quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Pouca terra, muita incompetência

Agora, depois de uma automotora ir parar ao rio, há um responsável (que diz que é uma espécie de Governador Civil) que quer encerrar a linha do Tua para averiguar as condições de segurança.
Claro, agora é que é preciso encerrar a linha. A terra deslizar e enviar um comboio inteirinho para o rio é algo tecnicamente imprevisível. Muito menos com as centenas de milhões de euros que as empresas públicas do sector ferroviário levam do Orçamento Geral do Estado. Os gestores públicos destas empresas e as oito secretárias que estão sempre ocupadas a reservar mesas para almoço, não podem adivinhar que um comboio vai parar ao rio. Agora é que devem agir, nomeadamente encerrando a linha por – imagine-se – questões de segurança.
A lição de encerrar uma linha por razões de segurança depois de um acidente ferroviário pode não ser dada nas faculdades de engenharia, mas é a primeira coisa que se aprende na especialização em incompetência.
Oxalá os familiares das vítimas ponham as empresas em Tribunal, o Estado atrás delas, e peçam milhões de euros (digo milhões de euros) de indemnização. E oxalá também, que os responsáveis sejam despedidos um por um e à Bagão Félix (i.e. por fax).
PUBLICADO POR JCS
http://www.lobi-do-cha.blogspot.com/

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