jaz a responsabilidade pelo sensato investimento destes milhares de milhões para construir o futuro do país? O agora presidente. Afinal, é ele que vai tirar Portugal desta lamúria, ou foi ele o responsável por Portugal aí estar? Vamos então examinar a posição de Portugal hoje uma década depois deste senhor deixar o poder e do legado que deixou.
Vamos então analisar a posição de Portugal hoje, que é o legado do Cavaquismo, utilizando os dados da EUROSTAT, serviço de estatística da União Europeia. Não vamos comparar Portugal com os gigantes da Europa, mas sim com outros países da mesma dimensão, ou menores. No último trimestre de 2005, Portugal foi o único país, de acordo com a EUROSTAT, a registar um crescimento negativo de PIB, de - 0,9%. A Estónia, por exemplo, registou um crescimento positivo de 2,6%. O consumo doméstico caiu 1,4%, reflectindo a nefasta influência do desenfreado monetarismo defendido por esse candidato nos inocentes cidadãos portugueses, enquanto na Lituânia, por exemplo, aumentou por 3,3%. Portugal teve a maior queda nas exportações (menos -0,6%), enquanto na Eslováquia aumentaram 8,1% e Portugal foi o único país a verificar uma queda nas importações, reflectindo o estado da economia nacional – 0,7%, comparado com o incremento de 10,8% na Grécia. Produto Interno Bruto menor. Produtividade e Competitividade menor. Desemprego maior. Encomendas para a construção menor (1%), comparado com o aumento de 7,1% na Finlândia. Taxa de utilização de capacidade nacional: menos que na Hungria e Eslovénia. Registo de novos automóveis: 77,3 comparado com a média europeia de 99. Poupança como percentagem de rendimento: menos 5,4% comparado com os 10,2% da Áustria, 6,5% da Finlândia e 6,9% da Bélgica. Balanço Comercial: 572 milhões de Euros negativos. Taxa de privação 70% dos portugueses são classificados como pobres ou sofrendo de qualquer tipo de privação, no relatório da U.E. no EUROSTAT; onde se afirma que “As taxas de privação são superiores aos níveis de risco de pobreza”. 61% não podem tirar uma semana de férias, comparado com 33% em Chipre; 5% não conseguem pagar a totalidade das despesas mensais, um nível semelhante ao da Bulgária; 3% não têm dinheiro para uma refeição com carne, peixe ou ave de dois em dois dias, semelhante às taxas de Malta.
É uma vergonha para um país que está na Europa há duas décadas; 58% não conseguem aquecer a casa ao nível pretendido, comparado com os 56% da Lituânia; 4% dos que querem ainda não têm telefone, 17% não têm carro. 63% da habitação tem algum tipo de deficiência, como falta abastecimento de água potável e electricidade, esgotos , arruamentos, acessos, infiltrações de água , famílias inteiras a viverem em espaços exíguos, etc. E o senhor Silva é o candidato a reparar esses males? Foi ele, não só ele é claro mas ele é um dos grandes responsáveis até pelo tempo disponível que exerceu o poder, o responsável por os criar! Quem é o pai do monetarismo em Portugal? Quem governava no tempo das descargas policiais contra os operários na Marinha Grande? Na Ponte 25 de Abril? Quem afirmava que os portugueses tinham pouco civismo? Quem investiu mal os milhões da Europa? Quem não preparou o país para conseguir, nas palavras do próprio, “O progresso do povo português no espaço económico europeu”? A direita, que o candidato agora presidente senhor Silva representa, e que apoiou a eleição desse senhor, em nada serviu os interesses da maioria dos portugueses, como se vê claramente nos exemplos concretos e indesmentíveis acima referidas.
O Presidente da Republica foi eleito com os votos de 31,09% dos eleitores
Resultados oficiais da eleição presidencial quando faltavam apurar duas freguesias que fizeram boicote:
Abstenção: 37,39% Cavaco: 31,09% Alegre: 12,73% Soares: 8,81% Jerónimo: 5,28% Louça: 3,32% Garcia: 0,26%
Conclusão: menos de um terço dos eleitores inscritos escolheram Cavaco para Presidente. No entanto vão dizer que é o «escolhido pela maioria» dos portugueses «sem margens para dúvidas» como aliás já é costume.
Inscritos: 8830706 100%
Votantes: 5529118 62,61%
Brancos: 58868 1,06%
Nulos: 43406 0,79%
Total no País
Cavaco Silva 2745523 votos 50,49 %
Manuel Alegre 1124671 votos 20,72 %
Mário Soares 778395 votos 14,34%
Jerónimo Sousa 466422 votos 8,59%
Francisco Louça 288216 votos 5,31%
Garcia Pereira 23617 votos 0,44%
http://port.pravda.ru/editorial/2006/01/15/9758.html
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