No passado domingo, numa entrevista à SICNotícias, Mário Soares, galhofeiro, afirmou ser evidente para qualquer um que os governos europeus teriam necessariamente que saber e autorizar, desde o início, o trânsito de prisioneiros do Médio Oriente para Guantanamo feito pelos americanos, uma vez que tão longa viagem exigiria escalas.
Até aqui nada de novo. Mário Soares tem toda a razão. Só um completo imbecil não teria isto como certo. Mas repare-se no que se seguiu.
Perante o (genuíno?) ar chocado da entrevistadora, Soares tranquiliza-a: mas deixe estar, tudo isto se há-de saber, os próprios americanos virão a esclarecer tudo, é que o sistema deles obriga à clarificação das coisas (o que escrevi não é uma transcrição fiel, mas anda muito perto).
Mas porque é que os governos europeus aceitaram... articula a jornalista.
Porque inicialmente houve uma atitude de subserviência da Europa frente aos americanos, enfim..., justifica o antigo presidente de todos os portugueses.
A entrevistadora, ainda incrédula (pelas "novidades"? pela "gaffe"? pelo descaramento?), interroga-o: e, mas então, e o Parlamento Europeu?!
Bem, responde o ex-deputado europeu, com ar prazenteiro, o Parlamento faz o seu papel: após a denúncia, investiga. E lá vai fazendo o seu trabalho.
Mas isso não é..., insiste, estarrecida, a rapariga.
É, é horrível, é, diz Soares, rindo.
Mas..., articula ainda a mocita.
É horrível, sim, é!! Mas o que é que quer que eu lhe diga?
Preciso de justificar o título deste post?
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