sábado, fevereiro 17, 2007

Factores de Risco para a Progressão Docente de Acordo com a Simpática Tutela

Gravidez (e ainda dizem mal do Estado Novo limitar o matrimónio das professoras primárias, agora )
Assistência à Família (nada de progenitores frágeis, nem criancinhas doentes; aliás, se não engravidarem as professoras também não têm razão para ter filhos).
Acidentes Viários (é favor ter sempre uma viatura de substituição no caminho para a Escola e informação actualizada sobre o estado do trânsito).
Doença Prolongada (não andem por aí à procura de pneumonias, viroses, hepatites ou mesmo doenças de tipo cancerígeno).
Incapacidade física ou psicológica temporária, mesmo se causada por factores profissionais ou um acidente no local de trabalho (nada de tropeçar nas escadas, nada de se sentirem esgotados ou deprimidos, isso é sinal evidente de docente sem mérito).
Tudo coisas a que, como é do conhecimento geral, os docentes recorrem para não cumprirem as suas obrigações profissionais.
Mas também podemos ter como factores de risco notoriamente prejudiciais para o mérito profissional, desde que não sejam realizadas em horário pós-laboral ou ao fim de semana:
A frequência de congressos, colóquios, seminários e outras coisas estranhas (a formação docente é generalista, não precisa desse tipo de preciosidades).
A realização de visitas de estudo e outras iniciativas extracurriculares (se implicarem falta a aulas de outras turmas é de evitar, para bem da progressão).
A correcção de provas de aferição ou exames determinados pelo próprio Ministério (é favor recusarem quaisquer convites para supervisores, correctores, etc, ou só os aceitar com declaração certificada por notário de que não terá implicações negativas).
Parece estranho, mas esta é uma das consequências do facto de todas as faltas, licenças e dispensas de serviço contarem como falta de assiduidade e, desse modo, serem factor negativo na avaliação da progressão na carreira.
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