São 250 páginas, que merecem leitura para além das mordidelas dos meios de comunicação social e das displiscentes justificações dos responsáveis governativos, presentes e passados.
Os gastos com os gabinetes ministeriais foram crescendo desmesuradamente nos últimos anos e não há argumento baseado na necesidade de contratar especialistas, assessores e consultores que não esbarre frontalmente com os argumentos originários das mesmas fontes do excesso de gente na Função Pública e a necessidade de contenção orçamental que levou ao congelamento da progressão das carreiras de todos os funcionários, sem qualquer critérios que distinguisse o “bom” do “mau”.
Afinal quem foi que contratou muitos daqueles que agora estão na Função Pública e para lá entraram exactamente com base nestes estratagemas? Não foram em muitos casos os mesmos políticos que agora voltam a estar no poder e por lá passam de forma recorrente?
O relatório é especialmente demolidor na sua parte final dos anexos, quando das análises aos indicadores globais se passa à concretização exemplar das nomeações e outras questões.
E tem esta gente moralidade para apontar o dedo a quem? Que avaliação de mérito foi feita, e com base em que critérios, para nomeações em catadupa que são remuneradas mensalmente na ordem dos muitos milhares de euros? Quantas décimas do défice custou tudo isto? E quantas, já agora, excederam as conseguidas pelo sacrifício, entre outros, dos docentes, bons, regulares ou maus?
Este é um lamento de tipo corporativo? Sim! E depois, qual é o mal? Só os outros é que podem?
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