Na sala de aula, há vários erros que podemos cometer. E, como são vários, nós cometemos muitos. O primeiro é economizarmos o tempo e esquecermos a parte concreta, vamos directos para a abstracta. É o erro mais frequente. qual é o resultado? As crianças não entendem. Há um outro erro que é ficarmos pelo concreto e não nos abstrairmos, não avançarmos. E isto conduz a lugar nenhum. Há um terceiro erro, que é estar na sala de aula - e, desta vez, falo do lado dos alunos - e ter preguiça de se envolver num processo que exige esforço nessa passagem do concreto para o abstracto. Acredito que cada vez é mais difícil pedir isso às crianças. Porque os próprios meios de comunicação social vão na direcção contrária. As nossas crianças estão a ser alimentadas por informação superficial que não exige esforço, tem proveito imediato e que é compatível com uma certa preguiça mental. (Marcelo Viana, matemático e investigador que vai receber o Prémio Universidade de Coimbra, aqui em entrevista ao Público).
Se juntarmos a esta passagem uma outra em que declara que existe Matemática para tudo, menos para entender os seres vivos - algo que os cientistas medidores das quantidades educativas provavelmente nunca perceberão - temos aqui homem para seguir com atenção (e era giro que o Público indicasse os links correctos na sua peça e não se enganasse nos dois que insere na edição em papel).
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