A inevitabilidade da incontornável competitividade não existe. É criada e fomentada por uma corrente de pensamento neoliberal selvagem, que quer transformar os humanos em robots cuja razão de existir é a produtividade.Trava-se hoje uma das batalhas ideológicas mais sérias de todos os tempos entre os neo liberais selvagens e os humanistas. Os primeiros defendem que o ser humano não é mais do que um instrumento ao serviço da grande máquina da economia. Os segundos defendem o contrário, isto é, que a economia só tem razão de existir para servir os humanos e melhorar as suas condições de vida.. Claro que, este combate é disfarçado para as pessoas não perceberem o que se passa. E é tão bem disfarçado, que até pessoas supostamente cultas e instruídas, não percebem o que está em jogo.De resto, a posição arrogante assumida por Isabel Meireles http://online.expresso.clix.pt/cronica/artigo.asp?id=24759254
que do alto do seu púlpito (trata-se duma jornalista da comunicação de “referência”) debita “sábias” palavras aos jovens “ignorantes” Franceses e aos jovens (e menos) “ignorantes” do Mundo. Indigna-se ela, porque essa chusma de “ignorantes” não percebe aquilo que o seu cérebro bineuronal anda a congeminar.É óbvio que a desonestidade intelectual de Isabel Meireles é grosseira. Ela diz que nos países nórdicos as leis dos despedimentos são liberais, mas omite o essencial, é que qualquer trabalhador despedido nos países nórdicos tem direito a habitação digna, e a um subsídio de desemprego no mínimo 3 a 4 vezes o salário médio nacional. Para alem disso tem ainda acesso gratuito a todos os cuidados de saúde. Enfim, os desempregados nórdicos vivem no Paraíso (melhor que os empregados Portugueses, Franceses, etc.)..A luta dos jovens Franceses é justa e não é fruto da ignorância. Muito pelo contrário. Essa luta deve-se aos jovens terem consciência de que o governo os quer transformar em marionetas da produtividade. E fazem muito bem em resistir. A competitividade não é uma inevitabilidade. O Mundo só segue o modelo neoliberalista selvagem se assim o desejar. E é melhor que não o siga, porque isso seria a redução dos humanos à condição de robots ao serviço da economia, controlada por meia dúzia de capitalistas.
CaragonãoPorra
http://online.expresso.clix.pt/cronica/artigo.asp
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