O ano de 2006 correu para o Ministério da Educação sob os auspícios de um quarteto de pecados que a Cristandade gosta de qualificar como mortais. Quanto a isso o Tempo e a História dirão de sua Justiça. Por enquanto fiquemos com uma visão abreviada de cada um deles em todo este processo de confronto entre os docentes e a tutela.
Antes de mais a Avareza (avaritia, que alguns preferem traduzir por Cobiça) que foi a origem de toda a investida contra os professores e o seu estatuto profissional. Falando em mérito como justificação para as suas medidas, a verdade é que o que se passou foi um mero exercício contabilístico de cálculo de tostões e trocados tão à moda do outro senhor que aplicou a mesma receita há quase 80 anos).
Em seguida, a aposta na Inveja (invidia) como forma de capitalizar parte da opinião pública contra os professores. Foi o discurso anti-”privilégios”, também usado em outros contextos, que deu origem à famosa tirada da Ministra, congratulando-se por ter perdido os professores mas ganho a população. O que só terá conseguido em parte mas graças ao apelo a alguns dos piores vícios da natureza humana.
Depois foi a Soberba (superbia, que também há quem traduza por Orgulho) com que o Ministério desenvolveu todo o processo negocial com os representantes dos docentes e mesmo a forma como a Ministra e Secretários de Estado se referiram e dirigiram publicamente aos professores, de forma tanto mais injustificada quanto a sua aparente impreparação para a tarefa.
Pelo meio de tudo isto, claro que não deixou de estar presente uma enorme Preguiça (acedia) na preparação de muitos dos materiais propostos pela tutela, cheios de contradições, lacunas e evidentes ilegalidades, revelando bem até que ponto que preparou a matéria desconhecia o espaço jurídico em que se estava a mover ou mesmo a realidade do funcionamento das Escolas.
O mais estranho é que depois ainda alguém se tenha espantado com a justificada Ira dos docentes, por uma vez esmagadoramente unidos num protesto.
Para 2007 espera-se maior moderação no apelo e prática deste tipo de pecados, se bem que a Gula e a Luxúria sejam dos sete vícios e pecados mortais bíblicos aqueles que a mim mais apelam aos sentidos e quiçá ao próprio espírito. E que os professores saibam usar as simétricas virtudes como as da Temperança, Generosidade, Humildade, Paciência e Diligência para resistirem à investida.
http://educar.wordpress.com/
Antes de mais a Avareza (avaritia, que alguns preferem traduzir por Cobiça) que foi a origem de toda a investida contra os professores e o seu estatuto profissional. Falando em mérito como justificação para as suas medidas, a verdade é que o que se passou foi um mero exercício contabilístico de cálculo de tostões e trocados tão à moda do outro senhor que aplicou a mesma receita há quase 80 anos).
Em seguida, a aposta na Inveja (invidia) como forma de capitalizar parte da opinião pública contra os professores. Foi o discurso anti-”privilégios”, também usado em outros contextos, que deu origem à famosa tirada da Ministra, congratulando-se por ter perdido os professores mas ganho a população. O que só terá conseguido em parte mas graças ao apelo a alguns dos piores vícios da natureza humana.
Depois foi a Soberba (superbia, que também há quem traduza por Orgulho) com que o Ministério desenvolveu todo o processo negocial com os representantes dos docentes e mesmo a forma como a Ministra e Secretários de Estado se referiram e dirigiram publicamente aos professores, de forma tanto mais injustificada quanto a sua aparente impreparação para a tarefa.
Pelo meio de tudo isto, claro que não deixou de estar presente uma enorme Preguiça (acedia) na preparação de muitos dos materiais propostos pela tutela, cheios de contradições, lacunas e evidentes ilegalidades, revelando bem até que ponto que preparou a matéria desconhecia o espaço jurídico em que se estava a mover ou mesmo a realidade do funcionamento das Escolas.
O mais estranho é que depois ainda alguém se tenha espantado com a justificada Ira dos docentes, por uma vez esmagadoramente unidos num protesto.
Para 2007 espera-se maior moderação no apelo e prática deste tipo de pecados, se bem que a Gula e a Luxúria sejam dos sete vícios e pecados mortais bíblicos aqueles que a mim mais apelam aos sentidos e quiçá ao próprio espírito. E que os professores saibam usar as simétricas virtudes como as da Temperança, Generosidade, Humildade, Paciência e Diligência para resistirem à investida.
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