sexta-feira, janeiro 19, 2007

No Frigorífico

Mais 12 meses de congelamento da progressão na carreira, o que já vai perfazer um total de 26 meses.
Não brinquemos, não vamos dizer que com as progressões congeladas mais de dois anos e limitações draconianas quando o degelo vier alguém pode ter um mínimo de motivação para trabalhar e acreditar que o discurso do mérito não é uma profunda hipocrisia. E um evidente desforço como “recompensa” pelos protestos. O processo de domesticação da classe docente com base apenas no chicote ministerial vai continuando paulatinamente, com uma opinião pública e publicada cada vez mais acomodada a este vergonhoso estado de coisas.
Ao que parece o défice e o acerto das contas públicas estão a ser suportados principalmente à custa de uma única classe profissional. E todos os outros acham bem porque não lhes calha a eles?
Será que desde Agosto de 2005 não houve qualquer trabalho meritório em todo o sistema educativo público que merecesse reconhecimento? Quem consegue justificar tamanho abuso de poder, sem que se notem quaisquer protestos por partes dos representantes da classe?
Nas salas de professores aumenta um generalizado desânimo e espalha-se uma surda revolta para com uma tutela que cada vez é mais vista como um adversário e um pólo de desrespeito contínuo para com a docência. Não me digam que este é o clima ideal para qualquer tipo de melhoria na Educação. Porque simples e obviamente não é.
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