A manter-se o actual ritmo de crescimento do desemprego, em 2006 o desemprego real poderá atingir 644.000 portugueses e, em 2007, 700.000. O desemprego é o problema mais grave que o País enfrenta neste momento, muito mais grave que o défice orçamental. Em Portugal, os números oficias do desemprego estão muito abaixo dos números reais do desemprego. De acordo com dados publicados pelo INE, no 4º trimestre de 2005, o desemprego oficial atingiu 447.300, mas o desemprego corrigido, que inclui os desempregados efectivos que não são considerados nos números oficiais de desemprego, alcançou 579.400. Em 2005, a taxa oficial de desemprego era de 8%, mas a taxa corrigida de desemprego era já de 10,4%.
Em 2005 verificou-se destruição líquida de emprego, sendo o volume de emprego no fim do ano de 2005 inferior ao de 2004. Por outro lado, a diferença entre a população activa e a população empregada aumentou, entre 2000 e 2005, de 194.500 para 447.800, o que significa que uma parte crescente da população activa que procura emprego não o consegue encontrar.
Se o ritmo de crescimento de desemprego registado nos últimos quatro anos se mantiver, consequência também da política centrada na obsessão pelo défice, 644.100 portugueses poderão estar no desemprego em 2006, e cerca de 700.000 em 2007.
Para além do aumento vertiginoso do desemprego também a população com emprego precário, que inclui os trabalhadores contratados a prazo e os chamados independentes, não pára de aumentar. Em 1995 eram 1.169.100; em 2004 já eram 1.466.000 e, em 2005, já atingiam 1.481.000. Assim, em 2005, quase 29 em cada 100 empregados tinham um emprego precário.
A economia existe para servir as pessoas, e quando não garante o direito ao trabalho, que é vital à sobrevivência nas sociedades modernas e à dignidade humana, deixa de servir os fins para que foi criada. Uma política económica avalia-se pelos seus resultados. E quando essa política económica, centrada na obsessão pelo défice, determina baixíssimas taxas de crescimento e mesmo estagnação económica; redução do investimento; aumento vertiginoso do desemprego; diminuição da competitividade; elevado défice externo e endividamento rápido das famílias, do País e das empresas, é porque está errada e deve ser alterada com urgência. E não será prometendo radiosos e falsos amanhãs em troca dos sacrifícios actuais ou, para utilizar a linguagem governamental, a resolução no futuro indeterminado, como por milagre, dos graves problemas que enfrenta o país em troca da consolidação orçamental, que conseguirá ocultar o carácter ruinoso da política que está a ser seguida e a necessidade de a alterar rapidamente.
Em 2005 verificou-se destruição líquida de emprego, sendo o volume de emprego no fim do ano de 2005 inferior ao de 2004. Por outro lado, a diferença entre a população activa e a população empregada aumentou, entre 2000 e 2005, de 194.500 para 447.800, o que significa que uma parte crescente da população activa que procura emprego não o consegue encontrar.
Se o ritmo de crescimento de desemprego registado nos últimos quatro anos se mantiver, consequência também da política centrada na obsessão pelo défice, 644.100 portugueses poderão estar no desemprego em 2006, e cerca de 700.000 em 2007.
Para além do aumento vertiginoso do desemprego também a população com emprego precário, que inclui os trabalhadores contratados a prazo e os chamados independentes, não pára de aumentar. Em 1995 eram 1.169.100; em 2004 já eram 1.466.000 e, em 2005, já atingiam 1.481.000. Assim, em 2005, quase 29 em cada 100 empregados tinham um emprego precário.
A economia existe para servir as pessoas, e quando não garante o direito ao trabalho, que é vital à sobrevivência nas sociedades modernas e à dignidade humana, deixa de servir os fins para que foi criada. Uma política económica avalia-se pelos seus resultados. E quando essa política económica, centrada na obsessão pelo défice, determina baixíssimas taxas de crescimento e mesmo estagnação económica; redução do investimento; aumento vertiginoso do desemprego; diminuição da competitividade; elevado défice externo e endividamento rápido das famílias, do País e das empresas, é porque está errada e deve ser alterada com urgência. E não será prometendo radiosos e falsos amanhãs em troca dos sacrifícios actuais ou, para utilizar a linguagem governamental, a resolução no futuro indeterminado, como por milagre, dos graves problemas que enfrenta o país em troca da consolidação orçamental, que conseguirá ocultar o carácter ruinoso da política que está a ser seguida e a necessidade de a alterar rapidamente.
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