terça-feira, fevereiro 27, 2007

Impedir a construção de um novo e ruinoso aeroporto em Portugal

PETIÇÃO ON LINE
Chega de elefantes brancos!
Assine a petição online, dirigida às autoridades, a fim de impedir a construção de um novo e ruinoso aeroporto em Portugal:
http://www.PetitionOnline.com/n


http://www.PetitionOnline.com/naoaerop/petition.html

Impedir a construção de um novo e ruinoso aeroporto em Portugal

O governo insiste na construção de um novo aeroporto para Lisboa.

Os cidadãos que subscrevem esta petição consideram que tal projecto é ruinoso e que Portugal não necessita qualquer novo aeroporto (seja qual for a sua localização).

As razões para assumirmos esta posição fundamentam-se nas seguintes considerações:

1- O mundo atinge agora o Pico de Hubbert, a partir do qual a produção petrolífera não mais poderá continuar a aumentar.
2- Em consequência, o consumo mundial dos derivados de petróleo passará a ser restringido pela limitação da oferta.
3- A procura constante por derivados de petróleo e a restrição da oferta tenderão a elevar os preços dos combustíveis petrolíferos.
4- Esta realidade afectará fortemente a aviação mundial. O seu volume de tráfego não poderá continuar a crescer indefinidamente às taxas anuais que se verificaram no passado.
5- Os estudos económicos relativos ao novo aeroporto foram efectuados através de projecções dos volume de tráfego dos últimos anos. Afirmamos que tal método é errado devido ao exposto anteriormente.
6- A data anunciada para o arranque do novo aeroporto (cerca de 2015) iria coincidir exactamente com a 3ª fase do mundo pós-Pico de Hubbert, de acordo com a classificação de Ali Bakhtiari (ver http://resistir.info/energia/bakhtiari_out06.html
e http://resistir.info/energia/bakhtiari_4_fases.html). Nessa altura já estaremos a
sentir de forma mais intensa o impacto da escassez de petróleo.
7- A inconsciência energética quanto a estas realidades é gritante. Verifica-se que o governo não tem política energética digna desse nome e que, lamentavelmente, os organismos oficiais de planeamento energético que já existiram em Portugal foram desmantelados.
8- Em consequência, Portugal está a perder um tempo precioso: a actual primeira fase do mundo pós-Pico de Hubbert, relativamente benigna, deveria ser um período de preparação para enfrentar as fases seguintes.
9- Seria trágico que o futuro do país, nesta geração e seguintes, fosse arruinado por mesquinhas considerações de interesses de bancos, empreiteiros de construção civil e especuladores imobiliários. A política económica e energética não pode e não deve ser submetida a tais interesses.
10- Portugal, que já tem inúmeros e sérios problemas económicos, não deve investir em mais elefantes brancos que jamais poderão gerar receitas suficientes para se pagarem a si próprios.
11- Obras deste vulto têm necessariamente de ser analisadas de um ponto de vista macroeconómico e têm de levar em conta o panorama energético mundial. Assim, em termos macro, é irrelevante a argumentação de que os recursos para o dito aeroporto não sairiam do Orçamento do Estado e sim da iniciativa privada (o que, aliás, não é garantido).
12- Muitos técnicos portugueses consideram que o actual Aeroporto da Portela pode suportar os volumes de tráfego expectáveis no médio prazo. Além disso, a sua área de armazenagens pode ser ampliada com custo baixo recorrendo às instalações agora ocupadas pela Força Aérea na Quinta do Figo Maduro.

Assim, fazemos um apelo às autoridades constituídas e às forças vivas do país para que reconsiderem o projecto megalómano do novo aeroporto e impeçam a consumação deste erro grave para a economia nacional e até para o ordenamento territórial.

Portugal está esgotado pelos maus investimentos que o arruínam, provocam défices e endividamentos que comprometem as gerações presentes e vindouras. Os interesses nacionais têm de estar acima da ganância de alguns particulares.

Lisboa, 25 de Fevereiro de 2007
http://pt.indymedia.org/ler.php?numero=114908&cidade=1

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