O mesmo leitor referido na Nota anterior, disse também: “Os que acreditam no aquecimento global e na importância decisiva da contribuição antropogénica, os que receiam os efeitos catastróficos do degelo polar e consequente subida do nível dos oceanos, os que garantem que já nem o Protocolo de Kyoto nem o investimento maciço em energias renováveis vai a tempo de evitar a catástrofe, deviam, em coerência, começar a exigir dos governos a apresentação de planos para a retirada das populações das orlas costeiras e a sua instalação em novas cidades a criar em cotas mais elevadas.”
Mas existiria outra solução que seria a de levantar muralhas como se lembrou o pai do «global warming» - James Hansen - para proteger a cidade de Nova Iorque. A imaginação fértil de Al Gore mostrou esta cidade a submergir.
Só Al Gore é que se lembrava de uma coisa daquelas. Também ninguém se lembraria de filmar um urso num zoo como se fosse no Árctico. Para épater la galerie vale tudo.
Mas existe razão para uma preocupação destas? Nem pouco mais ou menos. É uma das bandeiras do alarmismo que se rasga com facilidade. Mas é brandida pelos políticos como se fosse uma “virtually certain” (> 99 % de probabilidade de ocorrência), na terminologia propagandística do IPCC.
Um dos maiores especialistas mundiais na matéria, o Prof. Nils-Axel Mörner, da Universidade de Estocolmo, Suécia, escreveu o artigo «Estimating future sea levels changes from past records» em que encosta o IPCC às cordas da ignorância.
O Resumo desse artigo (1) afirma o seguinte.
“Nos últimos 5000 anos, o nível médio global do mar foi dominado pela redistribuição das massas de água pelo globo. Nos últimos 300 anos, o nível do mar oscilou à volta do valor actual com picos de variação no período 1890-1930. Entre 1930 e 1950, o nível desceu. O passado século XX não mostra qualquer sinal de aceleração. Os altímetros dos satélites não indicam variações virtuais na última década. Consequentemente, as predições, baseadas nas observações, do futuro do nível do mar no ano 2100 fornecem um valor de 10 ±10 cm (ou + 5 ±15 cm) pelo que são de rejeitar os resultados dos modelos do IPCC bem como de outros modelos. Isto implica que não existe nenhum receio de cheias futuras como são anunciadas pela maioria dos cenários do aquecimento global.”
O artigo contém na Fig. 3 a evolução observada entre 1700 e 2000 e a projectada até 2100. Os valores “prováveis” e “possíveis”, em 2100, obtidos com o modelo INQUA (Comission on Sea Level Changes and Coastal Evolution) encaixam-se nos actuais. Isto é, não indicam mais do que oscilações anuais milimétricas, entre descidas e subidas.
Já as indicações dos profissionais do alarmismo (IPCC) satisfazem as fantasias das inverdades convenientes de Al Gore com variações anuais centimétricas. É tudo uma questão de escala.
Vale a pena uma leitura atenta do artigo de Nils-Axel Mörner até pelas fontes de informação disponibilizadas.
(1) O artigo, citado por Harvard, pode ser obtido neste link.
http://mitos-climaticos.blogspot.com/
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