A organização religiosa, recentemente promovida de “discreto grupo de maluquinhos” a “perigoso núcleo de conspiradores internacionais” (graças ao livro “O Código DaVinci”), resolveu sair da sombra em que habitualmente se movimenta para tomar medidas relativas à questão do aborto em Portugal. E o primeiro passo será a abertura de um centro de apoio a grávidas que mostrem pouca vontade de ser mães, onde estas possam reflectir e mudar de ideias sob orientação de sacerdotes e membros leigos (leia-se “reflectir ATÉ mudar de ideias”). Os métodos usados incluirão acompanhamento psicológico e religioso, troca de pontos de vista, sessões de esclarecimento sobre obstetrícia divina e os malefícios do eterno fogo infernal e, para os casos mais sérios, açoitamento diário, prática que a organização considera não ter nada de sinistro até porque os seus “numerários” também a praticam. Se a mulher continuar decidida a praticar um aborto, torna-se óbvio que está possuída e será então submersa num tanque de água com a cabeça para baixo de maneira a expelir o espírito maligno pelas narinas. A “Obra” considera que nenhuma destas práticas põe em perigo a saúde da mulher porque, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde, os perigos para a gravidez são o tabagismo, o álcool e as drogas, não se fazendo qualquer referência a suplícios em nome da fé. Quanto aos rumores que dão como certa a fusão da Opus Dei com o Clube Bondage de Rio de Mouro, continua sem haver confirmação oficial.
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