O primeiro-ministro contradiz os que tentaram ridicularizar a sua visita oficial à China por esta ter coincidido com a ausência do presidente Hu Jintao, fazendo um balanço “francamente positivo” do encontro com o ministro chinês das Coisas Sem Importância, cargo que lhe afiançaram ter grande relevo. Quem o garantiu foi um vendedor de pássaros que, na altura, envergava uma camisa azul e calças bege, e que remeteu a comitiva portuguesa para o ministro, apontando um fulano de gravata que fazia Tai Qi num jardim próximo. Ao que a Inépcia apurou, o cargo de ministro das Coisas Sem Importância resulta da minúcia oriental e do desejo de estender o controlo governamental a todos os pormenores da vida mundana, mesmo os mais insignificantes. O encontro entre Sócrates e o ministro (cujo nome ninguém percebeu mas que rimava claramente com “xu xi”) durou apenas oito minutos mas foi o suficiente para lhe ser transmitida a imagem de um Portugal moderno, empenhado no progresso tecnológico e que está receptivo a facilitar o acesso dos chineses ao continente africano, algo que o ministro prometeu transmitir aos colegas assim que estes voltassem de Moçambique. Os resultados da viagem à China já se fazem sentir e, só na última semana, abriram quatro lojas chinesas apenas em Lisboa e Porto.
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