sexta-feira, setembro 08, 2006

A “guerra das civilizações”

Um plano para estender a hegemonia dos EUA


A teoria da conspiração islâmica mundial e do choque das civilizações foi elaborada progressivamente, desde 1990, para fornecer uma ideologia de substituição ao complexo militar­‑industrial estadunidense após o desmoronamento da URSS. O orientalista britânico Bernard Lewis, o estratego estadunidense Samuel Huntington e o consultor francês Laurent Murawiec foram os principais inventores. Ela permite justificar, de modo nem sempre racional, a cruzada estadunidense pelo petróleo.
Os atentados do 11 de Setembro de 2001, atribuídos pela administração Bush a uma «conspiração islamita», foram interpretados nos Estados Unidos e na Europa como a primeira manifestação de um «choque das civilizações». O mundo arabo­‑muçulmano teria entrado em guerra contra o mundo judaico­‑cristão. Esta confrontação só poderia encontrar solução no triunfo de um em detrimento do outro, fosse o do Islão com a imposição de um Califado mundial (ou seja, de um Império islâmico), fosse o dos «valores da América» partilhados com um Islão modernizado num mundo globalizado.

UMA DOUTRINA APOCALÍPTICA

A teoria da conspiração islâmica e do choque das civilizações oferece uma explicação holística do mundo. Ordena o mundo posterior ao desaparecimento da URSS. Já não há confrontação Leste-Oeste entre duas superpotências animadas de ideologias antagónicas, mas uma guerra entre duas civilizações, ou antes entre a civilização moderna e uma forma arcaica de barbárie.
Postulando que o Islão está em guerra contra os valores da América, esta teoria subentende em primeiro lugar que o Islão não é modernizável. Esta cultura é indissociável da sociedade árabe do século VIII cujas estruturas perpetua, nomeadamente o estatuto inferior das mulheres. Ela só concebe a sua expansão através da violência segundo o modelo das guerras do Profeta.
Esta teoria supõe igualmente que «a América» é portadora de liberdade, de democracia e de prosperidade. Que ela encarna a modernidade e representa o ponto final do progresso e o fim da História.
O 11 de Setembro de 2001 é a primeira batalha desta guerra das civilizações, como Pearl Harbour é a primeira batalha da Segunda Guerra mundial vista dos Estados Unidos. Quer dizer que esta guerra não se assemelha às precedentes. Durante as duas primeiras guerras mundiais, coligações militares entregavam-se a um combate de titãs. Durante a guerra fria, os combates militares são limitados a zonas periféricas, ou mesmo a conflitos de baixa intensidade (guerrilhas), enquanto a confrontação central opõe ideologicamente duas superpotências. Durante a Quarta Guerra mundial que acaba de começar, as batalhas militares clássicas desaparecem em proveito das guerras assimétricas: uma única potência, líder dos Estados, combate um terrorismo não­‑estatal omnipresente.
Não se trata, no entanto, de uma guerra entre o despotismo dos Estados e grupos de resistentes, mas pelo contrário de uma revolta das democracias contra a tirania islamita que oprime o mundo arabo­‑muçulmano e tenta impor o Califado mundial.
Esta luta do Bem e do Mal encontra o seu ponto de cristalização em Jerusalém. É com efeito lá que, na sequência do Armagedão, deve ter lugar o regresso de Cristo que marcará o triunfo do «destino manifesto» dos Estados Unidos, «única nação livre sobre a terra», encarregada pela Divina Providência de trazer «a luz do progresso ao resto do mundo». Portanto, o apoio incondicional a Israel perante o terrorismo islamita é um dever patriótico e religioso para qualquer cidadão estadunidense, ainda que os judeus só possam esperar a salvação através da conversão ao cristianismo.

UM COMPLEXO

Esta exposição da teoria da conspiração islamita e do choque das civilizações não força de modo algum o traço. É fiel à vulgata dos meios de comunicação social e dos partidos políticos nos Estados Unidos. Podemos, bem entendido, interrogarmo­‑nos simultaneamente sobre os preconceitos que lhe servem de base, a sua coerência interna e a sua natureza irracional.
Os conceitos de mundo arabo­‑muçulmano e de mundo judaico­‑cristão são eles mesmos contestáveis. Originalmente o termo judaico-cristão não designa o conjunto Judeus mais Cristãos, mas pelo contrário o pequeno grupo dos primeiros Cristãos quando eram ainda judeus, antes de a Igreja se separar da Sinagoga. Mas no fim dos anos 60, ou seja, após a aproximação israelo-estadunidense e a guerra dos Seis dias, este termo toma um sentido político. Designa o bloco atlantista, qualificado de Ocidente, face ao bloco soviético, chamado Leste.
Observa-se aqui uma reciclagem dos conceitos. O Ocidente permanece mais ou menos o mesmo hoje, enquanto o adversário já não é o Leste, mas o Oriente. Estes conceitos não têm nada a ver, nem com a geografia, nem com a cultura, mas unicamente com a propaganda. Assim, a Austrália e o Japão são politicamente ocidentais, como de resto dois Estados europeus de população muçulmana, a Turquia e a Bósnia­‑Herzegovina. Enfrenta-se de resto aí o maior problema: em numerosos Estados, e particularmente em redor do Mar Mediterrâneo, é impossível distinguir actualmente civilização judaico­‑cristã e civilização arabo­‑muçulmana. A guerra das civilizações supõe por conseguinte que se suscitem guerras civis para separar as populações. Deste ponto de vista, uma experiência bem sucedida foi realizada na Jugoslávia. A perseguição e a realização do projecto de separação implica a liquidação do idealismo laico. É por conseguinte inevitável, a longo prazo, que a resistência estrutural mais importante dentro do campo «ocidental» seja a República francesa [1].
Além disso, o preconceito segundo o qual o Islão é incompatível com a modernidade e a democracia pressupõe uma grande ignorância. A expressão “mundo arabo­‑muçulmano” sublinha que o Islão é actualmente bem mais largo que o mundo árabe, mas ao mesmo tempo a representação que dele fazemos não pode ser mais estreita. Muito raros são os estadunidenses que sabem que a Indonésia é o primeiro Estado muçulmano do mundo. Pode-se razoavelmente dizer que Abu Dhabi e o Dubai são menos modernos que o Kansas? Pode­‑se sinceramente afirmar que o Bahrain é menos democrático que a Florida? Um dos recursos deste discurso é assimilar o Islão à Arábia do século VIII, mas vem ao espírito de alguém assimilar o cristianismo à Antiguidade do oriente próximo­?
Correlativamente, esta teoria assenta sobre a crença nos «valores da América». E é bem de uma crença que se trata, pois como se pode ter em tão elevada consideração um país cuja Constituição não reconhece a soberania popular, cujo presidente não é eleito mas nomeado, onde a corrupção dos deputados não é proibida mas regulamentada, onde os que se devem apresentar à justiça podem ser retidos em segredo, que mantém um campo de concentração em Guantánamo, que pratica a pena de morte e a tortura, onde os proprietários dos grandes jornais recebem semanalmente as suas ordens da Casa Branca, que bombardeia populações civis no Afeganistão, que rapta um presidente democraticamente eleito no Haiti, que financia mercenários para derrubar regimes democráticos na Venezuela e em Cuba, etc.?
Enfim, esta teoria é indissociável de um pensamento religioso de carácter apocalíptico. A revolução americana é um movimento complexo onde se misturaram ideologias diferentes. Mas finalmente, foi sobre um projecto religioso que se fundaram e é deste projecto original que se reclama a actual administração. O juramento de fidelidade, em vigor desde a Guerra fria e actualmente contestado perante o Tribunal Supremo, implica que é necessário crer em Deus para ser cidadão dos Estados Unidos. George W. Bush acedeu à Casa Branca apresentando a sua fé em Jesus como programa político. Ele professa crenças fundamentalistas segundo as quais a humanidade foi criada há apenas alguns milhares de anos e sem evolução das espécies. Instalou na Casa Branca um Gabinete das iniciativas baseadas na fé. O procurador­‑geral John Ashcroft fez sua a divisa «Não temos outro rei que Jesus». O secretário da Saúde cortou programas profilácticos em nome das suas convicções religiosas. O secretário da Defesa embarcou os missionários da Igreja do pastor Graham nas forças da Coligação no Iraque com a missão de converter os iraquianos. Etc. Emace de tudo isto, podemos razoavelmente interrogarmo‑nos se os Estados Unidos são efectivamente um país moderno, aberto e tolerante, ou se não encarnam o sectarismo e o arcaísmo.

ORIGEM DO CONCEITO

A expressão “choque das civilizações” apareceu primeira vez num artigo do orientalista Bernard Lewis, em 1990, amavelmente intitulado “As raízes da raiva muçulmana” [2]. O propósito é lançado: o Islão não traz nada de bom e os muçulmanos concebem uma amargura que se transforma em fúria contra o Ocidente. Mas a vitória dos Estados Unidos é certa, bem como o libanização do Médio Oriente e o reforço de Israel.
Actualmente com a idade de 88 anos, Bernard Lewis nasceu no Reino Unido. Seguiu uma formação de jurista e de islamólogo. Durante a Segunda Guerra mundial, serviu nos serviços militares de informação e no Gabinete árabe dos Negócios Estrangeiros. Nos anos sessenta, tornou-se um perito ouvido do Royal Institute of International Affairs onde apareceu como o especialista da ingerência humanitária britânica no Império Otomano e um dos últimos defensores do Império Britânico. Sob os auspícios da CIA, participou no Congresso para a Liberdade da Cultura, que encomendou uma obra, O Médio Oriente e o Ocidente [3]. Em 1974, emigrou para os Estados Unidos. Tornou-se professor em Princeton e foi naturalizado. Cedo se tornou um colaborador de Zbigniew Brzezinski, o conselheiro nacional de segurança do presidente Carter. Juntos teorizaram o conceito de «arco de instabilidade» e puseram em prática a desestabilização do governo comunista no Afeganistão. Em França, Bernard Lewis foi membro da muito atlantista Fundação Saint-Simon para a qual redigiu, em 1993, um opúsculo: Islão e democracia. Nesta ocasião, foi entrevistado pelo diário Le Monde. Durante a entrevista, empenhou­‑se em negar o genocídio arménio, o que lhe valeu ser condenado pela justiça [4].
Contudo, a noção de choque das civilizações evoluiu rapidamente. Passou de um discurso neocolonial sobre a supremacia do homem branco para a descrição de um confronto mundial cuja saída é incerta. Esta nova acepção deve-se ao professor Samuel Huntington que não é islamólogo, mas estratego. Desenvolve-a em dois artigos, O choque das civilizações? e O Ocidente é único, não universal, e um livro cujo título original é O choque das civilizações e a mudança na ordem mundial [5].

Já não se trata somente de combater contra os muçulmanos, mas primeiro contra eles, e depois contra o mundo chinês. Como no mito dos Horácios e Curiácios, os Estados Unidos devem eliminar os seus adversários um após outro para esperar a vitória final.
Samuel Huntington é um dos grandes intelectuais do nosso tempo. Não que as suas obras sejam rigorosas e brilhantes, mas porque formam o corpo ideológico do fascismo contemporâneo.
No seu primeiro livro, O Soldado e o Estado, aparecido em 1957, tenta demonstrar que existe uma casta militar de ideologicamente unida enquanto que os civis estão sempre politicamente divididos [6]. Desenvolve uma concepção da sociedade onde o comércio seria desregulado, onde o poder político seria detido pelos proprietários das multinacionais sob a tutela de uma guarda pretoriana.
Em 1968, publica A ordem política nas sociedades em mudança, uma tese na qual afirma que só regimes autoritários são capazes de modernizar os países do terceiro mundo [7]. Secretamente, participa na constituição de um grupo de reflexão que apresenta um relatório ao candidato à presidência, Richard Nixon, sobre o modo de reforçar as acções secretas da CIA [8].
Em 1969-70, Henry Kissinger, que aprecia o seu gosto pelas acções secretas, fá­‑lo nomear para a Comissão Presidencial para o Desenvolvimento Internacional [9]. Preconiza um jogo dialéctico entre o Departamento de Estado e as multinacionais: o primeiro deverá exercer pressões sobre os países em vias de desenvolvimento de modo que adoptem legislações liberais e renunciem às nacionalizações, enquanto os segundos deverão fazer beneficiar o departamento de Estado do conhecimento que têm dos países onde estão implantadas [10].
Junta-se então ao Wilson Center e cria a revista Foreign Policy. Em 1974, Henry Kissinger fá­‑lo nomear para a Comissão das Relações EUA-América Latina. Participa activamente na instauração dos regimes dos generais Augusto Pinochet no Chile e Jorge Rafael Videla na Argentina. Testa pela primeira vez o seu modelo social e prova que uma economia desregulada é compatível com uma ditadura militar. Paralelamente, o seu amigo Zbigniew Brzezinski fá­‑lo entrar num círculo privado, a Comissão Trilateral. Aí redige um relatório, A Crise da democracia [11] no qual se pronuncia por uma sociedade mais elitista, onde o acesso às universidades seria rarificado e a liberdade da imprensa controlada.
Enquanto os membros das administrações Nixon e Ford são demitidos por Jimmy Carter e os Estados Unidos invertem a sua política na América Latina, Huntington repescado pelo seu amigo Brzezinski, tornado conselheiro nacional de segurança. Graças a isso, permanece na Casa Branca e torna-se coordenador da planificação no Conselho. É neste período que começa a colaborar estreitamente com Bernard Lewis e que concebe a necessidade de dominar primeiro as zonas petrolíferas do arco de instabilidade antes de poder atacar a China comunista. Isso não se chama ainda o choque das civilizações, mas a ele se assemelha.
Mas o professor Samuel Huntington deve fazer face a um bem penoso escândalo. Revela-se que é pago pela CIA para publicar artigos em revistas universitárias que justifiquem o recurso à acção secreta para manter a ordem nos países onde ditadores amigos morrem de repente. Esquecido este episódio, Frank Carlucci nomeia­‑o para a Comissão conjunta do Conselho de Segurança Nacional e do Departamento da Defesa para a estratégia integrada a longo prazo [12]. O seu relatório servirá de justificação para o programa de «guerra das estrelas».
O professor Huntington é hoje administrador da Casa da Liberdade (Freedom House), uma associação anticomunista presidida pelo antigo director da CIA, James Woolsey.

JERUSALÉM E MECA

A teoria da guerra das civilizações cristaliza­‑se sobre as questões religiosas. O controlo judaico-cristão de Jerusalém é um talismã necessário para a vitória global. Se o Ocidente perdesse a cidade santa, perderia a força para realizar o seu destino manifesto, a sua missão divina. Reciprocamente, se os muçulmanos perdessem o controlo de Meca, a sua religião esmoreceria. Evidentemente, tudo isso não é muito racional, mas estes superstições são omnipresentes nos meios de comunicação social populares estadunidenses. Inscrevem­‑se também num discurso político estruturado.
No dia 10 de Julho de 2002, Donald Rumsfeld e Paul Wolfowitz convocaram a reunião trimestral do Comité Consultivo da Política de Defesa [13]. Só uma dúzia de membros está presente. Ouve­‑se uma exposição de um perito francês da Rand Corporation, Laurent Murawiec: Pôr os Seoud fora da Arábia. A conferência desenrola­‑se em três partes e vinte e quatro diapositivos. Inicialmente, Murawiec retoma as teorias de Bernard Lewis: o mundo árabe atravessa uma crise desde há dois séculos. Foi incapaz de realizar tanto a sua revolução industrial como a sua revolução digital. Este malogro suscita uma frustração que se transforma em raiva anti­‑ocidental. Tanto quanto os Árabes não sabem debater, porque na sua cultura a violência é a única forma de política. Deste ponto de vista, os atentados do 11 de Setembro são apenas a expressão sintomática do seu excesso.
Subsequentemente, Murawiec descreve a família real saudita como ultrapassada pelos acontecimentos. Desenvolveu no mundo o wahhabismo tanto para lutar contra o comunismo como contra a revolução iraniana, mas hoje, está ultrapassada pelo que criou.
Por fim, o conferencista propõe uma estratégia: os Saoud detêm simultaneamente o petróleo (aí está), os petrodólares e a guarda dos lugares santos. Eles são o pilar central e único em torno do qual se organiza o mundo arabo­‑muçulmano. Desembaraçando-se deles, os Estados Unidos podem recuperar o petróleo do qual têm necessidade para a sua economia, o dinheiro que provém do petróleo que fizeram mal em pagar no passado, e sobretudo os lugares santos, logo o controlo da religião muçulmana. E quando o Islão se desmoronar, Israel poderá anexar o Egipto.
Laurent Murawiec foi consultor junto do ministro francês da Defesa, Jean-Pierre Chevènement e encarregado de cursos na Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais (EHESS) [14]. Conselheiro de Lyndon LaRouche durante vários anos, deixa-o abruptamente e junta-se aos neoconservadores. É hoje especialista no Hudson Institute de Richard Perle e colabora no Middle East Forum de Daniel Pipes.
Esta reunião fez grande alarido. O embaixador da Arábia Saudita pediu explicações e Perle, organizador desta reunião, foi solicitado a fazer-se mais discreto durante algum tempo e Murawiec foi convidado a deixar a Rand Corporation. Seja como for, esta reunião tinha sido convocada por Rumsfeld e Wolfowitz em pleno conhecimento de causa. Tratava-se apenas de testar até onde o Pentágono pode ir.

[1] Distinguimos aqui a República francesa, como ideia, da França, como Estado-nação.
[2] Bernard Lewis, “The Roots of Muslim Rage”, Atlantic Monthly, Setembro de 1990.
[3] Bernard Lewis, The Middle East and The West, Weidenfeld & Nicholson, 1963 (um Encounter Book).
[4] Ver Affaire Forum des Associations arméniennes de France & Licra contre Bernard Lewis, julgamento de 21 de Dezembro de 1995, 17ª Câmara do TGI de Paris.
[5] “The Clash of Civilizations?” e “The West Unique, Not Universal”, Foreign Affairs, 1993 e 1996; The Clash of Civilizations and the Remaking of World Order, 1996.
[6] Samuel Huntington, The Soldier and the State, Harvard University Press, 1957.
[7] Samuel Huntington, Political Order in Changing Societies, Yale University Press, 1968.
[8] Este grupo compreendia Francis M. Baton, Richard M. Bissell Jr, Roger D. Fisher, Samuel Huntington, Lyman Kirkpatrick, Henry Loomis, Max Milliken, Lucian W. Pye, Edwin O. Reischauer, Adam Yarmolinsky e Franklin A. Lindsay.
[9] Presidential Task Force on International Development, presidido por Rudolph Peterson.
[10] The United States in Changing World Economy, EUA Governement Printing Office, 1971.
[11] Crozier, Huntington e Watanuki, The Crisis of Democracy, New York Press University, 1975.
[12] Commission on Integrated Long-Term Strategy. Integra Charles M. Herzfeld, Fred C. Iklé, Albert J. Wohlstetter, Anne Armstrong, Zbigniew Brzezinski, William P. Clark, W. Graham Claytor, Jr, o general Andrew J. Goodpaster, o almirante James L. Holloway. III, Samuel P. Huntington, Henry A. Kissinger, Joshua Lederberg, e os generais Bernard A. Schriever e John W. Vessey.
[13] Presidida por Richard Perle, o Defense Policy Board Advisory Committee integra Kenneth Adelman, Richard V. Allen, Martin Anderson, Gary S. Becker, Barry M. Blechman, Harold Brown, Eliot Cohen, Devon Cross, Ronald Fogleman, Thomas S. Foley, Tillie K. Fowler, Newt Gingrich, Gerald Hillman, Charles A. Horner, Fred C. Ikle, David Jeremiah, Henry Kissinger, William Owens, J. Danforth Quayle, Henry S. Rowen, James R. Schlesinger, Jack Sheehan, Kiron Skinner, Walter B. Slocombe, Hal Sonnenfeldt, Terry Teague, Ruth Wedgwood, Chris Williams, Pete Wilson et R. James Woolsey, Jr.
[14] Criado na Libertação sob o impulso da CIA, o EHESS devia contrabalançar o CNRS influenciado pelos comunistas. Hoje ainda, esta Escola é financiada largamente pela Fundação franco-americana.

Thierry Meyssan
http://www.infoalternativa.org/usa/usa112.htm

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