A edição norueguesa de Le Monde Diplomatique publicou, no número de Julho de 2006, um notável conjunto de artigos acerca dos atentados do 11 de Setembro, concluindo que foram o fruto de uma conspiração interna americana. O assunto provocou grande celeuma na Noruega, ao ponto de os grandes medias escritos e audiovisuais daquele reino publicarem seus próprios inquéritos, quer aceitando as dúvidas quer chegando às mesmas conclusões.
Os artigos da edição norueguesa de Le Monde Diplomatique traduzidos para o inglês são:
"The Explosions that Razed the Towers " por Ann Grieg
"Media Polls " por Kim Bredesen
"Was 9/11 an inside job ? " por Kim Bredesen (também em português, abaixo). Pode-se também consultar:
artigo do Aftenposte, traduzido em inglês " 9/11 Theories flourish " ,
Os artigos da edição norueguesa de Le Monde Diplomatique traduzidos para o inglês são:
"The Explosions that Razed the Towers " por Ann Grieg
"Media Polls " por Kim Bredesen
"Was 9/11 an inside job ? " por Kim Bredesen (também em português, abaixo). Pode-se também consultar:
artigo do Aftenposte, traduzido em inglês " 9/11 Theories flourish " ,
e outro do Dagbladet, " The Third Tower " .
Também o sítio web Voltairet.org publicou uma nota a respeito: Flagrants délits .
Cada vez mais pessoas nos EUA estão convencidas de que as autoridades americanas estão a esconder o seu envolvimento na tragédia do 11/Set. Declarações de testemunhas, marcadas como confidencial durante vários anos, mostram agora que pode ter havido demolição controlada. O governo havia há muito previsto um tal incidente — como indica o documento republicano de 2000, Rebuilding America's defences. A organização 9/11Truth acredita que os EUA provavelmente orquestraram um incidente deste tipo a fim de justificar a invasão do Iraque e do Afeganistão, bem como a restrição de liberdades civis dentro dos EUA através da aprovação do Patriot Act. Revelou-se agora que em 1962 o principal líder militar da América concebeu um plano para um ataque premeditado aos americanos, o qual teria envolvido o derrube de um avião de passageiros, de modo a que a culpa pudesse ser lançada sobre Cuba. Assim, por que deveria isto ser excluído nos dias de hoje? Muitos também acreditam que a inteligência paquistanesa cooperou com a CIA e a Al-Qaeda porque esta transferiu somas significativas de dinheiro para o sequestrador Mohammed Atta nos dias que antecederam o 11/Set. Eles tinham mesmo Bin Laden sob vigilância durante o período do seu tratamento num hospital militar em Peshawar, Paquistão, em Setembro de 2001. A maior parte de nós consideraria estranho que o impacto de um avião de passageiros não fosse suficiente para provocar o colapso de um arranha-céu. Assim, poucos foram os que puseram em dúvida o que se chocou com as Twin Towers ou as identidades dos perpetradores. Contudo, nos anos a seguir, vários indivíduos e grupos, tanto na América do Norte como na Europa, começaram a por em dúvida a precisão disto. Para eles, um conjunto de circunstâncias contraditórias em torno dos ataques não corresponde às explicações das autoridades americanas e da Comissão do 11/Set nomeada pelo Congresso. [1] Uma razão chave para esta dúvida é que há testemunhos do 11/Set a descrever eventos que não concordam com os eventos da estória oficial [2] . Um exemplo é o dos espectadores que ouviram e viram aquilo que acreditaram ser explosões nas Twin Towers antes de elas serem batidas pelos aviões. Polícias pensaram que aquilo parecia a uma "implosão planeadas". [3] O bombeiro Richard Banaciski relatou que "Parecia como na televisão quando eles explodem edifícios. Parecia como se estivessem a correr tudo à volta, como num cinturão, todas aquelas explosões". O assistente do comissário dos bombeiros Stephen Gregory afirmou: "Viu um flash flash flash no nível mais baixo do edifício. Você sabe, como quando eles demolem um edifício" [4] Outra declaração de uma testemunha controversa veio de um trabalhador da manutenção, William Rodriguez, que estava a trabalhar na Torre Norte no 11/Set. Numa entrevista a New York Magazine, [5] ele afirmou que primeiro ouviu uma enorme explosão quando estava numa das caves do arranha-céus e testemunhou o aparecimento de vítimas, com a pele dos braços queimada pelos fogos no poço do elevador. Após a explosão na cave ele ouviu outra vinda de cima. Era o Boeing 767. Williams foi o último sobrevivente a ser resgatado do piso zero do World Trade Center. Ele foi saudado como um herói e convidado a visitar Geroge Bush a Casa Branca. Posteriormente, quando tentou publicitar sua estória acerca da explosão na cave, foi rejeitado pelas autoridades americanas. Agora abriu um processo judicial contra estas mesmas autoridades, sob o Estatuto Rico, uma disposição legal concebida originalmente para processar famílias da Mafia. Além de declarações de testemunhas que descrevem uma demolição controlada das Twin Towers, com explosivos, críticos da administração Bush acreditam que há vários conjuntos de circunstâncias em torno do 11/Set que dão boas razões para suspeitar que a estória oficial é incorrecta. É um facto que nenhum dos quatro aviões sequestrados foi interceptado por aviões caça. Que isto não tenha acontecido, combinado com o facto de que a maioria da força aérea estava envolvida em exercícios militares, deu peso à suspeição de que a força de defesa aérea americana deu a ordem de "ficar em terra" ("stand down") de modo a que os ataques terroristas pudessem progredir sem impedimentos. Outra circunstância suspeita é que o WTC 7 — também conhecido como Edifício 7 — um arranha-céus de 47 andares, entrou em colapso sem ter sido batido por qualquer dos aviões. Inversamente, os edifícios adjacentes ainda estão intactos. No que se refere a advertências prévias dos ataques, afirmações de que a National Security Agency (NSA) no verão de 2001 monitorou conversações plenamente traduzidas — em tempo real — entre Mohammed Atta e Khalid Shaikh Mohammed levantaram preocupações. Numa das conversações, Atta aparentemente deu a Mohammed sinal verde para os ataques. A NSA deveria portanto ter sido avisada previamente. Quanto à investigação que poderia ter levado à detenção dos sequestradores, o agente do FBI Colleen Rowley afirma que os directores do FBI obstruíram intencionalmente sua investigação de Zacarias Moussaoui — no tempo em que ele estava ocupado na escola de voo de Minneapolis. Eles fizeram isto apesar de terem recebido avisos da inteligência francesa. Rowley acredita que, se o FBI tivesse aprovado a investigação, eles poderiam ter descoberto os planos de Moussaoui bem como aqueles dos outros sequestradores matriculados nas escolas de voo [6] . Que a inteligência paquistanesa (ISI) tenha transferida quantias significativas de dinheiro para Mohammed Atta nos dias que antecederam o 11/Set é, acreditam alguns, prova da cooperação entre o ISI, a CIA e a Al-Qaida. [7] Também pode parecer suspeito que George Bush tenha afirmado que as autoridades americanas renunciaram à caçada a Osama bin Laden, o principal suspeito por trás do 11 de Setembro. O general Richard Myers também declarou que a guerra no Afeganistão não era para encontrar bin Laden. [8] Um antigo agente da CIA, Gary Berntsen, afirmou mais uma vez que a administração Bush deixou bin Laden escapar quando ele estava encurralado num bolsão das montanhas Tora Bora, em 2001 no Afeganistão. [9] Também se sabe que a inteligência americana estava plenamente consciente do paradeiro de bin Laden em Julho 2001, quando ele foi tratado de uma afecção nos rins num hospital americano em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos [10] . Uns poucos meses depois, em Setembro, ele também recebeu tratamento num hospital militar em Peshawar, no Paquistão, sob a vigilância da inteligência paquistanesa. [11] A existência de circunstâncias e testemunhos que contradizem aspectos da estória oficial levou algumas pessoas e grupos a investigarem explicações alternativas para o que acontecem no 11/Set. Brotou uma verdadeira selva de teorias acerca do que realmente aconteceu nos EUA cinco anos atrás. As teorias desenrolam-se em várias direcções, interconectadas. Uma comparação das diferentes opiniões é apresentada no livro The New Pearl Harbor – Disturbing Questions about the Bush-Administration and 9/11 (2004), de David Ray Griffin, Professor de Teologia na Claremont School of Theology de Claremont, Califórnia. Uma premissa chave que ele apresenta no livro é que a responsabilidade pelos ataques do 11/Set podem, em grande medida, ser atribuída a antigos membros do think tank neoconservador Project for a New American Century (PNAC), que são agora os actores chave na administração Bush. No documento "Rebuilding America's defences: strategies, forces and resources for a New American Century" (2000), [12] escrito por membros do PNAC, é afirmado que: "O processo de transformação, mesmo que provoque mudança revolucionária, provavelmente será longo se faltar um evento catastrófico e catalisador como um novo Pearl Harbour". O título do livro de Griffin menciona a declaração do PNAC de que a transformação dos militares americanos precisava "um novo Pearl Harbour". Griffin encara esta citação à luz do princípio legal do cui bono? (a quem aproveita?) e conclui que o 11/Set foi precisamente o catalisador que a administração Bush precisava. Portanto, para Griffin, é provável que os EUA orquestraram um incidente deste tipo a fim de justificar a invasão do Iraque e do Afeganistão, bem como a redução das liberdades civis nos EUA através do Patriot Act. Que eles tenham optado por invadir países no Médio Oriente é encarado por Griffin simplesmente como uma extensão da cooperação que os EUA já tinham com a elite do poder na Arábia Saudita, com a inteligência paquistanesa (ISI), com o regime Taliban e com regime da Ásia Central. E para Griffin a agenda no Médio Oriente e Ásia Central é bastante clara: é acerca do controle tanto da produção como do transporte de petróleo através de oleodutos e navios petroleiros. Griffin não indica quaisquer figuras específicas responsáveis pela organização dos ataques do 11/Set. Declara apenas que há diferentes opiniões acerca do assunto. Para alguns, a especulação acerca da identidade daqueles responsáveis cai sobre agências de inteligência tais como a NSA, o FBI e a CIA. Outros acreditam que foi a Casa Branca. Um terceiro grupo acredita que foram figuras individuais como Dick Cheney, Paul Wolfowitz, Jed Bush, George Tenet e Donald Rumsfeld os arquitectos reais dos ataques. Alternativamente, outras possíveis combinações de perpetradores e organizações podem ter trabalhado em conjunto. No seu documento, "What is your 'HOP' level?" [13] Nicholas Levis estabelece as categorias de opiniões acerca dos ataques sob quatro títulos principais:
A estória oficial: Que Osama bin Laden foi responsável, que os aviões foram sequestrados por dezanove fundamentalistas muçulmanos e que a Casa Branca não recebeu qualquer advertência.
A teoria da incompetência: Aceita a estória oficial mas culpa a Casa Branca, FBI, CIA, NSA e outros de não seguirem as muitas advertências. Esta foi a linha adoptada, com um grande cuidado de encobrimento e volteios, no relatório da Comissão do 11/Set.
"O deixar acontecer intencionalmente" ("Letting It Happen on Purpose", LIHOP): Há numerosas variações desta. Refere-se principalmente às facções dentro das autoridades americanas e no sector privado que estavam conscientes dos planos dos sequestradores mas nada fizeram para impedi-los, uma vez que o 11/Set concordava com os seus objectivos políticos.
"O fazer acontecer intencionalmente" ("Making It Happen on Purpose", MIHOP): Autoridades ou forças privadas americanas planearam e executaram os ataques.
Para os cépticos, o denominador comum é a sua crença de que pelo menos um dos elementos da apresentação oficial do 11/Set é inexacta. Para aqueles que subscrevem a hipótese radical do MIHOP, uma premissa chave é que as Twin Towers — incluindo o Edifício 7 — entraram em colapso devido à demolição controlada por meio de explosivos: isto foi um trabalho interno ("inside job"). A parte técnica/de construção desta afirmação foi directamente refutada num relatório de aproximadamente 10 mil páginas escrito pelo National Institute of Standards and Technology (NIST), o qual afirma que foi o combustível dos aviões de passageiros que perturbou a estrutura das torres e que foi isto que finalmente levou-os ao colapso. [14] O NIST foi incapaz de apresentar uma explicação satisfatória de como e porque o terceiro edifício, o WTC 7, entrou em colapso sem ter sido atingido por um avião. [15] Steven E. Jones, professor de física da Brigham Young University, de Utah, rejeita as afirmações do NIST acerca das Twin Towers. Ele conta, por exemplo, como testemunhas oculares observaram que o aço de todos os três edifícios havia fundido (em alguns casos, o aço foi encontrado ardente ("glowing") três semanas após o ataque) e foi deformado de um modo que só podia ter sido provocado pelo que ele descreve como "cargas de corte" ("cutter charges") pré-posicionadas. Segundo Jones, estas cargas eram constituídas por thermate, HMX ou RDX, substâncias utilizadas em explosivos usados apenas em demolições controladas. Outro ponto importante para Jones é que os incêndios nos edifícios e o combustível dos aviões de passageiros (a temperatura máxima do combustível de aviões é de 1000 graus Celsius) não produziria calor suficiente para fundir o aço — para o que seriam exigidas temperaturas entre 1550 e 1990º C — dentro da uma hora a uma hora e meia que levou para as Twin Towers entrarem em colapso. [16] As afirmações de Jones são corroboradas pelo engenheiro Jim Hoffman. Após análises de vídos e fotos dos acontecimentos, Hoffman conclui que todos os três edifícios caíram quase simetricamente, à velocidade de queda livre, e directamente para baixo dentro das suas próprias fundações. De acordo com Hoffman, a velocidade do colapso, a pulverização do betão num pó "leitoso", e a presença de nuvens de pó horizontais observadas ao longo do WTC 7, estão associados com a utilização de explosivos pré-posicionados nos edifícios. [17] Muitos não acreditam mais na explicação oficial, mas estão convencidos de que o colapso das Torres foi um trabalho interno — tanto que as autoridades "deixaram acontecer" ou "fizeram acontecer". Muitos que depositam sua confiança em outras hipóteses juntaram forças sob o abrigo da organização 9/11Truth [18] —uma organização ad hoc constituída para existir até que a última questão não respondida acerca do 11/Set tenha encontrado resposta. A 9/11Truth reuniu uma amostragem significativa da sociedade, membros com diferentes lealdades políticas dirigem as mesmas organizações e grupos de lobby. Esta cooperação concentra-se principalmente em reuniões, demonstrações, produção de filmes documentários, fóruns Internet, publicações on line e conferências. No Reino Unido, foi estabelecido um ramo local da 9/11Truth chamado JulySeventhTruth, [19] assim denominado porque procura juntar as peças do que aconteceu durante os ataques terroristas em Londres a 7 de Julho de 2005. O porta-voz do NY9/11Truth, Les Jamieson, todos os domingo ajuda a organizar demonstrações no Piso Zero ou seminários na Igreja de St. Mark, disponibilizada pelo padre, Frank Morales. Jamieson conversou com Le Monde diplomatique: LMd: Será que o 11/Set representa uma nova justificação para a guerra? LJ: Não. Recentemente descobriu-se que, aqui nos EUA, as autoridades planearam uma operação encenada de modo semelhante, a Operation Northwoods: Um plano concebido em 1962 pelas mais altas patentes militares dos EUA. O plano era arranjar um ataque terrorista interno, na costa da Florida, onde seriam mortos americanos, derrubado um avião de passageiros, afundado um navio — e toda a culpa seria atirada sobre os cubanos. Assim, isto não é nada de novo, já foi feito antes. LMd: Quão cínico pode um governo tornar-se? LJ: Foi também uma mentira que desencadeou a Guerra do Vietnam — os eventos no Golfo de Tonquim. Foi relatado que barcos torpedo vietnamitas haviam atirado em navios americanos no Golfo de Tonquim. Mas estes relatos eram fictícios. O presidente Lyndon B. Johnson e o ministro dos Negócios Estrangeiros Robert McNamara exploraram estes relatos para aprovar no Congresso a Resolução Golfo de Tonquim — a qual era realmente uma declaração de guerra. Cinquenta mil americanos acabaram por morrer, centenas de milhares ficaram tragicamente afectados. O herbicida Agente Laranja foi utilizado para envenenar terras agrícolas. Isto é o que acontece quando os governos e a elite do poder orquestram guerras. Há realmente um nível de maldade, um ódio à humanidade. Eis porque Henry Kissinger disse certa vez acerca do guerra entre o Iraque e o Irão: "Espero que eles se matem um ao outro", ou: "O petróleo é uma mercadoria demasiado importante para ser deixada nas mãos dos árabes". LMd: Será possível, analogamente, sugerir que poderia ter havido um grupo secreto ligado ao governo, um "estado dentro do estado", que planeou e produziu o 11 de Setembro? LJ: Sim. É preciso lembrar que há grupos de agentes privados, exércitos privados que existem fora do campo de visão do Congresso. Eles executam operações encobertas dentro da CIA, e cortaram todo contacto com o governo americano, que da sua parte não tem conhecimento acerca do que está em andamento. Isto tem estado a acontecer desde a década de 1950. Quando Dwight Eisenhower deixou a presidência disse que deveríamos ficar vigilantes quando ao controle abrangente do complexo militar-industrial. Nestes dias, ainda temos um governo sombra, um governo invisível, e acreditamos que este trabalha em conjunto com elementos dentro das agências de inteligências, MI5, MI6, e talvez a Mossad. O MI5 e a CIA certamente trabalham em conjunto a traduzir a agenda para a elite internacional do poder. LMd: Não tem receio de ser etiquetado como um teórico da conspiração? LJ: A expressão "Teoria da conspiração" também deve ser entendida como uma estratégia dos mass media e de indivíduos dentro da elite do poder para lançar sementes de dúvida acerca desta espécie de informação. O facto é que, ao contrário, há um conjunto de exemplos de conspirações reais da parte das autoridades. Por exemplo: o caso Irão-Contras foi o resultado de uma enorme conspiração que permitiu a venda de narcóticos a fim de comprar armas para os Contras. E temos o escândalo BCCI em 1991 — um escândalo bancário maciço. Também há a votação na Florida em 2000 e no Ohio em 2004. Se alguém estuda estas coisas, conspirações gigantescas podem ser descobertas. E então todas as mentiras que levaram à invasão do Iraque? Disseram-nos que armas de destruição em massa certamente existiam e que Saddam tentou comprar urânio ("yellow cake") à Nigéria. Era tudo mentira e engano. Esta espécie de eventos precisa de uma conspiração! A versão oficial do governo americano acerca do que aconteceu no 11/Set é uma escandalosa teoria da conspiração; não se pode acreditar nela. Na nossa organização somos detectives e investigadores. Nós elaborámos uma teoria e somos na verdade extremamente rigorosos em descobrir as melhores análises possíveis. Jamieson não é o único a subscrever tais teorias. A participação de muitos grupos comunitários e pessoal de serviço ligado ao 9/11Truth gerou uma série de investigações e artigos. Um grupo chamado "Scholars for 9/11 Truth" descreve-se como "... uma associação não partidária de estudantes e académicos, em campos tão diversos como história, ciência, assuntos militares, psicologia e filosofia, dedicada a expor falsidades e revelas verdades por trás do 11/Set". [20] Ela foi estabelecida pelo professor de filosofia James H. Fetzer e o professor de física Steven E. Jones — o principal perido do movimento acerca do colapso das Twin Towers. O trabalho deste último será publicado em Setembro, uma contribuição para a antologia 9/11 & American Empire: Intellectuals Speak Out (eds. David Ray Griffin and Peter Dale Scott, 2006). Nafeez Mosaddeq Ahmed [21] escreveu um dos primeiros livros publicados a questionar a versão oficial do 11/Set: The War on Freedom: How and Why America was Attacked, September 11th, 2001 (2002). Ali se apresenta uma crítica profunda da política externa americana, tanto a anterior como a posterior ao 11/Set. Paul Thompson, da Scholars for 9/11Truth, é de autor de The Terror Timeline. A Comprehensive Chronicle of the Road to 9/11 and America's Response. Trata-se de uma colecção abrangente de artigos com notícias acerca do 11/Set. Thompson trabalha no Centre for Cooperative Research. Outro membro muito falado de Scholars for 9/11Truth é David Ray Griffin (ver acima). Griffin é também a força dinâmica por trás da organização MUJCA-net — um fórum de discussão para cristãos, judeus, muçulmanos e outros crentes que são cépticos quanto à explicação oficial do 11/Set. À testa da organização está o intelectual, médico e imam Faiz Khan, que trabalha num hospital judeu em Nova York. No ensaio "The Paralysis of Discourse; The Incompetence of Academia, and The Need for an Accurate Diagnosis", [22] ele argumenta que o 11/Set precipitou uma simplificação da linguagem e das ideias acerca do que significa ser muçulmano e árabe — especialmente quando muçulmanos do mundo todo são responsabilizados por acções executadas por uma pequena minoria de terroristas. Khan acredita que os sequestradores mais provavelmente foram "falsos" muçulmanos, i.e, que não eram muçulmanos nas suas crenças do modo como a política externa americana é americana. Que a culpa pelos ataques terroristas seja atribuída a alguma coisa tão difusa como uma "rede militar islâmica", acredita ele, equivale a uma abdicação da responsabilidade pelos EUA, uma vez que estes trabalharam em conjunto com o ISI (inteligência paquistanesa) e a Arábia Saudita para construírem aquelas redes.
Este artigo foi elaborado por iniciativa apenas da edição norueguesa de Le Monde Diplomatique. Notas [1] O título completo da Comissão é: The National Commission on Terrorist Attacks Upon the United States. O seu relatório pode ser descarregado de:
Também o sítio web Voltairet.org publicou uma nota a respeito: Flagrants délits .
Cada vez mais pessoas nos EUA estão convencidas de que as autoridades americanas estão a esconder o seu envolvimento na tragédia do 11/Set. Declarações de testemunhas, marcadas como confidencial durante vários anos, mostram agora que pode ter havido demolição controlada. O governo havia há muito previsto um tal incidente — como indica o documento republicano de 2000, Rebuilding America's defences. A organização 9/11Truth acredita que os EUA provavelmente orquestraram um incidente deste tipo a fim de justificar a invasão do Iraque e do Afeganistão, bem como a restrição de liberdades civis dentro dos EUA através da aprovação do Patriot Act. Revelou-se agora que em 1962 o principal líder militar da América concebeu um plano para um ataque premeditado aos americanos, o qual teria envolvido o derrube de um avião de passageiros, de modo a que a culpa pudesse ser lançada sobre Cuba. Assim, por que deveria isto ser excluído nos dias de hoje? Muitos também acreditam que a inteligência paquistanesa cooperou com a CIA e a Al-Qaeda porque esta transferiu somas significativas de dinheiro para o sequestrador Mohammed Atta nos dias que antecederam o 11/Set. Eles tinham mesmo Bin Laden sob vigilância durante o período do seu tratamento num hospital militar em Peshawar, Paquistão, em Setembro de 2001. A maior parte de nós consideraria estranho que o impacto de um avião de passageiros não fosse suficiente para provocar o colapso de um arranha-céu. Assim, poucos foram os que puseram em dúvida o que se chocou com as Twin Towers ou as identidades dos perpetradores. Contudo, nos anos a seguir, vários indivíduos e grupos, tanto na América do Norte como na Europa, começaram a por em dúvida a precisão disto. Para eles, um conjunto de circunstâncias contraditórias em torno dos ataques não corresponde às explicações das autoridades americanas e da Comissão do 11/Set nomeada pelo Congresso. [1] Uma razão chave para esta dúvida é que há testemunhos do 11/Set a descrever eventos que não concordam com os eventos da estória oficial [2] . Um exemplo é o dos espectadores que ouviram e viram aquilo que acreditaram ser explosões nas Twin Towers antes de elas serem batidas pelos aviões. Polícias pensaram que aquilo parecia a uma "implosão planeadas". [3] O bombeiro Richard Banaciski relatou que "Parecia como na televisão quando eles explodem edifícios. Parecia como se estivessem a correr tudo à volta, como num cinturão, todas aquelas explosões". O assistente do comissário dos bombeiros Stephen Gregory afirmou: "Viu um flash flash flash no nível mais baixo do edifício. Você sabe, como quando eles demolem um edifício" [4] Outra declaração de uma testemunha controversa veio de um trabalhador da manutenção, William Rodriguez, que estava a trabalhar na Torre Norte no 11/Set. Numa entrevista a New York Magazine, [5] ele afirmou que primeiro ouviu uma enorme explosão quando estava numa das caves do arranha-céus e testemunhou o aparecimento de vítimas, com a pele dos braços queimada pelos fogos no poço do elevador. Após a explosão na cave ele ouviu outra vinda de cima. Era o Boeing 767. Williams foi o último sobrevivente a ser resgatado do piso zero do World Trade Center. Ele foi saudado como um herói e convidado a visitar Geroge Bush a Casa Branca. Posteriormente, quando tentou publicitar sua estória acerca da explosão na cave, foi rejeitado pelas autoridades americanas. Agora abriu um processo judicial contra estas mesmas autoridades, sob o Estatuto Rico, uma disposição legal concebida originalmente para processar famílias da Mafia. Além de declarações de testemunhas que descrevem uma demolição controlada das Twin Towers, com explosivos, críticos da administração Bush acreditam que há vários conjuntos de circunstâncias em torno do 11/Set que dão boas razões para suspeitar que a estória oficial é incorrecta. É um facto que nenhum dos quatro aviões sequestrados foi interceptado por aviões caça. Que isto não tenha acontecido, combinado com o facto de que a maioria da força aérea estava envolvida em exercícios militares, deu peso à suspeição de que a força de defesa aérea americana deu a ordem de "ficar em terra" ("stand down") de modo a que os ataques terroristas pudessem progredir sem impedimentos. Outra circunstância suspeita é que o WTC 7 — também conhecido como Edifício 7 — um arranha-céus de 47 andares, entrou em colapso sem ter sido batido por qualquer dos aviões. Inversamente, os edifícios adjacentes ainda estão intactos. No que se refere a advertências prévias dos ataques, afirmações de que a National Security Agency (NSA) no verão de 2001 monitorou conversações plenamente traduzidas — em tempo real — entre Mohammed Atta e Khalid Shaikh Mohammed levantaram preocupações. Numa das conversações, Atta aparentemente deu a Mohammed sinal verde para os ataques. A NSA deveria portanto ter sido avisada previamente. Quanto à investigação que poderia ter levado à detenção dos sequestradores, o agente do FBI Colleen Rowley afirma que os directores do FBI obstruíram intencionalmente sua investigação de Zacarias Moussaoui — no tempo em que ele estava ocupado na escola de voo de Minneapolis. Eles fizeram isto apesar de terem recebido avisos da inteligência francesa. Rowley acredita que, se o FBI tivesse aprovado a investigação, eles poderiam ter descoberto os planos de Moussaoui bem como aqueles dos outros sequestradores matriculados nas escolas de voo [6] . Que a inteligência paquistanesa (ISI) tenha transferida quantias significativas de dinheiro para Mohammed Atta nos dias que antecederam o 11/Set é, acreditam alguns, prova da cooperação entre o ISI, a CIA e a Al-Qaida. [7] Também pode parecer suspeito que George Bush tenha afirmado que as autoridades americanas renunciaram à caçada a Osama bin Laden, o principal suspeito por trás do 11 de Setembro. O general Richard Myers também declarou que a guerra no Afeganistão não era para encontrar bin Laden. [8] Um antigo agente da CIA, Gary Berntsen, afirmou mais uma vez que a administração Bush deixou bin Laden escapar quando ele estava encurralado num bolsão das montanhas Tora Bora, em 2001 no Afeganistão. [9] Também se sabe que a inteligência americana estava plenamente consciente do paradeiro de bin Laden em Julho 2001, quando ele foi tratado de uma afecção nos rins num hospital americano em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos [10] . Uns poucos meses depois, em Setembro, ele também recebeu tratamento num hospital militar em Peshawar, no Paquistão, sob a vigilância da inteligência paquistanesa. [11] A existência de circunstâncias e testemunhos que contradizem aspectos da estória oficial levou algumas pessoas e grupos a investigarem explicações alternativas para o que acontecem no 11/Set. Brotou uma verdadeira selva de teorias acerca do que realmente aconteceu nos EUA cinco anos atrás. As teorias desenrolam-se em várias direcções, interconectadas. Uma comparação das diferentes opiniões é apresentada no livro The New Pearl Harbor – Disturbing Questions about the Bush-Administration and 9/11 (2004), de David Ray Griffin, Professor de Teologia na Claremont School of Theology de Claremont, Califórnia. Uma premissa chave que ele apresenta no livro é que a responsabilidade pelos ataques do 11/Set podem, em grande medida, ser atribuída a antigos membros do think tank neoconservador Project for a New American Century (PNAC), que são agora os actores chave na administração Bush. No documento "Rebuilding America's defences: strategies, forces and resources for a New American Century" (2000), [12] escrito por membros do PNAC, é afirmado que: "O processo de transformação, mesmo que provoque mudança revolucionária, provavelmente será longo se faltar um evento catastrófico e catalisador como um novo Pearl Harbour". O título do livro de Griffin menciona a declaração do PNAC de que a transformação dos militares americanos precisava "um novo Pearl Harbour". Griffin encara esta citação à luz do princípio legal do cui bono? (a quem aproveita?) e conclui que o 11/Set foi precisamente o catalisador que a administração Bush precisava. Portanto, para Griffin, é provável que os EUA orquestraram um incidente deste tipo a fim de justificar a invasão do Iraque e do Afeganistão, bem como a redução das liberdades civis nos EUA através do Patriot Act. Que eles tenham optado por invadir países no Médio Oriente é encarado por Griffin simplesmente como uma extensão da cooperação que os EUA já tinham com a elite do poder na Arábia Saudita, com a inteligência paquistanesa (ISI), com o regime Taliban e com regime da Ásia Central. E para Griffin a agenda no Médio Oriente e Ásia Central é bastante clara: é acerca do controle tanto da produção como do transporte de petróleo através de oleodutos e navios petroleiros. Griffin não indica quaisquer figuras específicas responsáveis pela organização dos ataques do 11/Set. Declara apenas que há diferentes opiniões acerca do assunto. Para alguns, a especulação acerca da identidade daqueles responsáveis cai sobre agências de inteligência tais como a NSA, o FBI e a CIA. Outros acreditam que foi a Casa Branca. Um terceiro grupo acredita que foram figuras individuais como Dick Cheney, Paul Wolfowitz, Jed Bush, George Tenet e Donald Rumsfeld os arquitectos reais dos ataques. Alternativamente, outras possíveis combinações de perpetradores e organizações podem ter trabalhado em conjunto. No seu documento, "What is your 'HOP' level?" [13] Nicholas Levis estabelece as categorias de opiniões acerca dos ataques sob quatro títulos principais:
A estória oficial: Que Osama bin Laden foi responsável, que os aviões foram sequestrados por dezanove fundamentalistas muçulmanos e que a Casa Branca não recebeu qualquer advertência.
A teoria da incompetência: Aceita a estória oficial mas culpa a Casa Branca, FBI, CIA, NSA e outros de não seguirem as muitas advertências. Esta foi a linha adoptada, com um grande cuidado de encobrimento e volteios, no relatório da Comissão do 11/Set.
"O deixar acontecer intencionalmente" ("Letting It Happen on Purpose", LIHOP): Há numerosas variações desta. Refere-se principalmente às facções dentro das autoridades americanas e no sector privado que estavam conscientes dos planos dos sequestradores mas nada fizeram para impedi-los, uma vez que o 11/Set concordava com os seus objectivos políticos.
"O fazer acontecer intencionalmente" ("Making It Happen on Purpose", MIHOP): Autoridades ou forças privadas americanas planearam e executaram os ataques.
Para os cépticos, o denominador comum é a sua crença de que pelo menos um dos elementos da apresentação oficial do 11/Set é inexacta. Para aqueles que subscrevem a hipótese radical do MIHOP, uma premissa chave é que as Twin Towers — incluindo o Edifício 7 — entraram em colapso devido à demolição controlada por meio de explosivos: isto foi um trabalho interno ("inside job"). A parte técnica/de construção desta afirmação foi directamente refutada num relatório de aproximadamente 10 mil páginas escrito pelo National Institute of Standards and Technology (NIST), o qual afirma que foi o combustível dos aviões de passageiros que perturbou a estrutura das torres e que foi isto que finalmente levou-os ao colapso. [14] O NIST foi incapaz de apresentar uma explicação satisfatória de como e porque o terceiro edifício, o WTC 7, entrou em colapso sem ter sido atingido por um avião. [15] Steven E. Jones, professor de física da Brigham Young University, de Utah, rejeita as afirmações do NIST acerca das Twin Towers. Ele conta, por exemplo, como testemunhas oculares observaram que o aço de todos os três edifícios havia fundido (em alguns casos, o aço foi encontrado ardente ("glowing") três semanas após o ataque) e foi deformado de um modo que só podia ter sido provocado pelo que ele descreve como "cargas de corte" ("cutter charges") pré-posicionadas. Segundo Jones, estas cargas eram constituídas por thermate, HMX ou RDX, substâncias utilizadas em explosivos usados apenas em demolições controladas. Outro ponto importante para Jones é que os incêndios nos edifícios e o combustível dos aviões de passageiros (a temperatura máxima do combustível de aviões é de 1000 graus Celsius) não produziria calor suficiente para fundir o aço — para o que seriam exigidas temperaturas entre 1550 e 1990º C — dentro da uma hora a uma hora e meia que levou para as Twin Towers entrarem em colapso. [16] As afirmações de Jones são corroboradas pelo engenheiro Jim Hoffman. Após análises de vídos e fotos dos acontecimentos, Hoffman conclui que todos os três edifícios caíram quase simetricamente, à velocidade de queda livre, e directamente para baixo dentro das suas próprias fundações. De acordo com Hoffman, a velocidade do colapso, a pulverização do betão num pó "leitoso", e a presença de nuvens de pó horizontais observadas ao longo do WTC 7, estão associados com a utilização de explosivos pré-posicionados nos edifícios. [17] Muitos não acreditam mais na explicação oficial, mas estão convencidos de que o colapso das Torres foi um trabalho interno — tanto que as autoridades "deixaram acontecer" ou "fizeram acontecer". Muitos que depositam sua confiança em outras hipóteses juntaram forças sob o abrigo da organização 9/11Truth [18] —uma organização ad hoc constituída para existir até que a última questão não respondida acerca do 11/Set tenha encontrado resposta. A 9/11Truth reuniu uma amostragem significativa da sociedade, membros com diferentes lealdades políticas dirigem as mesmas organizações e grupos de lobby. Esta cooperação concentra-se principalmente em reuniões, demonstrações, produção de filmes documentários, fóruns Internet, publicações on line e conferências. No Reino Unido, foi estabelecido um ramo local da 9/11Truth chamado JulySeventhTruth, [19] assim denominado porque procura juntar as peças do que aconteceu durante os ataques terroristas em Londres a 7 de Julho de 2005. O porta-voz do NY9/11Truth, Les Jamieson, todos os domingo ajuda a organizar demonstrações no Piso Zero ou seminários na Igreja de St. Mark, disponibilizada pelo padre, Frank Morales. Jamieson conversou com Le Monde diplomatique: LMd: Será que o 11/Set representa uma nova justificação para a guerra? LJ: Não. Recentemente descobriu-se que, aqui nos EUA, as autoridades planearam uma operação encenada de modo semelhante, a Operation Northwoods: Um plano concebido em 1962 pelas mais altas patentes militares dos EUA. O plano era arranjar um ataque terrorista interno, na costa da Florida, onde seriam mortos americanos, derrubado um avião de passageiros, afundado um navio — e toda a culpa seria atirada sobre os cubanos. Assim, isto não é nada de novo, já foi feito antes. LMd: Quão cínico pode um governo tornar-se? LJ: Foi também uma mentira que desencadeou a Guerra do Vietnam — os eventos no Golfo de Tonquim. Foi relatado que barcos torpedo vietnamitas haviam atirado em navios americanos no Golfo de Tonquim. Mas estes relatos eram fictícios. O presidente Lyndon B. Johnson e o ministro dos Negócios Estrangeiros Robert McNamara exploraram estes relatos para aprovar no Congresso a Resolução Golfo de Tonquim — a qual era realmente uma declaração de guerra. Cinquenta mil americanos acabaram por morrer, centenas de milhares ficaram tragicamente afectados. O herbicida Agente Laranja foi utilizado para envenenar terras agrícolas. Isto é o que acontece quando os governos e a elite do poder orquestram guerras. Há realmente um nível de maldade, um ódio à humanidade. Eis porque Henry Kissinger disse certa vez acerca do guerra entre o Iraque e o Irão: "Espero que eles se matem um ao outro", ou: "O petróleo é uma mercadoria demasiado importante para ser deixada nas mãos dos árabes". LMd: Será possível, analogamente, sugerir que poderia ter havido um grupo secreto ligado ao governo, um "estado dentro do estado", que planeou e produziu o 11 de Setembro? LJ: Sim. É preciso lembrar que há grupos de agentes privados, exércitos privados que existem fora do campo de visão do Congresso. Eles executam operações encobertas dentro da CIA, e cortaram todo contacto com o governo americano, que da sua parte não tem conhecimento acerca do que está em andamento. Isto tem estado a acontecer desde a década de 1950. Quando Dwight Eisenhower deixou a presidência disse que deveríamos ficar vigilantes quando ao controle abrangente do complexo militar-industrial. Nestes dias, ainda temos um governo sombra, um governo invisível, e acreditamos que este trabalha em conjunto com elementos dentro das agências de inteligências, MI5, MI6, e talvez a Mossad. O MI5 e a CIA certamente trabalham em conjunto a traduzir a agenda para a elite internacional do poder. LMd: Não tem receio de ser etiquetado como um teórico da conspiração? LJ: A expressão "Teoria da conspiração" também deve ser entendida como uma estratégia dos mass media e de indivíduos dentro da elite do poder para lançar sementes de dúvida acerca desta espécie de informação. O facto é que, ao contrário, há um conjunto de exemplos de conspirações reais da parte das autoridades. Por exemplo: o caso Irão-Contras foi o resultado de uma enorme conspiração que permitiu a venda de narcóticos a fim de comprar armas para os Contras. E temos o escândalo BCCI em 1991 — um escândalo bancário maciço. Também há a votação na Florida em 2000 e no Ohio em 2004. Se alguém estuda estas coisas, conspirações gigantescas podem ser descobertas. E então todas as mentiras que levaram à invasão do Iraque? Disseram-nos que armas de destruição em massa certamente existiam e que Saddam tentou comprar urânio ("yellow cake") à Nigéria. Era tudo mentira e engano. Esta espécie de eventos precisa de uma conspiração! A versão oficial do governo americano acerca do que aconteceu no 11/Set é uma escandalosa teoria da conspiração; não se pode acreditar nela. Na nossa organização somos detectives e investigadores. Nós elaborámos uma teoria e somos na verdade extremamente rigorosos em descobrir as melhores análises possíveis. Jamieson não é o único a subscrever tais teorias. A participação de muitos grupos comunitários e pessoal de serviço ligado ao 9/11Truth gerou uma série de investigações e artigos. Um grupo chamado "Scholars for 9/11 Truth" descreve-se como "... uma associação não partidária de estudantes e académicos, em campos tão diversos como história, ciência, assuntos militares, psicologia e filosofia, dedicada a expor falsidades e revelas verdades por trás do 11/Set". [20] Ela foi estabelecida pelo professor de filosofia James H. Fetzer e o professor de física Steven E. Jones — o principal perido do movimento acerca do colapso das Twin Towers. O trabalho deste último será publicado em Setembro, uma contribuição para a antologia 9/11 & American Empire: Intellectuals Speak Out (eds. David Ray Griffin and Peter Dale Scott, 2006). Nafeez Mosaddeq Ahmed [21] escreveu um dos primeiros livros publicados a questionar a versão oficial do 11/Set: The War on Freedom: How and Why America was Attacked, September 11th, 2001 (2002). Ali se apresenta uma crítica profunda da política externa americana, tanto a anterior como a posterior ao 11/Set. Paul Thompson, da Scholars for 9/11Truth, é de autor de The Terror Timeline. A Comprehensive Chronicle of the Road to 9/11 and America's Response. Trata-se de uma colecção abrangente de artigos com notícias acerca do 11/Set. Thompson trabalha no Centre for Cooperative Research. Outro membro muito falado de Scholars for 9/11Truth é David Ray Griffin (ver acima). Griffin é também a força dinâmica por trás da organização MUJCA-net — um fórum de discussão para cristãos, judeus, muçulmanos e outros crentes que são cépticos quanto à explicação oficial do 11/Set. À testa da organização está o intelectual, médico e imam Faiz Khan, que trabalha num hospital judeu em Nova York. No ensaio "The Paralysis of Discourse; The Incompetence of Academia, and The Need for an Accurate Diagnosis", [22] ele argumenta que o 11/Set precipitou uma simplificação da linguagem e das ideias acerca do que significa ser muçulmano e árabe — especialmente quando muçulmanos do mundo todo são responsabilizados por acções executadas por uma pequena minoria de terroristas. Khan acredita que os sequestradores mais provavelmente foram "falsos" muçulmanos, i.e, que não eram muçulmanos nas suas crenças do modo como a política externa americana é americana. Que a culpa pelos ataques terroristas seja atribuída a alguma coisa tão difusa como uma "rede militar islâmica", acredita ele, equivale a uma abdicação da responsabilidade pelos EUA, uma vez que estes trabalharam em conjunto com o ISI (inteligência paquistanesa) e a Arábia Saudita para construírem aquelas redes.
Este artigo foi elaborado por iniciativa apenas da edição norueguesa de Le Monde Diplomatique. Notas [1] O título completo da Comissão é: The National Commission on Terrorist Attacks Upon the United States. O seu relatório pode ser descarregado de:
http://www.9-11commission.gov/report/index.htm [2] Ler vários relatos semelhantes de testemunhos transcritos dos registo feitos pelo New York's Fire Department: http://graphics8.nytimes.com/packages/html/nyregion/20050812_
WTC_GRAPHIC/met_WTC_histories_full_01.html [3] Ver artigo: "Everyone was screaming, crying, running. It's like a war zone", The Guardian 12 September 2001. http://www.guardian.co.uk/september11/
story/0,11209,600839,00.html [4] Testemunhos de ambos os bombeiros são apresentados neste sítio:
http://www.911truth.org/article.php?story=20060118104223192 [5] Jakobson, Mark,
"The Ground Zero Grassy Knoll" em New York Magazine 27 March 2006. http://www.newyorkmetro.com/news/features/16464/index.html
[6] Ver artigo, "Why Didn't the FBI Fully Investigate Moussaoui?" em Time Magazine, 23 May 2002. http://www.time.com/time/nation/article/0,8599,249500,00.html
[7] Griffin, David Ray (2004): The New Pearl Harbour – Disturbing Questions about the Bush Administration and 9/11, Ariss Publishing, 109-110. [8] Ibid. 107. [9] Ver artigo, "Eksagent saksøker CIA", Aftenposten, 29 July 2005. http://www.aftenposten.no/nyheter/uriks/terror/article1087864.ece
[10] Sampson, Anthony: "CIA agent alleged to have met Bin Laden in July", The Guardian, 1 November 2001, http://www.guardian.co.uk/waronterror/
Ver artigo, "Overt assistance from Pakistan may bring dire consequences" in Jane's Intelligence Digest, published 20 September 2001.
news/jid/jid010920_1_n.shtml
[12] Fra Kap.V, "Creating Tomorrow's Dominant Force in the Document Rebuilding Amercia's defenses: Strategies, Forces and Resources for a New American Century", publicado em Setembro de 2000 por Project for a New American Century, 50-51. http://newamericancentury.org/RebuildingAmericasDefenses.pdf
[13] Nicholas Levis, "What is your 'HOP'-level?", citado por Jakobson, Mark: "The Ground Zero Grassy Knoll" in New York Magazine 27 March 2006. [14]
[15] Isto é afirmado pelo Dr. Sunder, que dirigiu a investigação do Edifício 7 para o NIST, no artigo "The Ground Zero Grassy Knoll" no New York Magazine, 27 March 2006. [16] Ver: http://www.physics.byu.edu/research/energy/htm7.html
[18] Ver: http://www.911truth.org/
[19]Ver: http://julyseventh.co.uk/
[20] Ver: http://www.scholarsfor911truth.org/
[21] Director Executivo do Institute for Policy Research and Development (IPRD), também ligado ao 9/11Truth, crítico de media e activista de direitos humanos em Londres. Anteriormente foi investigador da Islamic Human Rights Commission (IHRC), com sede em Londres. [22] Ver: http://www.mujca.com/muslims.htm
Kim Bredesenhttp://resistir.info/
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