Seguindo uma indicação do Henrique Santos, podemos encontrar esta notícia no Portugal Diário sobre as agressões a professores ingleses:
Professores portugueses sofrem mais agressões
Estudo no Reino Unido revelou metade das ocorrências registadas em Portugal
Os professores ingleses foram vítimas de 221 agressões nos estabelecimentos de ensino e imediações no ano lectivo 2005/06, pouco mais de metade das ocorrências registadas em Portugal, segundo um estudo divulgado no início de Fevereiro.
De acordo com dados da Comissão de Saúde e Segurança do Reino Unido, no passado ano lectivo registaram-se em Inglaterra 221 agressões contra docentes, menos 169 que as contabilizadas pelas escolas portuguesas no mesmo período.
Apesar das ocorrências registadas em Portugal serem superiores, o número de professores a leccionar no país é muito menor do que em Inglaterra, o que torna a diferença ainda mais notória.
Em Portugal há cerca de 150 mil docentes, enquanto nas escolas inglesas trabalham mais de 420 mil.
As contas são simples de fazer: na Inglaterra há quase 3 vezes mais professores e pouco mais de metade dos incidentes, pelo que a taxa de agressões é de 0,05%, enquanto em Portugal é de 0,26%, ou seja cinco vezes superior.
Claro que esta é uma daquelas estatísticas que desinteressa comparar e que, por certo, na opinião do coordenador do Observatório Escolar ou da coordenadora da Equipa de Missão para a Segurança Escolar serão considerados, quiçá, um “contributo”, dados “com interesse”, mas certamente nada de preocupante.
Se há quem chega a afirmar que o aumento do número de episódios de violência pode resultar apenas da maior preocupação no seu registo, sendo «impossível saber se a tendência para o aumento é real» (citação directa de declarações de João Sebastião, o tal coordenador do observatório, no Público de ontem, página 5), pouco há a esperar. Aliás, se não temos forma de saber se alguma destas coisas é real, será que vale a pena o Observatório existir?
Com observadores destes…
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