No Público de hoje, Rahool Pai Panandiker, membro do Boston Consulting Group, dá uma visão muito abreviada do sistema educativo indiano, sublinhando que parte do que se afirma ser o “fenómeno indiano” é mito, pompa e circunstância. No entanto, destaca que existem realizações incontornáveis para as quais aponta 3 factores essenciais.
A expansão da rede escolar que, num país de população imensa, leva inevitavelmente á captação de uma grande massa de gente qualificada. A expansão já fizemos, o resto tem a desculpa de sermos poucos e a inteligência parece que surge na base das quotas.
Uma “mudança paradigmática na Educação que passou a apresentá-la como a chave para o sucesso individual, fazendo com que as famílias apostem no sucesso dos filhos e na sua busca da excelência. Cá as mudanças paradigmáticas são outras e acabam em mera retórica pós-modernista inaplicável.
Por fim, um «trabalho árduo permanente». Sobre isto convém ler mais um pouco só para percebermos como por cá se aposta exactamente no inverso, na facilidade e no laxismo, para não traumatizar ninguém, Pelas nossas bandas anda tudo muito preocupado com floreados, balbucia-se algo sobre a excelência, mas é difícil a quem não a conhece de perto tentar fomentá-la, sendo mais habitual que na verdade a receiem.
Mas leia-se, repito, o que afirma o articulista, natural de Goa e um dos responsáveis pela concepção do site da PR sobre a visita à Índia.
O estudante indiano médio “bem sucedido” ao entrar no famoso IIT (Indian Institute of Technology) poderá gastar 14 a 16 horas por dia a estudar durante um ou dois anos, antes de fazer a prova geral de acesso para as instituições de referência. Este é um argumento não muito diferente dos modelos darwinianos - sobrevivência dos mais aptos. Estas instituições e muitas outras estão fornecidas com estudantes de primeira qualidade - inteligentes, trabalhadores e com vontade de desafiar o mundo e logo necessitam pouco de “tratamento”.
Como se pode ver, aqui não me parece existir espaço para “generalidades” e para um ensino assente em professores ”generalistas” e muito preocupado em estabelecer “pontes” ou derrubar “paredes”.
O que há é trabalho, muito trabalho, lá diria Octávio Machado.
http://educar.wordpress.com/
A expansão da rede escolar que, num país de população imensa, leva inevitavelmente á captação de uma grande massa de gente qualificada. A expansão já fizemos, o resto tem a desculpa de sermos poucos e a inteligência parece que surge na base das quotas.
Uma “mudança paradigmática na Educação que passou a apresentá-la como a chave para o sucesso individual, fazendo com que as famílias apostem no sucesso dos filhos e na sua busca da excelência. Cá as mudanças paradigmáticas são outras e acabam em mera retórica pós-modernista inaplicável.
Por fim, um «trabalho árduo permanente». Sobre isto convém ler mais um pouco só para percebermos como por cá se aposta exactamente no inverso, na facilidade e no laxismo, para não traumatizar ninguém, Pelas nossas bandas anda tudo muito preocupado com floreados, balbucia-se algo sobre a excelência, mas é difícil a quem não a conhece de perto tentar fomentá-la, sendo mais habitual que na verdade a receiem.
Mas leia-se, repito, o que afirma o articulista, natural de Goa e um dos responsáveis pela concepção do site da PR sobre a visita à Índia.
O estudante indiano médio “bem sucedido” ao entrar no famoso IIT (Indian Institute of Technology) poderá gastar 14 a 16 horas por dia a estudar durante um ou dois anos, antes de fazer a prova geral de acesso para as instituições de referência. Este é um argumento não muito diferente dos modelos darwinianos - sobrevivência dos mais aptos. Estas instituições e muitas outras estão fornecidas com estudantes de primeira qualidade - inteligentes, trabalhadores e com vontade de desafiar o mundo e logo necessitam pouco de “tratamento”.
Como se pode ver, aqui não me parece existir espaço para “generalidades” e para um ensino assente em professores ”generalistas” e muito preocupado em estabelecer “pontes” ou derrubar “paredes”.
O que há é trabalho, muito trabalho, lá diria Octávio Machado.
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