domingo, janeiro 14, 2007

A Virgem Maria pode curar-se

Aqui, no Diário Ateísta, não tememos o castigo divino mas estamos atentos ao perigo clerical. Deus não existe mas os padres, sim. Não há um ser supremo mas há imensos beatos que debitam a bíblia a destilar ódio e repetem as palavras do Papa a tresandar ao Concílio de Trento.Os partidários dos movimentos pró prisão usam as imagens mais repelentes e os ícones mais falsos para violentarem as consciências, assustarem os crédulos e aterrorizarem os beatos.Não está em curso qualquer campanha contra os clérigos que violam crianças, mas está no auge um movimento contra as mulheres que, em desespero, interrompem a gravidez, para continuarem sujeitas à prisão.Se fôssemos cínicos, diríamos, aos que atearam as fogueiras da inquisição, que querem proteger os fetos para poderem, mais tarde, matar as pessoas.A imagem da virgem, mal parida, com lágrimas de sangue, é um ultraje à inteligência e a manutenção da burla feita dogma, por Pio IX, e transformada no negócio de Fátima e doutros centros comerciais da fé espalhados pelo mundo católico.É surpreendente que a Virgem de Fátima, tão ansiosa com a conversão da Rússia, seja indiferente às mulheres lapidadas no Islão e não apareça em Meca, já não digo a chorar lágrimas de sangue mas, pelo menos a corar de vergonha pelos crimes que o seu filho, omnipotente, permite.O controlo da sexualidade, sobretudo da mulher, é uma forma de dominação que as multinacionais da fé exploram em proveito próprio.Os coxos não treinam atletas para a maratona, os cegos não se dedicam à educação visual, os mudos não dão aulas de dicção. Por que raio os padres se intrometem na educação sexual e reprodutora?
Carlos Esperança
http://www.ateismo.net/diario/

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