• Este modelo de avaliação faz depender parte da classificação do docente de factores alheios à sua vontade e ao seu desempenho. Em vez de premiar boas ou excelentes, penaliza docentes que podem não ter qualquer responsabilidade por actos de terceiros.
• Este modelo incita ao desvirtuamento da classificação dos alunos e à sua artificial inflacção ao longo do ano lectivo e de ano lectivo para ano lectivo. Hoje tens 20% de insucesso, amanhã deverás ter 15%, para o ano apenas 10%, daqui a dois anos um eventual 0%. A lógica que consubstancia este tipo de modelo emana das mesmas pessoas que impõem quotas para a classificação dos docentes.
• Este modelo impõe constrangimentos artificiais à progressão dos docentes, sejam excelentes ou não. Este modelo atomiza o sistema de classificação, incitando a práticas localizadas não apenas de escola para escola, mas mesmo de avaliado para avaliado, pois as metas individuais são negociadas caso a caso e devem permanecer fora do conhecimento dos colegas.
• Este modelo implica a existência de uma formação contínua na área científica de origem dos docentes, mas o ME não faculta essa formação e as acções creditadas em algumas delas só existem em horários que implicam a falta às actividades lectivas, o que acarreta uma outra penalização do docente.
• Este modelo faz recair a função de avaliador de dezenas de docentes em muitos colegas que, até ao momento, podem não ter revelado qualquer apetência ou vocação para isso. Em muitos casos são avaliadores porque são as únicas pessoas que tiveram vaga para professor-titular.
• Este modelo incita a fenómenos de concorrência - por via do sistema de quotas - que minam o espírito de trabalho em equipa, tanto nos Conselhos de Turma como no âmbito dos Departamentos.
• Este modelo de avaliação começou a ser implementado com um ano lectivo a decorrer, com as regras por definir, com sucessivos atropelos do ponto de vista jurídico e com o ME a demitir-se da sua quota-parte (ao abdicar da avaliação dos professores avaliadores).
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